PENSAMENTOS
“O Ser Humano descobre aos poucos, o que em DEUS está descoberto.” - Osvaldo Polidoro.
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” - Lavoisier.
I - PREÂMBULO
DEUS é a ciência Absoluta.
O estágio atual atingido pela ciência terrícola é relativo.
Assim, quanto mais evolui a ciência humana, tanto mais se aproxima da Ciência Total; em outras palavras, da VERDADE ABSOLUTA.
Como DEUS é Espírito e Verdade (JESUS), a evolução científica caminha para DEUS. As religiões sectárias sempre tentaram tapar o sol com a peneira, escondendo-se nos cantos escuros da Ciência. Quando esta, em suas descobertas, torna-os claros e transparentes, as religiões tornam-se, aos olhos dos mais cultos e bem informados, simplesmente ridículas.
Assim, permanecem nelas tão somente os intelectualmente “dependentes”. São os “carentes” de líderes espirituais. Como há “guias” que desguiam...
O maior guia espiritual de todos os tempos do Planeta, sem dúvida alguma, é o DIVINO MESTRE JESUS. Modelo de conduta a ser “imitado” e igualado por evolução. Disse Ele: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai ao PAI, senão por mim”. “Sejam UNOS a Mim, que sou UNO ao PAI, para formarmos uma só UNIDADE”.
Jamais disse: “Buscai uma religião e ela vos libertará”. Ao revés, foi peremptório e enfático ao ensinar: “Buscai A VERDADE e Ela vos libertará”.
Como a VERDADE é infinita e eterna, cada qual, mercê do grau evolutivo já conquistado (por mérito próprio), a captará na direta proporção do nível evolutivo em que se encontra.
Quanto mais avançar em direção a Ela, mais irá perdendo em relatividade e mais irá ganhando em DIVINDADE.
Assim, a toda evidência, a primeira providência a tomar pelo espírito filho é libertar-se dos grilhões religiosistas. É necessário perder o “vício” religiosista e conquistar a “virtude” da liberdade de pensar.
As religiões, sendo partidárias, costumam dizer apenas alguns percentuais de verdades.
Não nos esqueçamos que há no Planeta, catalogadas pela ONU, 1200 religiões. Cada qual dizendo-se, sectariamente, dona da Verdade.
Muitas, não só no passado como também no presente, para fazerem prevalecer seus “ideais”, organizam exércitos, pegam em armas e muitas mortes e sofrimentos provocaram e continuam a fazê-lo presentemente. Basta lembrar a lapidar frase de Clausewitz: “A guerra é a continuação da política por outros meios”. (Obra; Von Kriege – Da Guerra)
II - O FUNDAMENTALISMO DIVINISTA
Nas Iniciações realizadas nos cenáculos antigos, onde se ensinava a DOUTRINA SECRETA, os neófitos aprendiam as LEIS REGENTES FUNDAMENTAIS, modernamente sistematizadas no Código Imortal (Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas – Osvaldo Polidoro).
Havia, conforme a capacidade assimilativa de cada adepto, a pequena, média e alta iniciação.
Na pequena, o candidato tinha acesso a “Isis Terrestre”. “Isis” era o nome dado à Verdade, na Iniciação Egípcia. Aprendia, em forma de Raciocínios Abstratos, as Leis Fundamentais relativas à Terra.
Assim lhes eram ensinados os quatro elementos fundamentais, sem os quais seria impossível a vida sobre a superfície do Planeta (terra, água, ar e Sol), os quatro pontos cardeais, e que ELA, em termos “materiais”, é a MÃE de tudo quanto existe em sua superfície. Em outras palavras, tudo emana “DELA”, emergindo para sua crosta (os reinos vegetal, animal e os seres humanizados). Desta forma, os seres “inteligentizados” são “filhos” DELA.
Dela “emergem” e, cumprido o ciclo de vida, a Ela “retornam” em um moto-contínuo relativo ao orbe. “Lembrai-vos, homem, que da terra viestes, e a ela retornarás.” (Gênese)
Como em tempos remotos, nada se podia provar em termos de raciocínios “sensíveis”; isto é, através dos sentidos, vez que a ciência humana praticamente inexistia, procurava-se “visualizar” essas verdades relativas, através dos “símbolos”. Cabia aos estudiosos aprender a interrogá-los. Fazê-los “falar”.
Assim, a “esfinge”, que muitos historiadores não iniciados chamam de “enigmática” e “misteriosa” era, aos olhos dos mestres chamados então de hierofantes, de simples entendimento. Com o corpo de touro, garras de leão, asas de águia e cabeça de um egípcio, assentada sobre a Terra, simbolizava claramente a vida “emanando” da Terra Mãe; e o Ser Humano, por sua vez, emergindo do animal.
Nesse sentido, o ensinamento do Iniciador Pitágoras: “O homem ‘emerge’ do animal”.
Se observarmos bem, cada fisionomia humana assemelha-se a algum animal da fauna terrícola.
O mestre Osvaldo Polidoro ensina: “Nós somos ‘planetas em miniatura’, constituídos de 2/3 de água e 1/3 de pó organizado. Somos cadáveres recauchutados”.
Como disse Huxley: “A terra é um imenso caule, cujo fruto final é o ser humano”.
III - A DETURPAÇÃO DO REI SAUL
Como é sabido, Moisés, ao escrever o Gênese, 1° Livro do Pentateuco (Velho TESTAMENTO), o fez na qualidade de Grande Iniciador.
Alguns séculos depois, SAUL “destruiu” os originais moi-saicos. Somente foram
reconstituídos, através da tradição oral, ouvindo-se os mais velhos das tribos, após o Cativeiro da Babilônia, pelos escribas Judeus, Esdras e Nehemias.
Obviamente, aquele livro Bíblico perdeu todo o sentido seguro e correto dado por Moisés, caindo na “lenda” do 1° casal Adão e Eva, expulsos do paraíso, por terem cometido o pecado original, com histórias paralelas de maçãs, árvore da vida, cobra, etc.
É tão contraditório esse “mito”, que o casal teve dois filhos: Caim e Abel. Houve um desentendimento entre ambos e o segundo foi assassinado pelo primeiro. Caim afasta-se de seus pais e vem a casar-se com uma moça da tribo vizinha, daí originando toda a genealogia bíblica... Se Adão e Eva foram o primeiro casal do Planeta, de onde surgiu a tribo da esposa de Caim?...
Apesar da gritante contradição em nome do Fundamentalismo Bíblico, as religiões teimam em fingir ignorá-la.
Essa posição “ortodoxa”, ao longo da História, só tem servido para ridicularizar a Bíblia, pelos seus adversários.
IV – O DESENROLAR DA HISTÓRIA
Essa deturpação alcançou toda a Antigüidade, tendo sido passada para a Vulgata Latina.
Com o advento do Protestantismo no século XV, as traduções que se seguiram incidiram no erro original da reconstituição pela tradição oral.
No findar do século XVIII e começo do XIX, observa-se que já havia “condições” para o restabelecimento da Verdade Bíblica através da Ciência; isto é, de “Raciocínios Sensíveis”.
Urgia reconstituir o “passado humano” sob o aspecto antropológico. Vigorava a tese fixista-criacionista: “As espécies são fixas e são tantas quantas o Criador as criou no Princípio”.
V – OS PRECURSORES - APÓSTOLOS DA CIÊNCIA
Defendiam essa posição, os cientistas franceses Cuvier e Buffon.
Por outro lado, nota-se que DEUS enviou à carne os profetas da Ciência: Erasmus Darwin – avô de Charles Robert Darwin e Alfred Russel Wallace (Inglaterra); Jean Baptiste Cavalheiro Lamark e Pierre Teilhard de Chardin (França).
Cronologicamente, o primeiro a não se conformar com a tese “fixista” de Cuvier e Buffon foi Erasmus Darwin. Em seus escritos e na obra Zoonomia, deixa transparecer que, pelo método experimental, as espécies não eram “fixas”, mas “transformavam-se”. O certo seria a “evolução” delas.
Lamarck, naturalista francês, aos 34 anos (1778) publicou a obra “Flora Francesa”.
Esse fato valeu-lhe a admiração e proteção de Buffon, que o indicou para a Academia de Ciências.
Tendo realizado diversas viagens de pesquisas, passou a abandonar o princípio da fixidez das espécies em oposição a Cuvier e Buffon. Suas teses passaram a se assemelhar aos conceitos de Erasmus Darwin e Bounet; foi o primeiro a afirmar que a “evolução” é regida por leis científicas e foi também o primeiro a enunciá-las. Sua escola ficou conhecida como “Lamarckismo”.
Charles Robert Darwin (1809 – 1882) viveu 73 anos. Leu a “Zoonomia” de seu avô Erasmus. Travou contato pela primeira vez com as idéias de Lamarck. Tendo cursado a Universidade de Cambridge, lá conheceu um geólogo e um botânico que muito influíram no seu futuro. Foi convidado a embarcar em um navio (Beagle) para uma viagem de pesquisa ao redor do mundo. Essa viagem durou 5 anos (1831 – 1836). Como naturalista de bordo, colecionou material zoológico. Desencantado com aulas meramente teóricas, disse: “Vou ler no mais eloqüente dos livros, que é o da natureza”. Tendo coletado muito material e lido o ensaio de Malthus sobre as populações, em 1856 inicia a escrever a “obra” que projetara.
Concomitantemente, seu correspondente, o zoólogo A. R. Wallace, desenvolvia trabalho paralelo. Estivera coletando material por quatro anos na Amazônia e por oito anos no Arquipélago Malaio. Como a Darwin, o ensaio de Malthus dera-lhe a “chave” do problema.
Em 1858, Darwin recebeu de Wallace um “ensaio” para que fosse enviado a Lyell e publicado, se achasse aproveitável. Darwin reconheceu que Wallace havia chegado às mesmas conclusões que ele. Desenvolvera idéias, inclusive com as mesmas expressões.
Em julho de 1858, foram lidos na Sociedade Linneana os trabalhos científicos de ambos. A primazia foi concedida a Darwin. Em 1859 publicou a Origem das Espécies.
A tiragem na primeira edição, de 1250 exemplares, esgotou-se no mesmo dia. Causou uma revolução no meio científico e religioso.
Embora aventada anteriormente a idéia de “Evolução”, ninguém antes dele a tinha externado com tanta clareza e precisão. Desencadeou uma tempestade de antagonismos. Os “dogmas” bíblicos estavam sendo questionados e ridicularizados. A seleção natural, através da luta pela vida, com a sobrevivência dos mais aptos, afrontou os canones religiosos de então. Muito perseguido, publicou outra obra polêmica: A Descendência do Homem. Sobre sua viagem, escreveu Viagem de um Naturalista ao redor do mundo.
Desencarnou em 1882, afirmando: “Ainda haverá de jorrar Luz sobre a descendência do ser humano”.
VI – PIERRE TEILHARD DE CHARDIN
Viveu 73 anos (1882 – 1955). O século XVIII havia preparado a sociedade humana para o “Raciocínio Abstrato”. No seguinte, com o advento da Filosofia Positivista, houve grande impulso dos fenômenos sensíveis, através de métodos experimentais, de observação da “natureza”. Postulou-se uma “revolução”através dos
raciocínios sensíveis. “Nihil est in intellectus quod prius non fuerit in sensu.”(“Nada está no intelecto que primeiramente não tenha passado pelos sentidos.”)
Essa concepção filosófica favoreceu a vinda à carne dos Apóstolos da Ciência Naturalista, já analisada. Foi, aliás, o que conseqüentemente apressou a vinda à carne de Elias, que, sob o nome de Allan Kardec, “iniciou” o restabelecimento da “Revelação” através dos fenômenos sensíveis (tangentes), como já foi estudado anteriormente em sede própria.
Assim parece que, atendendo ao último desejo de Darwin, reencarna na França, no mesmo ano em que desencarna o naturalista britânico, Pierre Teilhard de Chardin.
Por influência do pai, entusiasta das ciências naturais, teve o “despertar” de sua vocação logo na infância. Tornou-se Jesuíta, realizando estudos de Geologia e Palenteologia, junto com o padre Pellotier. Foi aluno do descobridor do Homem de Neandhertal (o Homem das Cavernas), o cientista Marcelin Boule. Lecionando em estabelecimentos científicos, seu pensamento “original e audacioso” cativava os alunos. Cientista de talento, tornou-se Presidente da Sociedade de Geólogos da França. Como ele mesmo escreveu, dizia que Roma começava a preocupar-se por suas
idéias evolucionistas.
Dotado de grande coragem e desprendimento, e apoiado pelo Superior da Ordem Jesuíta (considerado o Papa Negro ou a Eminência Parda), foi obrigado a exilar-se na China. Sob o prisma científico, foi sua sorte.
A China era um vasto e propício campo de experiências paleontológicas. Percorreu não só boa parte da China, como também as estepes da Mongólia e o Sopé do Planalto Tibetano.
Armado de picareta, lupa e caderno de anotações, transportava tudo quanto descobria através de uma caravana de animais. Descobre nos arredores de Pequim, o Sinantropo (O Homem de Pequim). Hominídeo entre o Antropóide (de Neandhertal) e o Homem, semelhante ao Pitecantropus Erectus. O “Elo Perdido” havia sido achado.
Com isso, parece que, atendendo ao pedido de seu colega Darwin, deu uma nova dimensão à tese do naturalista britânico. Assim, passado quase um século, com novos dados científicos, não só a “ratificou”, como também a enriqueceu. Utilizou de seus conhecimentos de Geologia, Palentologia e Antropologia.
Como seus predecessores, foi à busca dos “fatos” (“Res non verba”). Procurou-os “in loco”. Fez como Darwin, foi ler no mais eloqüente dos livros, o da “natureza”. Assim, tornou o “Gênese” “inteligível” ao ser humano contemporâneo. Todos os biólogos admitem a “unidade” de conexões entre todos os seres vivos. Afirmou que a Terra “vive”; ela “palpita”. O ser humano não é um estranho sobre ela. Se ele existe sobre a sua superfície, é porque ela, ao “evoluir”, o pode engendrar.
Ensina ele: “Sobre a geosfera, existe uma camada de seres vivos (biosfera). Esta pode ser comparada à polpa de um fruto envolvendo o seu caroço (geosfera)”. Descobriu a “embriogênese”, o fio condutor de onde emergiu o homem. No entanto, não parou na “antropogênese”. Com conhecimentos hauridos na Ásia (Índia), por onde andou, através da obra O Baghavad Gita (Sublime Cântico da Imortalidade), “intuiu” a Cosmogênese”. Procurou um “sentido” e um “fim” para o fenômeno humano. Dizia: Quanto mais avanço, mais tenho uma
“Visão de Unidade”.
Da Antropogênese, caminha para a Cosmogênese. Uma verdadeira “evolução da evolução”. Procurou “unir” o microcosmo ao macrocosmo. A evolução biológica seria apenas um “aspecto”, um simples “segmento” da “Evolução Generalizada”.
Para buscar a “Verdade Plena”, adotou uma posição “Cartesiana” (Racionalista – livre de dogmas e preconceitos).
Mesclou os Raciocínios ABSTRATO e SENSÍVEL.
Final de sua encarnação
Mercê de todos os seus trabalhos, já que, além da obra prima O Fenômeno Humano, escreveu mais de 350 entre monografias e trabalhos esparsos, passou a ser considerado um cientista “emérito”; um verdadeiro “sábio” entre seus colegas.
Em 1952, sofrendo pressões de Roma, teve que migrar para os USA. Foi trabalhar na Werner G. Foundation. Colaborou nas pesquisas da origem humana, em várias partes do mundo. Trabalhou com a “nata” dos cientistas da América e de outros países. Tinha uma “invencível” juventude de espírito. Era um “gentleman”, simples e acessível. Para ele, as várias formas de conhecimento não poderiam ser consideradas como “compartimentos estanques”. Elaborou uma “Grande Síntese”. Inovador e vanguardeiro, transformou os horizontes dos conhecimentos clássicos. Ensinava: “É preciso ‘emergir’ para conhecer com maiores horizontes”. Escapou da “deformação” profissional do “Especialista”. Aos seus olhos, a “evolução” era uma questão “cósmica”. Há leis evolutivas em todos os escalões, em todo o Universo.
Desencarnou em 1955, em New York.
VII – CONCLUSÃO
Hoje, em sã consciência e à luz da “ciência”, não é mais possível admitir-se a concepção equivocada do
Fundamen-talismo Religiosista adotado no “Bible Belt” (Cinturão Bíblico) dos Estados Sulinos da América do Norte.
Lá, entidades religiosas protestantes conseguiram, através de pressões políticas, introduzir em Constituições Estaduais, a obrigatoriedade do ensino para as crianças, do dogma “Criacionista”. Isso no país da Ciência por excelência, desautorizando e contrariando cientistas e instituições científicas de renome mundial, como é o caso do “Smithsonian Institution”, localizada em Washington D.C.
Por outro lado, como é cediço, a Bíblia não se encontra “intacta”, como originalmente foi escrita através de espíritos de escol, dotados de excepcionais dons mediúnicos. Foi “contaminada” por inserções e incrustações humanas, movidas por interesses religiosistas ao longo da História. Para bem lê-la e interpretá-la, é necessário estar munido de sólidos conhecimentos iniciáticos e multidisciplinares.
Urge ser bom “garimpeiro”, para extrair os versículos “Originalmente Divinos” e colocar de lado os apenas e tão somente “humanos religiosistas”. Esses é que fornecem as “contradições” e “equívocos” nela encontrados pelo observador intelectualmente independente, histórica e cientificamente bem informado. A não ser assim, o intérprete correrá sério risco de se tornar perplexo e ingênuo e, à luz da Ciência contemporânea, muitas vezes ridículo.
Como bem ensinou o Apóstolo Paulo: “A letra mata e o espírito vivifica”. É necessário muito cuidado com a “idolatria da letra”, a chamada interpretação gramatical ou “ipsis litteris”.
Em suma, para se conseguir uma “Visão Síntese”, são necessários, como dizia Cícero, muitos anos de análise.
Conhecimentos meramente superficiais não permitem bem compreender e assimilar a VERDADE.
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