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INTRODUÇÃO AO DIVINISMO - CURSO E APOSTILAS



KARDEC E O ESPIRITISMO

I PREÂMBULO:

Quando se pensa em Kardec, observa-se que a sua “biografia” tem sido muito pobre de informações espirituais. Na verdade, os seus biógrafos, além de descreverem sua vida do encarne em Lyon ao desencarne em Paris, na República Francesa, limitam-se tão somente a fornecer uma encarnação sua, entre os Druídas, onde chamou-se ALLAN KARDEC, daí ter ele adotado esse pseudônimo. Citam também que foi João Huss.
Assim, e a fim de enriquecê-la com o relato de suas principais vidas anteriores em nosso orbe, vamos em rápidas pinceladas, descrevê-las psicometricamente, desde as origens até os dias de hoje. Será apenas e tão somente pálido, despretensioso, falho e lacunoso “roteiro”.
Sem falsa modéstia, temos consciência de que falta-nos competência e conhecimento para escrever sobre esse “MARAVILHOSO ESPÍRITO”.


II- ANTECEDENTES CÓSMICOS

Primeiramente, saliente-se que, juntamente com Jesus, Kardec teve sua escalada evolutiva em outros mundos, sendo ambos muito conhecidos em orbes do nosso sistema solar, como por exemplo, Saturno e Júpiter.
Foram designados pelo Princípio para “comandarem” a condensação das energias, a fim de que a Terra viesse a se tornar mais uma “morada” cósmica. Desta forma, é fácil entender a expressão de Jesus quando disse: “Antes que este mundo fosse, EU já era”. Na verdade, ambos já haviam atingido a cristificação, meta final de todas as centelhas divinas, emanadas do Princípio Sagrado. Foram essas duas grandes inteligências que dirigiram as legiões angélicas, formadoras de nossa atual Casa Cósmica.


III- VIDAS DE GRANDE INICIADOR

Como é sabido, o nosso átomo cósmico, após ter se formado e possuído sua humanidade, já sofreu grandes hecatombes, mudando sua configuração geográfica por cinco vezes. De milhares de anos para cá, o Princípio sempre enviou à carne grandes espíritos para servirem de mestres, iniciando nos fundamentos doutrinários, discípulos menores.
O último Dilúvio de “Água” deu-se há aproximadamente 20.000 anos, quando a Civilização Atlante vivia em um único bloco continental. Deu-se então a separação, originando-se os cinco continentes atuais.
Foi Ele o autor da Primeira Bíblia Atlante, conhecida como Popol Bugg, escrita quando sua capital estava localizada onde é hoje boa parte da região leste da cidade de São Paulo. Nessa época, caracterizou-se por ser um GRANDE MESTRE, iniciador de seus irmãos menos evoluídos.


IV- OUTRAS VIDAS CONHECIDAS

A seguir, foi na chamada “geografia sagrada” Henoc, Rama, Crisna, Zoroastro, Orfeu, Pitágoras, Platão, Hermes e outros, culminando por ser Kardec e Osvaldo Polidoro.
Como Moisés, após ter recebido os 10 MANDAMENTOS, generalizado a Revelação e conduzido o povo Hebreu até a fronteira com a Palestina, ao subir no Monte Nebo, teve a famosa visão de que “Israel iria trair seu Deus”, desviando-se do Caminho da Verdade.


V- A DETURPAÇÃO ISRAELITA

Como previsto, Israel, ao invés de cultivar a Revelação, caiu no Culto Exterior, passando à idolatria.
Assim, urgia que esse espírito voltasse à carne para tentar “restaurar” a Doutrina, restabelecendo a Revelação, substituída por cerimônias exteriores.


VI- O PROFETA ELIAS

Como bem registra o Velho Testamento no “II Livro dos Reis”, Acab, Rei de Israel, desposara Jesabel, filha de Etbaal, Rei dos Sidônios. Ela introduziu na Samaria o Culto a Baal.
Elias, mestre na escola do Profetismo Hebreu, dotado de faculdades mediúnicas exuberantes, desafiou no cume do Monte Carmelo os sacerdotes de Baal. Após o conhecido embate por ele vencido, recebeu ordens para passar a fio de espada, os 450 adeptos daquele culto. A seguir, adotando como discípulo Eliseu, realizou muitos prodígios; quando desencarnou, ocorreu, então, o célebre fenômeno espiritual do Carro de Fogo (II Livro dos Reis).
Eliseu, seu fiel discípulo, deu seqüência ao trabalho de Elias naquelas paragens, realizando fenômenos espirituais semelhantes, bem registrados biblicamente.


VII- O PROFETA EZEQUIEL

Durante o Cativeiro da Babilônia (séc. VIII a.C.), desempenha novamente papel de restaurador, sendo famosas as visões, parábolas e imagens descritas no Velho Testamento. Curiosamente, viveu nessa época próximo de Daniel (reencarnação de Eliseu) e teve como ele visões apocalípticas. Deixou bem caracterizada na Doutrina Ensinada a lei da personalidade da responsabilidade; isto é, quanto à Justiça Divina, a responsabilidade é individual de cada filho de Deus. É considerado um dos quatro maiores profetas do Antigo Testamento.


VIII- JOÃO BATISTA
Após a famosa profecia de Malaquias (de que seria enviado como precursor o Profeta Elias), nota-se da leitura do Evangelho Segundo Lucas que, efetivamente, o anjo Gabriel apareceu a Zacarias e lhe comunicou que sua mulher Izabel (reencarnação de Jesabel) daria à luz um menino que iria chamar-se João Batista. Disse-lhe que, desde o ventre de sua mãe, estaria cheio do Espírito Santo e seria o precursor do Cristo, com o espírito e o poder de Elias. Após ter se iniciado entre os Essênios junto ao Lago Morto, nas fronteiras com o Egito, lá tornou-se um grande mestre. Formou uma equipe de iniciados para auxiliá-lo nas tarefas que tinha a desempenhar. Com 29 anos e meio, inicia o trabalho de “preparação” para a vinda de Jesus. Propagava que este era o Messias, e que batizaria em Espírito. Junto dele, como discípulo, estavam João Evangelista (reencarnação de Eliseu, Daniel e Samuel) Tiago e Pedro. Após muito trabalho, e realizados muitos prodígios, acabou sendo decapitado a mando de Herodes, na Fortaleza de Maquerunte, região da Peréia.
Seus discípulos, após seu desencarne, uniram-se aos de Jesus, passando a acompanhá-lo em suas peregrinações pela Palestina, formando uma grande coroa de espíritos em volta do Divino Mestre.


IX- A NOVA DETURPAÇÃO E SUA VOLTA À CARNE

Tendo Jesus deixado a carne, e seus discípulos propagado a “Boa Nova”, a Doutrina do Caminho do Senhor estava no mundo conhecido de então.
Com a fundação no séc. IV d.C. da Igreja Romana, e ocorrida a “deturpação” de tudo quanto havia sido semeado anteriormente, urgia voltar à carne para novas tentativas de “Restauração”. Reencarnou duas vezes seguidas dentro da própria Igreja para tentar “implodi-la doutrinariamente”, mas foi descoberto e sacrificado. Em ambas, chegou ao bispado. Posteriormente, guindado a Papa com o nome de DAMIÃO, foi novamente assassinado, e seu corpo retalhado e exposto nas ruas de Roma, para servir de exemplo e exercer coação psicológica aos que tentassem se aventurar contra a Santa Madre Igreja.


X- FRANCISCO DE ASSIS
(FRANCESCO BERNARDONE)


Francesco Bernardone (1182 – 1226) viveu 44 anos. Voltou à carne no séc. XII na cidade de Assis, região italiana da Úmbria. Nasceu em época em que a luta entre Guelfos e Gibelinos agitavam as cidades italianas. Teve juventude movimentada e brilhante. Em Assis, nas festas e torneios esportivos, sempre conseguia se destacar. Entre 20 e 22 anos, começaram a surgir-lhe “visões e sonhos”, começando a adquirir consciência de que deveria mudar de sua vida mundana para uma mais espiritualizada. Essa transformação foi lenta. Como era muito ligado à cidade natal, empunha armas em sua defesa.
Acabou sendo preso por um ano em Perusa. Ficando doente, os “sonhos e visões” se intensificaram, fazendo-lhe entrever a sua missão apostolar. Já não anda mais com os amigos. Prefere a solidão de uma gruta, nos arredores de sua cidade natal.
Percebendo que de nada adiantaria tentar qualquer movimento “Restaurador” junto à Igreja Romana, face aos perigos que incorreria, passa a pregar os Evangelhos e a viver em humildade e pobreza. Para tanto, após despir suas vestes, renunciou à vultosa herança a que teria direito em razão da riqueza de seu pai.
Considerava todos como irmãos; não só doentes, como também bandoleiros, muçulmanos, nobres ou plebeus. Não fazia qualquer tipo de distinção entre as pessoas com quem se relacionava.
Ligou-se mais ao Universo, sentindo-se irmão de tudo que nele habitava, como as estrelas, o Sol, a Lua e os animais.
Seu amor a tudo o que existe ficou bem consignado no célebre “CÂNTICO AO SOL”.
Desencarnou humilde e pobremente ao 44 anos de idade.


XI- JOÃO HUSS

Viveu 46 anos (1369 – 1415). Voltou à carne em nova tentativa de “Restauração”, reencarnando na antiga Boêmia, hoje República Tcheca. Educado em Praga, tornou-se mais uma vez membro da Igreja Romana, a fim de liderar movimento “implodidor” da deturpação que se alongava séculos afora. Tornou-se professor e Reitor da Universidade de Praga. Tendo lido John Wycliffe, procurou divulgar suas idéias reformistas da Igreja Romana. Por isso, foi declarado herege e, a seguir, excomungado. A despeito dos perigos que corria, continuou suas pregações. Obrigado pelo Imperador Segismundo a abandonar Praga, escreveu então sua principal obra: DE ECCLESIA (Sobre a Igreja). Essa obra dava “continuidade” às doutrinas heréticas de Wycliffe. Em 1413 foi obrigado a comparecer perante o Concílio de Constança, para o que teve a cautela de antes munir-se de um “salvo-conduto”, fornecido por Segismundo.
A Inquisição exigiu sua retratação, ao que respondeu: “Retrato-me desde que demonstrem que minhas idéias estão em contradição com a Bíblia Sagrada”. Ao ser-lhe transmitida a sentença condenatória, fixou o olhar no Imperador Segismundo, que se cobriu de vergonha ante a violação de seu “salvo-conduto”. Ao enfrentar as chamas, disse: “Vocês estão com a força; e nós, com a Verdade. Nós venceremos”.
Desencarnou queimado no próprio dia da condenação – 06 de junho de 1415, aos 46 anos de idade.


HUSSISMO

Como era muito querido na sua terra, em razão de ter sido um grande propagador da língua tcheca, por seus vigorosos sermões em idioma puramente nacional e pela austeridade da vida que levava, chegando a Praga a notícia de seu suplício, o movimento assumiu feição revolucionária. Seus adeptos passaram a recusar obediência à Igreja Romana. Passam a adotar a “livre” pregação da Bíblia. A Boêmia caiu em mãos dos Hussistas. Todas as cruzadas enviadas contra eles foram derrotadas.
A Reforma pregada por Martinho Lutero foi muito influenciada pelo movimento Hussista.


XII- JOSÉ DE ANCHIETA

Viveu 64 anos (1533 – 1597). Reencarnou nas Ilhas Canárias. Aos 15 anos de idade, passou a cursar a Universidade de Coimbra, onde aprendeu: Dialética, Letras, Latim e Filosofia. Em 1551, com 18 anos, ingressou no Colégio dos Jesuítas em Coimbra, objetivando vir para o Brasil. Para melhor atuar junto aos indígenas, aprendeu o Tupi. Chegou ao Brasil em 1553, quando tinha 20 anos, na comitiva do 2° Governador Geral, D. Duarte da Costa. Realizou admirável trabalho junto aos indígenas brasileiros e filhos de colonos, ensinando-lhes as primeiras letras. É considerado o 1° Mestre do Brasil.
Em 1554, ajudou a fundar a cidade de São Paulo. Graças ao fato de dominar bem a língua indígena, auxiliou como “intérprete”, em missão pacificadora junto aos Tamoios, em guerra contra os portugueses. Piratininga, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Espírito Santo, em todos esses lugares, sua presença junto aos selvagens era exigida pela “bondade e compreensão” com que os tratava.
Diz-se que uma “aura” de santidade cercava a sua pessoa, onde quer que surgisse. Sua capacidade de assimilação era tão grande, que aprendeu os processos de cura dos indígenas. Exerceu entre eles a medicina.
Sua sensibilidade pedagógica era tanta, que tinha por lema tornar a lição “agradável”, para melhor incuti-la na mente dos alunos. É considerado pelos seus escritos o “fundador” da Literatura Brasileira.
Desencarnou aos 64 anos. Após uma vida de cigano na Europa, sem registração historiográfica, somente volveu à carne no séc. XVIII, conhecido como o “das Luzes” em plena efervescência “iluminista”. Teria que vir para liderar um movimento de intelectuais, visando estabelecer o primado da “razão”, aniquilando, pelas “idéias luminosas”, os dogmas obscurantistas e retrógrados da Igreja Romana.


XIII- VOLTAIRE (pseudônimo)

Viveu 84 anos (1694 – 1778). Nascido em Paris (sua mãe desencarnou durante seu parto), com o nome de FRANÇOIS MARIE AROUET. Era criança tão frágil, que a enfermeira não lhe deu mais de um dia de vida. Estudou em colégio dirigido por Jesuítas, passando a conhecer bem a Igreja Romana. Enquanto os jovens se divertiam, com apenas 12 anos, discutia Teologia com os entendidos. Ainda jovem, freqüentou a alta sociedade constituída pelas nobrezas eclesiástica e civil.
Encarcerado por 11 meses na Bastilha como responsável por um panfleto que não redigira, aproveitou esse tempo para escrever, aos 24 anos, a tragédia Édipo. Nessa época, adotou o pseudônimo de Voltaire. Obteve tanto sucesso, que estavam abertas as portas para a entrada nos meios intelectuais parisienses. Tendo aprendido dialética junto aos Jesuítas, tornou-se um entusiasta do debate.
Gostava de dialogar com as pessoas inteligentes, sobre os mais variados assuntos, principalmente filosóficos. Acabou obtendo a fama de jovem brilhante e atrevido. Em peça de teatro, escreveu: “Não confiemos senão em nós próprios. Vejamos tudo com nossos próprios olhos. Que sejam eles, nossos oráculos”.
“Nossos padres não são o que supõem as pessoas simples.”
“Sua sabedoria não é, senão, a nossa credulidade.”
Dizia que primeiro será necessário viver, para depois filosofar. Quanto mais rico se tornava, tanto mais generoso com as pessoas ficava. Um círculo crescente de intelectuais agrupou-se em sua volta. Tornou-se um mestre sem rival na arte de conversar. A aristocracia transformou-o num refinado homem de sociedade. Convidavam-no para todos os lugares.
Os seus ideais de liberdade acentuaram-se muito, quando exilado na Inglaterra por três anos; e, por igual período, na Alemanha, a convite de Frederico II. Em ambos os países, respiravam-se ares de “liberdade” intelectual. Nesses países, pôde comparar, dialeticamente, que na França a situação era diametralmente oposta.
Grassava a “intolerância” religiosa que “oprimia” a todos. Essa “opressão”, ele não sentira em qualquer desses dois países, vez que estavam a salvo da influência marcante da nobreza eclesiástica sobre o governo monárquico que dirigia a França, com a Inquisição em pleno vigor.
As “Lettres de Cachet” eram ordens de prisão, através das quais qualquer nobre poderia, arbitrariamente, mandar para a Bastilha alguém sem título de nobreza... Sem motivo e sem julgamento... A Bastilha era usada como resposta a todas as perguntas e dúvidas.
Voltando a França, comprou um castelo na fronteira entre este país e a Suíça. Tornou-se a Meca da Inteligência francesa. Seu lema era “Rir e fazer rir”. Catarina II, da Rússia, sua grande admiradora, chamava-o de “Divindade da Alegria”.
Ele dizia: “Ai do filósofo que não puder desfazer rugas em risadas”.
Foi guindado a membro da Academia Francesa de Letras e considerado o homem mais inteligente do planeta. O Castelo de Ferney tornou-se a capital intelectual do mundo.
Dizia: “Os monarcas têm o cetro e eu a pena”.
Foi considerado o “rei da inteligência”, tendo escrito 99 obras sendo, a principal, “O DICIONÁRIO FILOSÓFICO”.
A fase mais profícua de sua vida foi de 1758 a 1778, os últimos 20 anos. Teve contato com quase todos os filósofos iluministas.
Com a revogação do Édito de Nantes, restabelecendo a “intolerância” religiosa na França, passou a escrever panfletos, convidando os filósofos Diderot, D’Alembert e outros a se “unirem” para derrubar a “infame”. Terminava-os sempre referindo-se à Igreja Romana com a frase “Écrasez l’infame”(“Esmagai a infame”).
Após seus amigos terem conseguido fazer um “busto” seu, para ficar de lembrança à posteridade, adoeceu. Desencarnou em Paris aos 83 anos de idade, tendo seus restos mortais, quando transladados para o Panteon Revolucionário, sido acompanhados por uma multidão de 600 mil pessoas... quase toda Paris.


CONCLUSÃO

Parece ter ficado bem claro que, nessa vida, veio “fechado” para os conhecimentos iniciáticos. No entanto, foi dotado de extraordinária inteligência e cultura “universalista”, tendo escrito sobre os mais variados assuntos filosóficos.
Porém, o objetivo principal parece ter sido o de demolir a instituição religiosa que “oprimia” a França e igualmente a reforma das instituições monárquicas, tornando aquele país mais “aberto” às idéias de “liberdade”.
Sem dúvida alguma, “preparou” o caminho para a sua volta em novo corpo no início do século seguinte, naquele país, e ficou em condições de realmente poder iniciar a Restauração da Verdade no mundo. Essa encarnação foi fundamental para que esse objetivo se tornasse possível.


XIV- ALLAN KARDEC E O ESPIRITISMO

Viveu 65 anos (1804 – 1869).
Antecedentes de sua volta à carne:
Estando no mundo espiritual, foi-lhe dito que uma onda de “materialismo” poderia invadir a Europa e pôr a perder tudo o que havia sido conseguido até então.
Apesar de todos os defeitos e vícios que a Igreja Romana apresentava, ela, entretanto, em razão de sua organização, deixou bem caracterizados no mundo os nomes de Deus, Jesus e dos Apóstolos. Essa vaga materialista poderia acarretar um “retrocesso” indesejável, com graves reflexos espirituais na escalada evolutiva do Planeta.
A previsão era a de que a Filosofia Positivista, que deveria grassar na França e espalhar-se pela Europa e outros continentes, iria colocar em risco o que mal ou bem a civilização ocidental, em termos espirituais, já havia conquistado.


O POSITIVISMO

Augusto Comte, nascido em Montpellier, na França (1798 – 1857), criou um “sistema” filosófico, originado na reflexão da Filosofia e Ciência do séc. XIX. Esse Sistema Positivista acha-se exaustivamente exposto na sua obra “CURSO DE FILOSOFIA POSITIVA”, composta de seis volumes. Em síntese, para ele, a evolução do pensamento humano deu-se em três etapas. É a conhecida “Lei dos Três Estados”.
A primeira é a Teológica: nos primórdios, a humanidade procurava a explicação para os fenômenos da natureza e do universo, através do Politeísmo. Evoluindo, passou para o Monoteísmo.
A segunda é a Metafísica (meta = além de): os fenômenos passam a ser explicados abstratamente pela razão. É o chamado “racionalismo abstrato” (ex.: o Iluminismo do séc. XVIII).
A terceira é a Positiva: procura-se explicar os fenômenos da natureza “positivamente”; isto é, através da simples observação e experimentação, visando descobrir as leis que os regem.
Em outras palavras, é através dos efeitos físicos (portanto, “objetivos, tangentes, visíveis, e palpáveis”), que se poderá chegar as suas causas e, conseqüentemente, as suas Leis Regentes Fundamentais.
Tudo aquilo que estiver além dessa área deverá ser considerado metafísico, e não terá qualquer valor. É o chamado racionalismo “sensível”, oposto ao racionalismo “abstrato”.
Essa etapa Positiva corresponde à Científica do séc. XIX. Nesse século, a ciência passa a dominar todas as atividades humanas. Só a ciência é que tem condições de captar os fenômenos tangentes. Seu “sistema” provocou uma verdadeira “revolução no pensamento da época”, e passou a empolgar por toda a segunda metade do séc. XIX as elites culturais da Europa, e, inclusive, as do Brasil (ex.: José P. de Almeida e outros; entre os quais alguns que foram seus alunos).


O ESPIRITISMO

Encarna em 1804, na cidade de Lyon, na França, LEON HIPOLLYTE DENIZART RIVAIL. Logo jovem, dedicou parte de sua vida às atividades educacionais, tendo sido discípulo do célebre educador Pestalozzi. Quando começaram a “pipocar” os fenômenos mediúnicos “tangentes”, como as mesas girantes e falantes, incorporações de espíritos, fosforescências, xenoglossia e psicografias, passou a se interessar por eles.
Sendo considerado um homem culto, inteligente e com grande capacidade de organização, em 1854, portanto, com 50 anos, iniciou-se nas “experiências espirituais”. Trabalhou com 1.100 grupos de médiuns, ocorrendo então um 3° Pentecoste. Tornou-se o grande “sistematizador” das comunicações espirituais, dando-lhes o nome de “ESPIRITISMO”. Aos poucos, foi codificando-as e, já em 1857, escreveu o “Livro dos Espíritos”. Deu-lhe essa denominação para não ocorrer confusão com o “Livro dos Mortos” – Bíblia Egípcia. A esse livro, ele acrescentou as obras O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns (1864), O Céu e o Inferno, O Gênesis, Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo; além da conhecida “Obras Póstumas”, organizada e publicada após o seu desencarne.
A grande influência intelectual da França no séc. XIX, da mesma forma como favoreceu a expansão do Positivismo, deu oportunidade a que o Espiritismo igualmente se difundisse pela Europa e países de outros continentes.
Obviamente enfrentou duas correntes contrárias:
a) cientistas materialistas;
b) católicos e protestantes.
Muitas pessoas procuravam como “consolo” saber do desencarne de entes queridos. Homens de ciência também passaram a se interessar. A simples “curiosidade” foi cedendo lugar à “investigação séria”. Os fenômenos passaram a ser de observação sistemática e explicações científicas.
ALLAN KARDEC – pseudônimo adotado, relacionado a uma vida entre os druídas, era maçon e de formação positivista. Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
Na mencionada “Obras Póstumas”, pode-se citar algumas passagens importantes em que o Espírito da Verdade lhe dava informações a respeito daquela vida e de “uma futura”, quando deveria terminar a obra, então apenas “iniciada”:
1- “A nossa ação sobre ti é constante, de tal forma que não podes a ela se furtar.”
2- “Uma obra como a que juntos elaboramos requer isolamento, e o mais completo recolhimento.”
3- “Assim, é fácil compreender agora a razão pela qual nos era necessário ter-te afastado de qualquer preocupação que não fosse a da Doutrina.”
4- “Aos soldados que se batem pela Santa Causa, virão juntar-se novos combatentes, cujas palavras e escritos farão sensação e levarão às falanges adversas a perturbação e confusão.”
5- “A VERDADE não será conhecida e assimilada senão depois de muito tempo.”
6- “Tu não verás nesta encarnação senão o começo do sucesso da tua obra.
7- “É necessário que voltes a encarnar noutro corpo, para então complementares o que iniciastes. Assim, nessa nova encarnação, terás a satisfação de observar em plena frutificação, a semente que espalhastes pela terra.”
8- “Desta forma, tu não ficarás muito tempo entre nós. É necessário que voltes para completar tua missão, que não pode ficar concluída somente nesta encarnação.”
9- “Se fosse possível, continuarias aí na carne. Porém, é preciso obedecer à lei natural. Ficarás ausente por alguns anos e, quando voltares, o será em condições que te permitirão trabalhar com mais êxito”. Em “observação” a esses avisos espirituais, escreveu Kardec: “Calculo que a minha volta deverá ser para o fim deste século ou para o começo do outro”.
10- Essa “observação” é de ser admitida como de fundamental importância, não podendo de forma alguma ser esquecida ou marginalizada, relegando-se a um segundo plano, como parece que tem acontecido nos meios espíritas.
11- Obviamente, o raciocínio sobre essa afirmação só poderá ser este: “Ele já veio para terminar a Obra apenas iniciada”. E essa vinda se deu, de duas, uma: ou no fim do século passado (XIX) ou então, “no começo deste” (XX).
A não ser adotando-se atitude “escapista”, não há como fugir desse dilema. A toda evidência, logicamente Ele já veio, porque estamos no início do séc. XXI... Assim, a conclusão irretorquível, sem sombra de qualquer dúvida, só pode ser esta: “a Obra já está concluída”.
Destarte, estudar somente a Codificação acrescida de outras obras doutrinariamente menores, romanceadas ou não, espiritual e intelectualmente, não será prudente e, muito menos, satisfatório.
Dessa maneira, urge saber quem é Ele reencarnado e, com toda seriedade, respeito e entusiasmo, estudar profundamente o “Seu Término da Restauração”.
12- A não ser assim, sua Obra estará incompleta, falha e omissa... Fato este, verdadeiramente lastimável para toda a Humanidade.
13- Outra atitude, que não seja a de cerrar fileiras em torno Dele, objetivando conhecer, viver e colaborar para a divulgação da Obra completa, salvo melhor juízo, acarretará aos negadores e omissos grave responsabilidade perante a Justiça Divina.
14- Por fim, ainda em “Obras Póstumas”, conclui Ele: “Um dos maiores obstáculos à propagação da Doutrina é a falta de Unidade”.
Trabalhou por ela cerca de 15 anos (dos 50 aos 65 anos). Desencarnou em 1869. Na França, infelizmente, o Espiritismo praticamente, desapareceu...


XV- O ESPIRITISMO NO BRASIL

1- No fim do século passado, Deus enviou à terra do Cruzeiro do Sul espíritos precursores para preparar o caminho do Término da Restauração”.
2- Os mais importantes foram: Apóstolo João Evangelista, reencarnado, conhecido com o nome de Barão do Rio Branco. Foi responsável por deixar, de maneira diplomática e portanto, pacífica, o Brasil na forma de um coração; e Apóstolo Lucas, com o nome de Bezerra de Menezes Cavalcante, médico de profissão, tendo muito trabalhado pela edificação do Espiritismo, ficando conhecido como o “Kardec brasileiro”.
Além de outros pioneiros menores, reencarnaram, em 1910, Francisco Cândido Xavier e Osvaldo Polidoro.


XVI- O POSITIVISMO NO BRASIL

A Filosofia Positivista obteve grande influência em nosso país no final do séc. XIX e início do séc. XX. Sendo uma cultura recipiendária da Européia, principalmente a Francesa, nota-se que vários intelectuais brasileiros foram, inclusive, alunos de Augusto Comte. Assim, já na Proclamação da República, em 1889, observa-se que Benjamin Constant e outros positivistas notórios introduziram na Bandeira Nacional o lema positivista “Ordem e Progresso”. Havia, portanto, perigo dessa filosofia “entranhar-se” na cultura brasileira.
Com o advento de fenômenos espirituais “tangentes” em razoável intensidade, de certa maneira, iria, analogamente ao que ocorrera na França do século transato, dialeticamente opor obstáculo à onda materialista que então já começara.


XVII- FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

É a reencarnação historicamente conhecida de Dante Alighieri e de conhecido líder da Revolução Francesa. Dotado de excepcionais dons mediúnicos, teve numerosos livros recebidos através da psicografia, editados em vários idiomas. Essas obras têm colaborado enormemente para a propagação do Espiritismo, não só no Brasil, como também no mundo inteiro. São livros, na sua maioria romanceados, trazendo excelentes ensinamentos na área do “comportamento”. Quanto a do “conhecimento”, os espíritos comunicantes, por não ultrapassarem o 4° CÉU, transmitem o que tem sido possível, face as suas limitações.
Hoje, além dele, são líderes espíritas muitos conhecidos: Divaldo Pereira Franco (Bahia), Luiz Antonio Gasparetto (São Paulo) e outros. Muitos estados têm suas Federações Espíritas, sendo as mais conhecidas a Federação Espírita Brasileira e a Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Já há, caminhando bem, um Movimento Espírita Mundial, tendo já realizado vários congressos em diferentes países. A Federação Espírita do Estado de São Paulo edita Jornal Espírita de boa circulação, objetivando informar a todos os adeptos os principais acontecimentos espiritistas. Sua sede nova está pronta no centro da cidade de São Paulo, local de grande atração para os acontecimentos espiritistas.
O que tem caracterizado as sessões espíritas no Brasil, sejam as de Umbanda ou Kardecistas, é o exercício das faculdades mediúnicas “passivas”. Essas ensejam a realização de fenômenos “tangentes” (incorporações, desobsessão, materialização, fosforescências, psicografias, etc.).
Ocorre que já estamos no início do séc. XXI d.C.... A hora agora é não mais de exercitar somente esses fenômenos, visando mais provar a imortalidade e a comunicabilidade dos espíritos, bem como a reencarnação. Ficar só com isso é muito pouco. É necessário adentrar em conhecimentos mais elevados e profundos.
O momento é de ir cessando o cultivo das faculdades “passivas”, para, em seu lugar, cultivar as “ativas” (vidência, dupla vista, sonhos proféticos, etc.). Essas ensejam o exercício dos fenômenos inteligentes, começando a tomar o lugar dos tangentes.


XVIII- O KARDEC REENCARNADO

Como já foi visto, cumprindo os avisos contidos em “Obras Póstumas”, encarnou em 05.06.1910, com o nome de Osvaldo Polidoro, na cidade que ajudara a fundar quando foi Anchieta.
Quando nasceu, a região leste da cidade era pouco habitada. Constituía-se mais de terras inexploradas e matas virgens. Seu pai era proprietário de grande parte daquelas paragens. Aprendeu a ler e escrever através de uma professora particular, a quem demonstrava muita gratidão.
Desde menino, dotado de excepcionais dons mediúnicos, tinha contatos com o mundo espiritual. Foi-lhe dito que comprasse uma Bíblia Judeu-Cristã porque iria escrever sobre ela em sua vida inteira.
Seu pai acabou perdendo tudo que possuía. Quando tinha aproximadamente 15 anos, recebeu aviso que não se preocupasse, porque iriam preparar ligações espirituais para comunicação direta com os Altos Planos da Vida Espiritual. Passou a escrever sobre Doutrina. Sua primeira obra foi Que Fizeste do Batismo do Espírito Santo?
Prestou serviço militar em Quitaúna, município de Osasco, Estado de São Paulo. Trabalhou durante muito tempo na parte técnica da Metalúrgica Paulista.
Ajudou a fundar a atual Federação Espírita do Estado de São Paulo, com o nome inicial de Centro Espírita São Pedro e São Paulo. Relacionou-se com líderes espíritas da época, como: Herculano Pires, Edgard Armond, Hernane Guimarães Andrade e outros, tendo a LAKE (Editora e Livraria Allan Kardec) editado muitas das suas obras. Foi considerado pela rapidez com que escrevia (mais de 30 obras em 5 anos); um fenômeno.
Afastou-se de ambos, Federação e LAKE, porque desejavam “dogmatizar sobre Kardec” e não aceitaram a “complementação” que ele veio deixar. Escreveu mais de 100 obras doutrinárias; boa parte ainda está apenas nos originais, aguardando oportunidade para ser editada. Exerceu atividades no jornalismo espírita, tendo escrito muitas monografias em forma de livretes e alguns milhares de folhetos doutrinários.
Sua obra final EVANGELHO ETERNO E ORAÇÕES PRODIGIOSAS está profetizada no Apocalipse, cap. 14, 1 a 6.
Com “ELA”, está instituída no mundo a era DIVINISTA. Considera o Espiritismo uma simples “etapa”; apenas um “degrau”, convidando a todos a dar “um passo à frente” no Caminho da Verdade; afirma que todos os “ismos” ligados a pessoas e instituições deverão terminar, para ficar um único: “DIVINISMO”.
Ao contrário dos demais escritores e médiuns espíritas, “filtra” suas obras diretamente do PRINCÍPIO SAGRADO, sem intermediários. Ensina que é o momento de ir cessando os fenômenos “tangentes”, cultivando-se em seu lugar os “inteligentes”.
Considera sua tarefa de “TÉRMINO DA RESTAURAÇÃO” concluída, ficando no mundo apenas “UM DEUS, UMA VERDADE, UMA DOUTRINA”.


CONCLUSÃO

Kardec deixou escrito: “A evolução do conhecimento é contínua.”
Assim, parar no patamar Kardecista será o mesmo que “truncar” essa evolução. “Dogmatizar” sobre suas obras, impedindo o crescimento consciencional dos espíritos, constitui uma “contradição” a tudo aquilo que ensinou. Dessa forma, representa um “desserviço” à causa abraçada.
Simples boas intenções não significam felizes soluções. Ninguém poderá ser pedra de tropeço no Caminho da Verdade, sem que se responsabilize perante à Justiça Divina. “Paralisar” significa não avançar, estancar ou deixar de evoluir.
O conhecimento é infinito; não tem limites. Quem está em um simples “degrau” da escada evolutiva do Caminho não pode nele ficar. É necessário ir em frente.


PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE
ESPIRITISMO E DIVINISMO


1- ESPIRITISMO: na história da Doutrina do Caminho do Senhor, é uma simples etapa; “início” da Restauração.
DIVINISMO: corresponde ao “término” da Restauração; tem poucos seguidores, considerados “VANGUARDEIROS”.

2- ESPIRITISMO: tem sido entendido como a 3ª Revelação (1a com MOISÉS, 2a com JESUS – Pentecoste – e 3a com KARDEC).
DIVINISMO: a Revelação, de milhares de anos para cá, tem sido contínua, cultivada velada ou ostensivamente. Houve, durante o percurso, “truncações”. O espiritismo foi a 3a tentativa de generalização da Revelação.

3- ESPIRITISMO: realiza mais sessões de fenômenos “tangentes”, através de faculdades mediúnicas passivas. Enfatiza as sessões de “desobsessão”.
DIVINISMO: os “tangentes” deverão aos poucos serem substituídos por fenômenos “inteligentes”, através de faculdades mediúnicas “ativas”, principalmente a vidência, considerada a mais sublime de todas.

4- ESPIRITISMO: preocupa-se muito em “provar” a imortalidade e a comunicabilidade dos espíritos, e também a reencarnação.
DIVINISMO: procura canalizar os esforços ao conhecimento da Doutrina Pura, através da Inteligência. Prega o binômio CONHECIMENTO E COMPORTAMENTO.

5- ESPIRITISMO: a vidência tem sido utilizada de forma “limitada”; com restrições. Está truncando muitos médiuns.
DIVINISMO: não há limites. Depende muito do desenvolvimento mediúnico dos médiuns e da “ambiência” espiritual criada nas reuniões.
6- ESPIRITISMO: tem admitido a Codificação Kardecista como “dogma”.
DIVINISMO: considera-a obra incompleta, com falhas, e omissa em muitas questões.

7- ESPIRITISMO: não sabe quem é Kardec e desconhece suas encarnações passadas. Ainda é um mistério... Está procurando...
DIVINISMO: sabe quem ELE é e conhece o seu histórico reencarnacionista.

8- ESPIRITISMO: Espírito Santo é considerado símbolo dos bons espíritos.
DIVINISMO: representa o conjunto de dons mediúnicos. É o veículo da comunicabilidade dos espíritos.

I – O Livro dos Espíritos – 1857

1- Anjos: ESPIRITISMO: são considerados Espíritos Puros, em razão da proximidade com Deus.
DIVINISMO: são espíritos que trazem mensagens divinas. Ex.: Anjo Gabriel, na Bíblia. Pertencem ao Escalão denominado Mensageria Divina.

2- Espaço dos desencarnados:
ESPIRITISMO: os espíritos não encarnados ou errantes não ocupam uma região determinada e localizada; estão por todos os lugares no espaço.
DIVINISMO: ao contrário, funciona a “Lei de Equidade Vibracional”, através da qual, cada um tem seu lugar no Plano Astral.
3- Finalidade da existência:
ESPIRITISMO: evoluir para atingir a Perfeição.
DIVINISMO: é a Deificação Plena.

4- Demografia planetária:
ESPIRITISMO: Kardec afirma que não sabe o número de espíritos no Plano Astral.
DIVINISMO: a lotação planetária é constituída por 72 bilhões de espíritos. Encarnados, pouco mais de 7 bilhões. Assim, restam pouco menos de 65 bilhões no Plano Astral.


II – O que é O Espiritismo ?– 1859

1- Finalidade das manifestações espirituais:
ESPIRITISMO: é convencer os incrédulos de que, para o encarnado, nem tudo acaba com a vida terrena; bem como dar aos crentes idéias mais exatas sobre a vida futura.
DIVINISMO: ilustrar, advertir, consolar e proporcionar avisos, ensinos e graças.

2- Sede da alma:
ESPIRITISMO: Kardec afirma que ela não se encontra numa parte especial do corpo.
DIVINISMO: Osvaldo Polidoro sempre ensinou que ela se localiza na Pineal.

3- Qual a origem da alma?
ESPIRITISMO: As almas são criadas simples e ignorantes.
DIVINISMO: não são criadas, mas sim emanadas com as virtudes divinas em estado latente.


III – O Livro dos Médiuns – 1861

Para ambos, é o melhor e tecnicamente isento de falhas.


IV- O Evangelho Segundo o Espiritismo - 1864

1- Revelação: ESPIRITISMO: considera-a como a 3ª Revelação (1a Moisés; 2a Jesus).
DIVINISMO: ela é contínua. Sofreu truncações ao longo da História. Data de época remotíssima.
É a 3a tentativa de Generalização das Comunicações Espirituais, até então realizadas ocultamente nos Cenáculos Esotéricos (fechados).

2- Categoria dos mundos habitados:
ESPIRITISMO: Primitivos, Expiações e Provas, Regeneradores, Felizes e Celestiais. Não faz referência ao Apocalipse. Há um conhecido líder espírita que afirma estarmos vivendo no tempo de Expiações e Provas e que, com o advento da Eletrônica, caminhamos para o Regenerador. Dá a entender que a passagem será pacífica. Ignora o Sermão Profético de Jesus (Mat. 24 e 25) e o Apocalipse.
DIVINISMO: classifica-os em Expiações, Provas, Missões e Celestial (Ex.: Jerusalém Celestial – Apocalipse). Chamado de 8° Céu ou Intermundos – correspondente aos espíritos cristificados. A passagem de “Expiação” para o de “Provas” dar-se-á através das previsões contidas no Apocalipse.

3- Três Virtudes: Fé, Esperança e Caridade:
ESPIRITISMO: Kardec fala em fé conscientizada e caridade.
DIVINISMO: nos tempos atuais, não mais elas; mas sim Conhecimento, Certeza e Bondade.

4- “Pai Nosso”:
ESPIRITISMO: adota o da Bíblia Judeu-Cristã.
DIVINISMO: houve a deturpação daquele que originalmente Jesus compôs. No Evangelho Eterno (em “Burrices que Jesus não Disse”) analisa os erros e deturpações. Em conseqüência, escreveu vários “Pai Nossos”. Ex.: Pai Nosso da Eternidade, Pai Nosso da Maturidade e Pai Nosso da Inteligência.

5- principais precursores das idéias cristãs:
ESPIRITISMO: Sócrates e Platão.
DIVINISMO: os precursores vêm de muito antes deles. Ex.: Rama, Krishna, Hermes Trismegisto, Orfeu, Pitágoras, etc...

6- Migrações cósmicas:
ESPIRITISMO: quando atingem o grau máximo de adiantamento no mundo em que vivem, os espíritos passam para um outro mais avançado, e assim sucessivamente, até que cheguem ao estado de Espíritos Puros.
DIVINISMO: não é assim. Os espíritos degradados é que devem sair por não merecerem herdar a Casa Cósmica que necessita evoluir para uma Nova Era. Eles é que são expulsos. Ex.: os exilados do orbe da Capela, os “Fora Daqui” (Apocalipse).


V – O Céu e o Inferno – 1865

Sagrada finalidade:
ESPIRITISMO: tem por objetivo atingir o Céu onde reina a bem-aventurança dinâmica, só alcançada pelos espíritos que se tornarem puros.
DIVINISMO: Cristificação e, por fim, Deificação Plena.


VI – A Gênese – 1868

1- Migrações interplanetárias:
ESPIRITISMO: estaria havendo naquela época uma “emigração” de espíritos, excluídos da Terra por se tornarem um obstáculo ao progresso. Afirma Kardec que irão expiar seu endurecimento – uns nos mundos inferiores e outros em raças terrestres atrasadas, que são equivalentes aos mundos inferiores, onde levarão seus conhecimentos e irão com a missão de as fazer progredir. No “dizer dos Espíritas”, a Terra não deverá ser transformada por um cataclismo que anulará subitamente uma geração. A geração atual desaparecerá gradualmente. Assim, aqueles que esperarem ver a transformação por efeitos sobrenaturais maravilhosos serão decepcionados (vide pág. 358 – Editora Lake).
OBS.: É provável que Divaldo Pereira Franco tenha tirado dessa passagem sua tese de “Mundo Regenerador”, para a época de agora...
DIVINISMO: ocorrerá neste início de milênio, infelizmente, o Apocalipse. Já começou.

2- Tese Roustainguista:
ESPIRITISMO: há uma parte de Federações Espíritas adotando os Evangelhos de Roustaing, o qual afirma que Jesus teria tido um corpo fluídico (ou etérico) ao invés de físico-carnal. Kardec conclui (pág. 304 – Editora Lake) que ele tinha corpo carnal. Isto é, tinha um corpo material de natureza idêntica a de todos.
DIVINISMO: combate o Roustanguismo: Jesus tinha um corpo carnal.


VII – Obras Póstumas – 1890

1- Restauração:
ESPIRITISMO: apenas início, devendo reencarnar em um novo corpo, em outras condições, para terminar a obra, que não poderia ser concluída naquela encarnação.
DIVINISMO: término da Restauração no Brasil: pátria do Evangelho Eterno. Já está concluída com a instituição do Divinismo.

2- Lei de Deus:
ESPIRITISMO: adota a Bíblia Judeu-Cristã.
DIVINISMO: afirmou o Kardec reencarnado: “Mexeram na Lei. Vim consertá-la colocando os 10 Mandamentos como originalmente recebidos, quando fui Moisés no Sinai”.

3- Acontecimentos do Papado (“páginas 225 / 226 – Editora Lake):
ESPIRITISMO: o espírito comunicante “ch” chama o papa de representante de Deus na Terra...
DIVINISMO: considera a Igreja Romana o Cavalo Preto do Apocalipse...

a) Consultar a poesia A Consolidação (em O Livro de Orações e Poesias Divinas – pág. 62).
b) Ler no Livro dos Espíritos:


VIII – Objeções:

“... há reuniões em que apenas se manifestam espíritos superiores.” Tal afirmação contraria a tese de alguns Centros Espíritas, que só fazem sessões de desobsessão.

OBRAS PUBLICADAS DE OSVALDO POLIDORO

1- Que fizeste do Batismo do Espírito Santo?
2- Um Ateu Além do Túmulo
3- Reencontro no Céu
4- A Caminho do Céu
5- Às Margens do Mar Morto
6- Confissões de um Padre Morto
7- Considerações de um Anjo da Guarda
8- Um Médium de Transportes
9- Carlito no Céu
10- Aspectos Erráticos
11- Um Profeta de Israel
12- Consolador, o Unificador Religioso
13- Réus do Calvário
14- Nas Regiões Inferiores do Astral
15- Romance no Céu
16- Escalando a Glória
17- Verdade e não Fanatismo
18- Remorsos e Expiações
19- O Grande Sinal
20- Com os Olhos da Alma
21- Uma Visão do Cristo
22- Sempre a Lei
23- Justiça Divina
24- Leis, Caminhos e Vigília, etc.
25- Confissões de um Corruptor
26- A Volta de Jesus Cristo
27- O Mensageiro de Kassapa
28- O Pentecoste
29- Nos Domínios Maravilhosos da Psicometria
30- A Bíblia dos Espíritos
31- O Novo Testamento dos Espíritas
32- Bezerra de Menezes e Narrativa Iniciática
33- Verdades Imortais
34- Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas
35- Lei, Graça e Verdade
36- O Grande Cisma
37- Decentismo
38- Sangue na Cruz
39- Considerações de Amanda
40- O Vaso Escolhido e Sua Obra
41- Moral, Amor e Revelação
42- Nos Planos da Morte
43- O Céu Maravilhoso
44- Espiritismo, a Doutrina Integral
45- Orações e Poesias Divinas I
46- Orações e Poesias Divinas II
47- Textos Divinos I
48- Textos Divinos II
49- Textos Divinos III

* É provável que existam outras obras editadas não relacionadas. Esta é uma relação incompleta.
** Há vários originais ainda não editados.

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