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INTRODUÇÃO AO DIVINISMO - CURSO E APOSTILAS



DEUS

É mais correto chamá-lo PRINCÍPIO.
Em realidade, ELE é indefinível. Definir etimologicamente significa dar os fins, traçar limites. Como é infinito, obviamente, não tem limites.
Mais precisamente, nenhum ser relativo poderá “conceber” o Absoluto, a não ser através meramente de um periscópio concepcional.
A seguir, forneceremos alguns conceitos transmitidos pelos grandes iniciadores, que remontam às origens dos tempos iniciáticos como RAMA, ZOROASTRO, ORFEU, PITÁGORAS, PLATÃO, HERMES, MOISÉS, JESUS, e os APÓSTOLOS.

CONCEITOS

1- É a Essência Divina que a tudo Emana, Sustenta e Destina, através de Leis Eternas, Perfeitas e Imutáveis. Tem como atributos ser: Onisciente, Onipresente e Onipotente.

2- É Infinitamente Simples em seus Fundamentos e Infinitamente Complexo em seus desdobramentos.

3- Nenhum de nossos pensamentos saberá concebê-Lo; nenhuma linguagem defini-Lo.

4- O que é incorpóreo, invisível, informe, não pode ser apreendido pelos nossos sentidos.

5- O que é Eterno não pode ser medido pela curta regra do tempo.

6- Alguns eleitos percebem raios de sua perfeição, mas esses iniciados não encontram, em linguagem comum, palavras que possam exprimir a visão imaterial, que os fez estremecer.

7- É o Começo que nunca finda.

8- DELE tudo parte; NELE tudo movimenta; e para ELE tudo volta.

9- O de dentro e o de fora, o de cima e o de baixo; tudo é UM, porque só UM é o Princípio.

10- Uma só é a VERDADE e, só com ELA, triunfareis.

11- Origem, Sustentação e Destinação do Espírito e da matéria, dos mundos e humanidades.

12- Sagrado Princípio do Universo.

13- Sagrada Causa Primária.

14- Sagrado Princípio do Todo; Causa Infinita dos infinitos efeitos.

15- É o Ser dos Seres.

16- O Senhor do Infinito e da Eternidade.

17- É o Ser que É, Foi e Será.

18- É UNO, e não Trino.

19- NELE nada cresce nem diminui.

20- DELE tudo deriva e tudo a ELE retorna.


I – EMANAÇÃO

O “SER SUPREMO” imola-se a si mesmo para produzir tudo o que existe.
É o Supremo sacrifício. (Bhagavad-Gita)
Em realidade, o Princípio nada tira fora de Si – nada cria, mas “emana”.
Assim sendo, o termo “Criação” não é o mais adequado para caracterizar esse fenômeno, mas sim “Emanação”.
DELE tudo se origina; NELE tudo se movimenta, e para ELE tudo volta.
O Infinito que alberga os dois Universos: cósmico: visível, aparente, objetivo; anímico: invisível, inaparente, subjetivo; é Emanação do Princípio.
Os materialistas e agnósticos admitem, tão somente, o Universo Cósmico.
Os espiritualistas, ao revés, admitem ambos. Destarte, os encarnados fazem parte integrante dos dois; ao passo que os desencarnados, tão somente do Universo Anímico.
O termo “criatura” humana é utilizado inadequadamente.
Para se utilizar de maior precisão vocabular, será mais correta a denominação “emanatura” humana. Se somos emanados e não criados...
Como já foi dito anteriormente, sendo DEUS infinitamente simples em seus fundamentos e infinitamente complexo em seus desdobramentos, a gravidez, a prenhez e as sementes das plantas nada mais são do que “o prolongamento do poder emanador do Princípio”.
Tudo o que há de visível e invisível no Infinito é Emanação do PRINCÍPIO SAGRADO.
Se ELE nada tivesse emanado, no Infinito somente existiria ELE. Daí porque, ELE é o ETERNO PRESENTE.


II – MOVIMENTO

No Infinito nada está parado. Tudo está em constante movimento, ainda que aparentemente estático.
O Universo Cósmico pode ser comparado a uma sanfona que se contrai e se distende, sem aumentar ou diminuir.
Há momentos de contração e distenção. Assim também é o anímico.
Há necessidade de movimentar-se, visando o desabrochamento interno da Centelha Divina.
Os mundos e intermundos movimentam-se. O macro, através das Leis da Mecânica Celeste; e o micro, das Leis da Mecânica Quântica.
Há mundos que ainda não são e, um dia, serão; há mundos que são e, um dia, não mais serão; e mundos que foram e já não mais são, porque já se reintegraram totalmente ao PRINCÍPIO.
O Infinito se caracteriza pelo moto-contínuo.


III – IMORTALIDADE

Em DEUS nada morre. Há um constante transformismo. Um eterno “vir a ser”.
O que caracteriza o espírito é a sua “indestrutibilidade. A centelha Divina é indestrutível. Apenas encarna e desencarna; é simplesmente imortal. Assim, ninguém nasce ou morre; apenas encarna ou desencarna.
Daí a responsabilidade de cada filho de Deus após deixar o corpo físico na sepultura. A vida continua além-túmulo. Não acaba ali.
Os materialistas e céticos não admitem a sobrevivência do espírito pós sepultura. O próprio corpo físico, após a perda da força vital, volta ao laboratório da natureza, a chamada terra-mãe. O cadáver se desidrata e a parte sólida, que nada mais é do que pó organizado, volta a ser, com o tempo, elemento químico. Nada morre. “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. (Lavoisier). É uma realidade já comprovada cientificamente e aceita pela “communis opinio doctorum” (comum opinião dos doutos). Como já disse Pierre Teillhard de Chardin: “A terra vive; ela palpita.” (O Fenômeno Humano).
“A imortalidade do espírito é facilmente comprovável pela simples constatação, através da psicografia, incorporação e da vidência.” Infelizmente, os religiosismos, que têm ultimamente se unido através do chamado “Ecumenismo”, ao combaterem esse dom dado por DEUS, fazem o jogo dos materialistas e céticos. Assim, a palavra “morte”, um dia, será riscada do dicionário neste planeta. Em DEUS nada morre, tudo vive. O Infinito é um Organismo vivo em perene movimento, sempre se transformando. O “vir a ser” é constante.


IV – EXISTÊNCIA

Ao sermos emanados do PRINCÍPIO, quer queiramos ou não, passamos a “existir” na direção da individualização espiritual. Há um Determinismo Divino. Éramos “imortais” e continuamos a sê-lo. A partir daí, será um constante “vir a ser” (transformismo). Assim, não há como pôr fim à “existência”. Todos aqueles que, pressionados pelas dificuldades da encarnação, pensam em “desaparecer” da face da Terra, pondo fim a ela, através de algum gesto tresloucado, tentando o suicídio, o fazem por ignorância dessa Lei Fundamental. Sendo “imortais”, não há como deixar de existir. Desta forma, na verdade estão pondo fim à “encarnação”, não à existência... A vida espiritual continua... Nesses casos, como o corpo é a ferramenta do espírito, naturalmente ocorre a responsabilização pelo ato praticado. Existe, na região astral inferior, até o conhecido “Vale dos Suicidas”. Como há os suicídios voluntários (dolosos), existem também os involuntários (culposos), através de vícios de variadas espécies em que ocorre uma antecipação do desencarne. Se nos intencionais, o desencarne é momentâneo, nos culposos (negligência, imprudência e imperícia), muitas vezes se dá de forma lenta, paulatina, de maneira imperceptível. Quem vive “perigosamente”, dirigindo em alta velocidade em local incompatível para tal, não estaria sendo imprudente? Desta maneira, o número de casos em que esta forma de desencarnação ocorre é muito variada. Basta-nos dar asas à imaginação... Assim, como na célebre frase de um conhecido ex- Presidente do Brasil, ao deixar em carta testamento “Saio da vida, para entrar na História”, melhor seria dizer: “Saio da encarnação...” A vida espiritual continua do outro lado... À guisa de ilustração, a conhecida filosofia Existencialista de J. P. Sartre (O Ser e o Nada; Entre Quatro Paredes, etc.), no que foi influenciado por outros filósofos e seguido por muitos outros, como Simone de Beauvoir, Ernest Hemingway e outros mais sendo de característica niilista, revela nenhum conhecimento da verdadeira vida espiritual. Quantos o seguiram? A célebre frase de Hamlet (William Shakeaspeare): “To be or not to be – that’s the question”. O “ser ou não ser”; poderia essa dúvida ser entendida como “existir ou não existir”?


INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

1- Da sabedoria Induísta: “Os filhos da UNIDADE, quando disso se apercebem, tanto mais depressa podem atingir a União final, que é o objetivo da existência”. O Evangelho Eterno - pág. 58

2- “Deus é Único; enquanto os cristos são ‘infindos’ em números. Todos virão a ser unos com o Pai. Todos os seus filhos virão a atingir esse grau evolutivo.” O Novo Testamento dos Espíritas – pág. 329

3- A UNIDADE é a Lei de Deus; o NÚMERO é a Lei do Universo; a EVOLUÇÃO é a Lei da Vida. Em Deus, tudo começa no UM, desdobrando-se ao Infinito. O UM é Deus Imanifesto, e o Múltiplo é Deus Manifesto. Entre a UNIDADE e a MULTIPLICIDADE está tudo, porque essas palavras querem dizer: “Emanador” e “Emanação”; o Todo e a Sua Manifestação. Aí está: o Estático e o Dinâmico. O Pai e os filhos. A Bíblia dos Espíritas - pág. 103

4- Ninguém vai às profundidades íntimas, a não ser através das Leis Regentes Fundamentais da chamada “criação”.

5- Ser “simples” é uma coisa. Ser ‘inconsciente” é outra.

6- Tomai cuidado antes de concordar com o próximo, pelo simples fato de ser o próximo.

7- Os filhos de Deus possuem a Verdade em si mesmos.

8- Em matéria de Verdade, há uma “síntese” a ser observada; uma “linha mestra” inelutável a ser respeitada.

9- Deus quer que cada qual conheça as Verdades Básicas e amem tudo quanto é bom, necessário, útil e fraterno. Quer vida “pura e simples”, “amorosa e sublimada”.

10- Alerta: a mentira pode conter elementos de bondade.

11- A sintonia perfeita com o Ser Total: esse acontecimento “não pode ser explicado”. Nenhuma linguagem humana poderia, jamais, consegui-lo, por mais fugidiamente que fosse.

12- Emanação: o termo “criação” é errado, gera conceito falso, porque de Deus, ou do Princípio, tudo é “emanação”. Nada deriva do nada, ou de um Deus que nunca existiu, que tira e tirou tudo de uma cartola de mágicos por meio de mistérios, enigmas, milagres, etc (Folheto – “Espírito – Perispírito – Chacras” - de Osvaldo Polidoro).

13- “A centelha espiritual ou o espírito, ou aquela partícula de Deus que, tendo sido ‘emanada’ com todos os valores divinos em potencial, terá de se movimentar através dos mundos e intermundos, até vir a ser Deus em Deus, ou Espírito e Verdade. O que isso é, por ora, foge muito ao poder de concepção dos terrícolas.” (Osvaldo Polidoro)

14- Movimento no Cosmo: as leis da Mecânica Celeste que comandam o Macro, e as da Mecânica Quântica que comandam o Micro são desdobramentos da Lei Fundamental de Movimento.

15- Imortalidade: a maior prova: a) a ressurreição (desencarnação) de Jesus que “ressurgiu” em Espírito à Maria Madalena, Maria e demais apóstolos; b) o seu aparecimento ao vidente Saulo na Estrada de Damasco. Esse fato ocorreu em sua “aparição” em espírito.


POESIA
A CIÊNCIA DA UNIDADE
Osvaldo Polidoro


As tradições esotéricas ensinavam a Verdade, Uma chave tendo elas, uma linha fundamental; Essa linha era a grande e pura lei de Unidade, O Manifesto e o Imanifesto, a síntese geral.

Não sendo a Sabedoria Antiga uma idolatria, Mandava procurar Deus na intimidade em geral; Sabia que, por evolução, a isso se chegaria, Descobrindo o homem, em si mesmo o Pai Divinal.

Partindo de si, marcharia rumo ao Infinito, A conhecer Deus, na presença do Cosmo glorioso; Ele sentia a Deus, no grande e no pequenito, Reconhecendo em tudo, Aquele Gerador Majestoso!

Após, vieram as corrupções, surgiram religiões, Inventaram-se formalismos, puseram Deus distante; Aviltaram a Verdade, vendendo tantas simulações, Que em lugar de adulto, o homem deu para infante.

Agora, na estrada que o mundo em si representa, Guerras, pestes e fomes vigiam a pobre gentalha; A idolatria pensou, criou, sustentou a tormenta, E assim fazendo, entregou-lhe a negra mortalha!

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