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INTRODUÇÃO AO DIVINISMO - CURSO E APOSTILAS



JESUS

“Eu Sou o Alfa e o Ômega”- Jesus

I PREÂMBULO:

Antes de mais nada, lembrando e ratificando o que já foi alertado no início do Curso, em “Explicações Necessárias”, trata-se de simples e despretensioso “Roteiro” sobre Jesus, ressaltando a abordagem de alguns aspectos fundamentais, a espinha dorsal de sua trajetória espiritual.
Objetivo: foi escrito apenas e tão somente para, em vôo de pássaro, facilitar o exame e meditação dos interessados, em leitura fluente, isenta de muitas cansativas, enfadonhas, complexas e truncadoras citações bíblicas. Com essa orientação, procura-se evitar expressões arcaicas de tendenciosas conotações religiosistas. Através de uma linguagem mais contemporânea, visa, especificamente, extrair o conteúdo das idéias. Será uma sinopse de quatro variáveis, a saber:

1- Jesus e João Batista nada escreveram; apenas falaram, ensinando oralmente Doutrina para o iletrado público daquela época. Sabe-se que foram mais de 250 os relatos sobre a passagem Deles sobre a Terra, sintetizados pelo poliglota Jerônimo, no período de 380 – 410 d.C., quando da feitura da “Vulgata Latina”. Assim, restaram os quatro conhecidos Evangelhos, segundo Marcos, Matheus, Lucas e João - o Evangelista. Curiosamente, colocados justapostos, um ao lado do outro, nota-se que, ao invés de serem iguais, há algumas diferenças entre eles e, até mesmo, algumas contradições bem preocupantes, reveladoras de grosseiras manipulações religiosistas.

2- Escritos de Osvaldo Polidoro e Ensinamentos dados por Ele, não só em reuniões mediúnicas, como também “em off”, resultantes de conversações várias, sobre o assunto em pauta.

3- Leituras diversificadas em várias fontes históricas.

4- Conclusões e observações do próprio autor, reunidas nesta síntese e que, naturalmente, deverão passar pelo crivo analítico dos pacientes leitores.
Obviamente, aconselhamos, criticamente, a ficarem com o que julgarem certo; não aceitarem o que discordarem, e colocarem em “suspenso”, para ulteriores exames, aquilo que duvidarem.


II- PEQUENO HISTÓRICO

1- Antecedentes Cósmicos:
Como já foi dito anteriormente, quando por ocasião da narrativa sobre Kardec, ambos, Jesus e João Batista, não pertencem a esta demografia planetária. Suas evoluções ocorreram em outros mundos, localizados em outras infindas galáxias. Daí, a conhecida frase iniciática de Jesus: “Antes que este mundo fosse, Eu já era”. Em verdade, foram designados pelo Princípio Sagrado, há milhões de anos atrás, para comandarem as Legiões Angélicas, encarregadas de realizarem a condensação das energias, a fim de que surgisse mais uma Casa Cósmica – a nave espacial Terra (vide Habitação Cósmica). Conforme nos relata Osvaldo Polidoro em sua monografia “Uma Vida Singular”, nos tempos iniciáticos (desde cerca de 3.600 anos antes de sua vinda), por tradição oral, já existiam informações de que seria enviado para os pertencentes a esta demografia planetária, um Divino Modelo.

2- Profecias Bíblicas:
a) Deuteronomio: capítulos 18, 15 a 19
b) Isaías: capítulos 7, 14; 11, 1 e 40, 3
c) Malaquias: capítulos 3, 1 e 3, 23

Na Bíblia Judeu-Cristã, há três profecias básicas sobre sua vinda à carne:
a) Moisés: após subir no Monte Nebo, teve uma visão na qual observou que Israel iria trair o seu Deus e desviar-se-ia do Caminho da Verdade.
Em síntese, afirmou que, quando os tempos fossem chegados, o Eterno iria suscitar um espírito como Ele e, em uma região tenebrosa, iria resplandecer uma Grande Luz. O Eloim iria colocar em sua boca o Verbo Divino, e quem ouvisse suas palavras e não as seguisse seria riscado do Livro da Vida.
b) Isaías: profetizou que um renovo sairia do tronco de Jessé (Pai de Davi), que remonta a Moisés. Viu um “rei” glorioso que viria restaurar a ordem no mundo. Estabeleceria o reino do Messias. Alerta que o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz. Sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa, resplandecia essa luz. Será um espírito caracterizado pela coragem e prudência, que não julgará apenas pelas aparências e nem decidirá pelo simples ouvir dizer. A lealdade circundará seus flancos.
c) Malaquias: esse profeta afirma que Deus mandaria o seu mensageiro para preparar o Caminho, e seria o profeta Elias o Tesbita (que encarnou no século IX a. C.). Em consonância com o profetizado por Isaías, que afirmara: “Eis que envio o meu anjo diante de ti, Ele preparará o teu Caminho. Será a voz que clamará no deserto, traçará o Caminho e aplainará suas veredas”.

3- As Anunciações:
Evangelho Lucas – 1,13
O Cristo da Galáxia enviou um espírito mensageiro – Anjo Gabriel – para avisar aos dois casais que iriam receber ambos os espíritos. Inicialmente, apareceu a Zacarias, avisando-o que, apesar de velha, sua mulher, Isabel, iria lhe dar um filho que se chamaria João. Viria com o espírito e poder de Elias, desde o ventre de sua mãe; seria cheio do Espírito Santo e iria converter muitos filhos de Israel ao Senhor seu Deus.
Seis meses depois, em Nazaré – Galiléia, apareceu à Maria, esposa de José, e avisou-lhe que iria conceber e dar à luz um filho, e que deveria chamar-se Jesus. Como era virgem, seria uma concepção espiritual. Seria ungido, não unigênito, como equivocadamente ensinam as religiões em geral. José era viúvo, bem mais velho que ela, e pai de alguns filhos.

4- Nascimento de Jesus:
Evangelho Lucas – capítulo 2
Naqueles tempos, surgiu um decreto do Imperador Romano – César Augusto – ordenando o recenseamento de todo o Império. Estando Maria grávida, José e ela foram de Nazaré a Belém de Judá para alistarem-se. Como não havia estalagem, Maria acabou dando à luz em uma manjedoura. Quatro videntes – iniciados – conhecidos na Bíblia como Reis Magos, guiados por espíritos (não por uma estrela), vieram do Oriente para conhecê-Lo. Passando pelo Palácio de Herodes, este, preocupado com o fato e vendo nesse nascimento um “perigo” para o seu poder temporal, pediu-lhes que, quando regressassem para suas casas, lhe trouxessem notícias a esse respeito. Tendo conhecido Jesus e, avisados por anjos dos perigos da notícia, regressaram ao Oriente, sem alertar Herodes. Entrementes, José e Maria, avisados em sonhos do perigo que corriam, fugiram para o Egito. Herodes, desconfiado, por precaução, mandou matar todas as crianças até dois anos. Decorridos alguns anos, após o tetrarca haver desencarnado, os pais de Jesus O levaram de regresso à Galiléia.

5- Infância:
Evangelho Lucas – capítulo 2
Ambos, pelo fato de serem parentes, tinham sempre contatos e, portanto, se conheciam bem. Era regra da época que, quando atingida a idade de 12 anos, todo menino deveria passar pela inspeção dos Membros do Sinédrio, a fim de que lhes não escapasse conhecer o tão aguardado Messias.
Tendo primeiramente passado João Batista, a seguir foi Jesus quem o fez, respondendo às perguntas que lhe foram formuladas. Ambos não foram reconhecidos como tal. Nessa ocasião, Simeão “profeticamente disse sobre Jesus: “Os meus olhos viram a luz que iluminará o mundo”. “Eis aqui aquele contra quem futuramente serão atiradas as pedras da contradição.”

6- A Educação:
a) Grandes Iniciados – E. Schuré
b) E a Bíblia Tinha Razão – W. Keller
A Bíblia silencia quanto a essa etapa. Para se educarem, preparando-se para as futuras tarefas a desempenharem quando adultos, João Batista, com treze anos e meio, e Jesus a seguir, foram encaminhados para os Cenáculos Essênios, junto à margem do Lago Morto, nas fronteiras com o Egito, e na região de Engad, às margens do Mar Morto, respectivamente – locais organizados inicialmente por Henoc e reorganizados pelo vidente Samuel.
Lá, como era hábito, após as provas que tiveram que superar, iniciaram-se, sob a orientação dos mestres, os seus estudos sobre a Doutrina do Caminho do Senhor. Nos intervalos, freqüentemente visitavam seus familiares na Galiléia.
Aos dezoito anos, Jesus teve a famosa “Visão de Engad”. Numa tarde crepuscular, estava Ele meditando junto ao Mar Morto quando, perplexo, pela primeira vez, se viu no Monte do Gólgota, tessificado entre duas pessoas. Formados e adquiridos os graus de Mestres, que usavam como símbolo o cajado de sete nós e o manto característico, passaram a formar a coroa de espíritos que iriam auxiliá-los nos trabalhos públicos.


III- TRABALHOS PÚBLICOS

João Batista, seis meses antes, abriu as portas do Cenáculo Essênio e, com seus discípulos, iniciou o trabalho de “Precursor”. Sua missão principal era propagar, anunciar a vinda do Divino Modelo, preparando-lhe o Caminho para suas pregações públicas.

1- Algumas famosas passagens:
a) Junto ao Rio Jordão, jogava água sobre as cabeças das pessoas, avisando-as que batizava com água, mas quem viesse após iria “Batizar em Espírito”. Estava procurando “visualizar” àquela população simples e iletrada, o futuro “Derrame de Espírito” – o Pentecoste.
b) Seu prestígio cresceu tanto, que teve de afirmar publicamente: “Agora é necessário que eu me diminua para que Ele cresça”. Disse humildemente: “Não sou digno sequer de atar-Lhe as chinelas”. Com o pedido de sua cabeça por Herodíades, após a dança de Salomé, estando preso na fortaleza de Maquerunte – Peréia – ela acabou sendo entregue em uma bandeja, como era costume na época. A partir daí, Seus discípulos, entre os quais Pedro, Tiago e João Evangelista, uniram-se aos de Jesus, formando uma só Comunidade.

2- O Pai Nosso:
Em suas andanças, os ex-discípulos de João Batista pediram a Jesus: “Ensina-nos a orar, como o fazia nosso antigo Mestre”. Em decorrência, Jesus compôs o Pai Nosso, transcrito na Bíblia.
Entretanto, saliente-se que, com a deturpação feita na “Vulgata Latina” e as traduções subseqüentes reproduzindo-a, ele tornou-se todo transfigurado, eivado de erros doutrinários, ficando assim, descaracterizado o original.
Daí a razão pela qual o João Batista reencarnado (Osvaldo Polidoro) escreveu o capítulo do Evangelho Eterno “Burrices que Jesus Não Disse”, em que critica rigorosamente aquele “Pai Nosso”, constante da Bíblia Judeu-Cristã.
Para restaurar, consertando os erros, escreveu vários “Pais Nossos”, inseridos nas Orações Prodigiosas, tais como Pai Nosso da Eternidade, Pai Nosso da Maturidade, Pai Nosso da Inteligência, e a Oração a Deus.


IV- ASPECTOS DA PERSONALIDADE DE JESUS

Preâmbulo
Saliente-se que o que vamos consignar são meras conjeturas; simples suposições, fundadas na lógica dos fatos.
Inicialmente, lembramos que Jesus não se casou. Salvo melhor juízo, é bem provável que tal fato tenha ocorrido, pelo motivo de que tinha consciência que teria uma encarnação relativamente breve. Durou trinta e seis anos e meio. Como é sabido, houve erro no Calendário Gregoriano, calculado em três anos e meio. Conseqüentemente, não deveria formar família para não deixar, tão moço, viúva e filhos ao desamparo. Igualmente, também pelo fato de ter que se dedicar “integralmente” à sua missão doutrinária, a família poderia talvez tornar-se um obstáculo a mais.

Aspectos
A nosso ver, Sua personalidade, para efeito de estudos, pode didaticamente ser decomposta em alguns prismas principais:
1 – o médium
2 – o didata
3 – o dicotômico

1- O Médium
Foi um médium perfeito. Espírito sem medida, dotado de “todas” as faculdades mediúnicas. Era carismaticamente “completo”. Tinha duas coroas de espíritos ao redor, envolvendo-O. Uma de encarnados e outra correspondente às legiões angélicas. A de encarnados fornecia a ectoplasmia e eletromagnetismo a serem manipulados pelas legiões, e, assim, proporcionarem condições para ocorrerem todos os fenômenos mediúnicos que a Bíblia exaustivamente relata. Ressalte-se bem “fenômenos”, não “milagres”... Para citar alguns registrados na Bíblia: “Colocava a mão direita sobre os possessos e expelia espíritos”. Hoje, tal fato é conhecido pelos espíritas como desobsessão; pelos protestantes em geral como expulsão de “demônios”; e pelos católicos como “exorcismo” (este último, pelos sacerdotes, através de uma cruz... Jesus jamais usou-a...). Quando, em uma ocasião, foi chamado para fazê-lo, porque os apóstolos não haviam conseguido, disse-lhes: “Ó homens de pouca fé, até quanto tempo tenho de aturar-vos? O que Eu posso fazer, vós podeis, e mais ainda”. Com a simples imposição de mãos, pessoas doentes (com lepra, paralisias, etc.) saravam; cegos passavam a ver; surdos a ouvir; mudos a falar. Fez ressuscitações, como no caso de Lázaro, em Betânia. Estando há quatro dias tido como morto, disse: “Ele apenas dorme. Lázaro, levanta e anda”. Idem, com o filho único da viúva de Naim quando, após tocar no esquife, ele levantou-se e começou a falar. Assim também ocorreu com a filha de 12 anos de Jairo, que jazia no esquife, quando disse-lhe: “Levanta-te menina! (“Talita cumi!”); nas bodas de Caná, com a transformação de água em vinho; na Galiléia, com a multiplicação de pães e peixes; e no pagamento de impostos, ordenando a Pedro pescar um peixe, retirando dele os quatro dracmas para solvê-lo. Todos esses e inúmeros outros fenômenos foram tangentes, visíveis, violadores das leis brutas da natureza, objetivando, causar impacto e perplexidade aos céticos, obrigando-os a pensar sobre eles.

2- O Didata
Havia dois métodos de ensinar a Doutrina: um para os já iniciados – os Apóstolos – e outro para os neófitos – iletrados. Para estes, ensinava através de parábolas e comparações. A mensagem Dele – transmissor – ao público-receptor deveria ser “visualizada” para facilitar a compreensão. Para tanto, utilizava-se de objetos dos três reinos da natureza, existentes na ambiência agro-pastoril em que viviam. Assim perguntava: “A quem devo comparar espiritualmente esta geração, às crianças?”. Realmente, o grande público era geralmente composto na sua maioria de gente simples, iletrada, que vivia das atividades agro-pastoris. Era espiritualmente ingênuo, de pouca capacidade assimilativa, viciado em práticas exteriores, pelo Sinédrio. Assim, utilizava-se, para atingir seus objetivos, de componentes dos três reinos:

Mineral
“A Justiça Divina é como uma rocha – quem se bater contra Ela arrebentar-se-á e sobre quem Ela cair, será esmigalhado”.
Não construam casas sobre a areia, porque a água vem e as levará. Ao contrário, construam-nas sobre as pedras; que é mais seguro.

Vegetal
Comparava a centelha divina ao grão de mostarda. Era o menor dos grãos; mas quando crescia, tornava-se uma árvore frondosa, onde os pássaros podiam construir seus ninhos.
O Pai é agricultor.
Eu Sou a videira; vocês, os ramos.
O ramo que não produzir frutos, o agricultor o cortará.
Assim também a figura da Figueira que secou.

Animal
Haverá separação entre cabritos e ovelhas.
É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico ingressar no Reino do Céu.
Aos membros do Sinédrio:
“Raça de víboras. Vóis sois como as serpentes.
Sede mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.”

3- O Dicotômico
Alternava ternura de pai com rugidos de leão. Diminuía-se diante dos pequeninos:
“Vinde a mim, vós que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.”
“Bem-aventurados serão os pequeninos, porque deles será o Reino do Céu.”
O Sermão da Montanha mostra bem, no que tange às bem-aventuranças, o lado “meigo” do rabi da Galiléia. Entretanto, crescia seu rigor quando diante dos poderosos. É a conhecida “Santa Indignação”. Frases conhecidas nesse sentido:
“Vós que sois como túmulos, caiados por fora e podres por dentro.”
“Vós sois daqueles que ficam na porta do templo da Verdade – não entram e impedem aqueles que poderiam fazê-lo.”
“Vós que, a pretextos de longas preces, dilapidam os bens de órfãos e viúvas.”
“Até as prostitutas e os pervertidos estão em vossas frentes no Reino do Céu.”
“Raça de víboras.”
“Vós sois como serpentes.”


V- AMBIÊNCIA POLÍTICA

Há séculos a.C., desde o Cativeiro da Babilônia (século VII), Israel sempre esteve sob dominações estrangeiras. A ele seguiram-se as submissões aos Persas, Macedônios, Síria e Império Romano. Pompeu (século I a.C.) invadira a Palestina e tornara-a província romana.
No tempo de Jesus, era governador daquela província Pôncio Pilatos. Os judeus, julgando-se o povo “escolhido”, não se conformavam em estar há tantos séculos sob a dominação de povos estrangeiros, desde a revolta dos Macabeus, que almejavam a sua independência política. Na época de Jesus, havia no ar um ambiente revolucionário. Judas, tesoureiro da comunidade, era um nacionalista ferrenho, extremado. Equivocou-se interpretando Jesus como o futuro rei dos judeus. Foi ilaqueado em sua boa fé, deixando-se ludibriar pela armadilha preparada pelo Sinédrio, ao aceitar as 30 moedas para levar os seus membros até Jesus. Era um idealista que não entendera bem a verdadeira missão do Divino Mestre. Tudo leva a crer que não desejava traí-lo; ao revés, desejava colaborar para fazê-lo o Rei dos Judeus. Visava com a independência, restaurar o antigo reinado. Após os acontecimentos do Jardim das Oliveiras e do Sinédrio, arrependido, desfez-se das moedas e suicidou-se.


VI- PRISÃO DE JESUS

O Divino Mestre foi preso e, depois de julgado pelo Sinédrio, levado à presença de Pôncio Pilatos. Este, avisado por sua mulher, em sonhos que tivera, de que tratava-se de um homem justo, não desejava condená-lo. Ao interrogá-lo, convenceu-se de que era assunto religioso interno da província, ao qual não tinha interesse em imiscuir-se.
Como era costume romano nessas ocasiões, propôs uma consulta ao povo. Entre Barrabás (revolucionário preso) e Jesus, o povo preferiu o primeiro. Em conseqüência, Pôncio Pilatos lavou as mãos e o entregou aos soldados.


VII- SUPLÍCIO E CALVÁRIO

1- Ultrajes e Trajeto
Entregue aos soldados romanos, estes, irônica e sadicamente, o “coroaram” com espinhos e passaram a chicoteá-lo, tendo na ponta dos instrumentos, chumbo. Entregaram-lhe para carregar um “T” de madeira. Pelo fato de Pôncio Pilatos ter ordenado colocar sobre ele uma tabuinha com a sigla INRI (Iesus Nazarenus Rex Iudex), ficou parecendo uma cruz. Durante o trajeto, xingado, chicoteado e vilipendiado, foi espiritualmente guiado e assistido por Elias. Este foi designado por Deus para ser um Anjo da Guarda durante aquele período, ajudando-o a suportar heroicamente todos os sofrimentos. Jesus, ao chegar ao Golgotá, era uma pasta; verdadeira mistura de sangue, suor e pó.

2- Na Cruz
No Monte do Gólgota – conhecido como das caveiras – confirmando a Sua anterior visão em Engad, foi tessificado entre dois ladrões. Para tentarem abreviar-Lhe os sofrimentos, como era de hábito naquelas ocasiões, as mulheres piedosas de Jerusalém ofereceram-Lhe uma beberagem. Não aceitou. Após muito padecer e ter ouvido vários impropérios desafiadores, às 15:00 horas, o céu escureceu; surgiram relâmpagos e trovoadas e, tendo Elias desaparecido de suas visões, disse: “Eli, Eli, lama sabactani?” (“Elias, Elias, por que me abandonaste?”). A seguir, antes de expirar, disse: “Pai, tudo está consumado; em vossas mãos, entrego o meu Espírito”.


VIII -NA SEPULTURA

José de Arimatéia, que O admirava, pediu permissão para enterrar o Seu corpo em sepultura de sua propriedade. Era costume da época, nesses casos de pena infamante, seguir-se a pena de privação de sepultura. Daí o local ser conhecido como o Monte das Caveiras. A aplicação dessa pena tornava os cadáveres insepultos. Para evitá-la, foi envolvido em um lençol – como é hábito entre os judeus – e levado ao túmulo em cemitério próximo (Guetsêmani). Esse lençol, hoje em dia, é discutido e posto em dúvida, como sendo o famoso “Santo Sudário” de Turim – exposto em museu na região Piemontesa, no norte da Itália. A esse respeito, já está provado cientificamente, através da datação pelo “carbono 14”, que aquele que lá está, é do século XIII ou XIV. Não é o original. Apesar disso, continua sendo explorado como tal, para fins turísticos...


IX- NA SEPULTURA ( Marcos 8,11 e Lucas 11,24)

Lá ficou por três dias, conforme a profecia conhecida como Sinal de Jonas: “Assim como o profeta Jonas esteve três dias e três noites no ventre do peixe, assim também o Filho do Homem ficará três dias e três noites no seio da Terra”. No caso em tela, trata-se naturalmente de uma alegoria. Sabe-se que foi necessário que assim ocorresse, porque sofrera muito durante o suplício e, nesses casos, é necessário que o espírito descanse um pouco no corpo, antes dele separar-se.


X- DESENCARNAÇÃO

Como é cediço, ressurreição é sinônimo de desencarnação. No terceiro dia, seu túmulo ficou vazio. O corpo havia sido desmaterializado pelos espíritos socorristas. Ressurge, aparecendo em espírito, inicialmente às videntes Maria Madalena e Sua Mãe Maria. Durante onze anos e meio, apareceu sempre aos seus discípulos, orientando-os no trabalho apostolar. Tudo conforme profetizou anteriormente: “Vou, mas volto logo. Não vos deixareis órfãos”.


XI- CRISTO PLANETÁRIO

Na época era Diretor Planetário, conforme o ensinamento bíblico: “E Ele veio para o que era Seu, mas os Seus não O reconheceram”. Com o desencarne, continuou naquela Direção.


XII- COMO SE ENCONTRA HOJE
A seguir, foi guindado ao posto de Diretor do Sistema Planetário.
Pelas informações que temos presentemente, como Espírito Deificante, encontra-se muito próximo da total e plena infusão no Princípio Sagrado.
Ainda não é um Deificado. Não é “totalmente” Deus em Deus.
Conforme as previsões, temos notícia que deverá retornar à carne, em condições bem mais favoráveis, já no Novo Céu e Nova Terra.
Por elas, voltará a ser filho novamente da Maria, tendo como pai, Lucas. Tal fato deverá ocorrer “provavelmente” no Brasil.
Será a Sua sexta encarnação neste Planeta. Uma delas, historicamente conhecida, é a de Melquisedec, rei de Salém.


XIII- ÔMEGA

Com a sua futura volta ao Princípio Sagrado, estará fechado o ciclo do Alfa ao Ômega, como espírito totalmente Deificado, sem perder a individualidade

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