I - PREÂMBULO
1- A Revelação é uma das Leis Regentes Fundamentais, válida para todo o Infinito e, como tal, aplicável também ao grão de areia cósmico que é o nosso Planeta.
2- Sendo uma Lei Divina, emanada de DEUS, humanidade alguma do Universo Cósmico pode dela prescindir sem que lhe ocorra grave prejuízo.
3- Ao revés, ai daquele que a “sufocar” colocando em seu lugar rituais, liturgias, mistérios ou enigmas.
4- Ela é a Luz do Mundo. Sem Revelação, uma humanidade cai na escuridão; fica órfã, porque não realiza o intercâmbio entre os dois planos da vida, entre encarnados e desencarnados.
5- É instrumento que ilustra, adverte e consola os que estão na carne.
6- No plano astral, os espíritos mais evoluídos se diminuem, se reduzem para se mostrarem; isto é, se revelarem aos de menor grau hierárquico.
7- A comunicação entre os dois planos da vida se dá através dos dons espirituais dados por DEUS aos seus filhos encarnados.
8- Na Bíblia, o conjunto de dons espirituais é chamado por Jesus, o Cristo, de “Espírito Santo”. No Evangelho de João é conhecido por “Paráclito”.
9- Paulo de Tarso (I Ep. aos Coríntios – cap. 12) os chama de “carismas”. Kardec, no século passado, os denominou “mediunidade”.
10- Nos movimentos modernos, como a parapsicologia, são referenciados ainda como percepção extra-sensorial, paranormalidade, sensitividades, etc. equivocadamente, entendem como fenômemos “incomuns” da mente humana.
11- Na verdade, significam uma só coisa; isto é, talentos que DEUS concede a seus filhos, para possibilitar sadiamente o Cultivo da Revelação.
12- Servem de intermediários entre ENCARNADOS e DESENCARNADOS.
II - A NECESSIDADE DO ESTUDO DA HISTÓRIA
Como é sabido, a História é a mestra da vida; nós somos um produto histórico. Para entendermos o que somos hoje, há necessidade de remontarmos às origens, ao desenvolvimento através dos tempos, até chegarmos ao ponto em que estamos.
Quem não tem essa “visão síntese” acaba por pensar que conhece a realidade que o cerca, mas, entretanto, isso não ocorre. Termina, na maioria das vezes, aceitando, sem qualquer investigação mais apurada, verdades que na realidade são falsas.
A nossa humanidade está muito acostumada, salvo honrosíssimas exceções, a tomar a nuvem por Juno...
Desse fato, se aproveita a maioria das instituições religiosas para impor aos incautos, desinformados ou mal informados, suas fobias pela Revelação, chamando-a ora de “coisa do diabo”, ora de “intercâmbio com os demônios”. Demônio vem do grego “daimon” e significa, simplesmente, “espírito mensageiro”; nada mais.
III - ANTECEDENTES HISTÓRICOS
A Revelação é tão velha quanto a impropriamente chamada “Criação”. Desde muitos milênios atrás, a Revelação vem sendo cultivada em nosso Planeta em locais fechados.
Nos cenáculos antigos, a Revelação era realizada por espíritos de escol de forma esotérica; isto é, ocultada dos profanos. Isso se dava em razão dos perigos que corriam seus cultivadores, devido às perseguições realizadas pelos líderes religiosos de culto exterior. Para não se tornarem “vulneráveis” a tais perigos de vida, é que o intercâmbio entre encarnados e desencarnados se dava nos cenáculos fechados e secretos. Fazia parte da Doutrina Secreta dos Iniciadores. Dentre os mais conhecidos historicamente, podem ser citados: Rama, Krishna, Zoroastro, Orfeu, Pitágoras, Hermes Trimegistos, João Batista e Jesus.
A Bíblia Judeu-Cristã, como é fácil de se perceber, é um verdadeiro “tratado mediúnico”. Do Gênese ao Apocalipse, está repleta de comunicações vindas de DEUS, trazidas por Espíritos Mensageiros.
Tais comunicações em formas de avisos, ensinos e graças, só foram possíveis porque, concomitantemente, DEUS enviou à carne espíritos de escol dotados de excelentes dons espirituais. Os exemplos são facilmente enumeráveis, basta que, em vôo de pássaro, se dê um passar de olhos sobre Ela, para se notar que os Patriarcas, MOISÉS, ISAÍAS, JOEL, EZEQUIEL, MALAQUIAS e demais profetas foram simplesmente grandes médiuns. Assim também João Batista, Jesus, Pedro, Paulo, João Evangelista e demais Apóstolos...
Não tivesse DEUS os dotado de dons mediúnicos, e Eles não teriam podido receber as mensagens dos ANJOS, bem como realizar os inúmeros fenômenos, largamente encontrados na Bíblia...
Como se percebe, se ela fosse excluída da Bíblia Judeu-Cristã, essa passaria tão somente a ser, ao invés de um tratado revelacionista, um tratado histórico-filosófico, nada mais...
IV - A GENERALIZAÇÃO DA REVELAÇÃO
Historicamente, é facilmente constatável que DEUS ordenou a Primeira Generalização das Comunicações Espirituais por MOISÉS. Foi esse grande vulto que abriu as portas dos cenáculos fechados, realizando o Primeiro Pentecoste entre os Hebreus no deserto, conforme se lê em Números, cap. 11: “Quem dera que o Senhor desse do seu Espírito, e toda a carne profetizasse”.
Note: toda a carne, e não só alguns...
Moisés, que era um médium incandescente, recebeu os DEZ MANDAMENTOS no Sinai, por via espiritual. Portanto, o Decálogo lhe foi “revelado”.
V - O FIO INVISÍVEL DA HISTÓRIA
Tivessem as comunicações espirituais seguido seu curso normal, através dos tempos, a humanidade hoje estaria em um grau evolutivo esplendoroso.
A Revelação, sendo a luz do mundo, a todos conscientizaria da imortalidade e responsabilidade do espírito e demais Leis Regentes e, assim, iluminados pela Verdade, os filhos de DEUS lotados neste Planeta, certamente seguiriam o Dourado Caminho do Meio, o Caminho da Verdade, que conduz à Sagrada Finalidade do Espírito – DEUS.
O que se observa a seguir é que ocorre a profecia de Moisés, antes de desencarnar no Monte Nebo. Afirmou Ele: “Israel irá trair seu DEUS e, por essa razão, será espalhado pelos quatro cantos do mundo”.
O culto exterior volta a preponderar entre os Hebreus. O sacerdócio Hebreu, originariamente de culto revelacionista, torna-se de culto exterior. Surgem os vícios formais.
Os profetas enviados por DEUS passam a ser perseguidos pelos religiosos profissionais, e o mundo da época volta às trevas da “encenação”.
Estabelecida novamente a escuridão, vem à carne SAMUEL para “reorganizar” os cenáculos fechados junto ao Mar Morto e Lago Morto (locais, alguns séculos depois, utilizados por Jesus e João Batista para se “educarem” nas Iniciações). Volta-se ao cultivo oculto da “Revelação”. Joel profetiza (cap. 2, 28): “Derramarei do meu espírito sobre toda a carne e vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos, e jovens, visões”.
Conforme as profecias de Isaías e Malaquias, Melquisedec e Elias deveriam voltar à carne. Precedidos dos avisos do Espírito Mensageiro Gabriel, Elias reencarna seis meses antes com o nome de João Batista, e Melquisedec com o de Jesus.
Ambos, com pouco mais de 13 anos, são enviados aos cenáculos do Lago Morto (nas fronteiras com o Egito) e Mar Morto, respectivamente. Depois de se prepararem adequadamente para as tarefas que teriam de realizar, tornam-se “GRANDES MESTRES” e preparam uma coroa de espíritos encarnados para auxiliá-los na tarefa evangelizadora.
João Batista, com 29 anos e meio, como precursor, saiu seis meses antes para “preparar” o caminho para que Jesus pudesse realizar Seu trabalho Evangelizador.
Cercado de uma coroa de espíritos encarnados, discípulos Seus, nas margens do Rio Jordão, jogava
simbolicamente água sobre as cabeças de Seus ouvintes, dizendo que batizava em água; mas que Ele, o Messias que viria, batizaria em
espírito.
Com isso, João Batista, a toda evidência, procurava “visualizar” suas informações àquelas pessoas. Referia-se, é óbvio, ao novo “DERRAME DE ESPÍRITO” no Pentecoste; isto é, nova tentativa de abertura dos cenáculos, agora Nazireus, através de “nova” generalização das comunicações espirituais.
Jesus, em suas andanças pela Judéia, Samaria e Galiléia, realizou inúmeros fenômenos mediúnicos. Dotado de Dons Espirituais Sem Medida, como Médium Perfeito que era, tendo anjos e arcanjos subindo e descendo sobre sua cabeça, fez o cego ver, o mudo falar, o surdo ouvir, o coxo andar, o leproso sarar, o morto ressuscitar; realizou prodígios da multiplicação de pães e peixes e da transformação de jarras de água em vinho, como ocorreu nas bodas de Caná, na Galiléia.
Todos os fenômenos realizados por Jesus e discípulos, principalmente da expulsão de espíritos imundos, foram realizados através de dons mediúnicos e colaboração da coroa de Espíritos Mensageiros de DEUS, que os envolvia.
O fenômeno mais marcante da doutrinação, verdadeiro ponto fulcral para bem se entender essa digressão histórica, está na conhecida passagem em que, estando na companhia de seus discípulos mais chegados, teria dito: “Pedro, tu és pedra; e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. – Mateus, 16,17. “Eu te darei as chaves do reino dos céus e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; e tudo o que desligares na Terra, será desligado nos céus.” – Mateus 16,19. Isso, a toda evidência, contraria o disposto no cap. 13 do Apocalipse, em que ela aparece como a Besta..., ébria do sangue dos santos e mártires de Jesus – cap. 17 (estudar a Inquisição), e que, com os acontecimentos,
será precipitada e jamais será encontrada, uma vez que todas as nações foram seduzidas por seus malefícios – cap. 18.
Sobre essa passagem é que a Igreja Romana fundamenta a sua autoridade e razão de existir. Realmente esse é o nó górdio a ser desatado por todos os filhos de DEUS lotados no Planeta, para entenderem bem o grande equívoco que representa essa
falsa afirmação.
Essa mensagem foi incrustada no Novo Testamento pela Igreja Romana, por ocasião da feitura da Vulgata Latina, entre os anos 380 e 410 d.C. pelo encarregado da tradução da Septuaginta para a versão latina, o poliglota Jerônimo.
Em verdade, o que Jesus disse, após maravilhoso fenômeno de visão, foi o seguinte: “Bem aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi a carne nem o sangue quem te ‘revelou’ isso, mas o Espírito Santo. Em verdade vos digo, sobre esta ‘Pedra’ (a Revelação) edificarei a Doutrina do Pai, e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”. (Evangelho Eterno – pág. 35)
Como se vê, toda a doutrina que Jesus pregou estava fundamentada sobre a “PEDRA”, isto é, a Revelação. Bastará examinar atentamente toda a vida pública de Jesus, para facilmente concluir, e logicamente admitir, que a
Revelação sempre esteve presente em suas pregações. Ela era a “Luz do Mundo”. Sem ela, o Planeta viveria nas “trevas”...
Observa-se, ao examinar os Evangelhos, que uma séria luta se trava entre o Messias e o Sinédrio.
Suas teses eram diametralmente opostas. Eram antagônicas. De um lado, o Messias com a REVELAÇÃO; e do outro, os religiosos profissionais de cerimônias tarifadas e exteriores em verdadeira ENCENAÇÃO.
Essa era a dialética da época: ENCENAÇÃO versus REVELAÇÃO. Trevas contra Luz.
A força bruta, cega, contra a inteligência e a lucidez do espírito. Infelizmente, para a nossa humanidade, venceram as primeiras.
Com o assassínio de Jesus no Monte do Gólgota, a Encenação mais uma vez preponderou e a humanidade perdeu, novamente, excelente oportunidade para reingressar no Caminho do Senhor, no Caminho da Verdade.
Reaparecendo Jesus em Espírito aos seus discípulos e familiares disse: “Recebereis a virtude do Espírito Santo e ser-me-eis testemunhas não só em Jerusalém, mas em toda a Judéia, Samaria e até os confins da Terra”. (Atos, cap. 1) Logo a seguir, como bem registra o mesmo Livro dos Atos no cap. 2, ocorre Novo
Derrame de Espírito.
Dá-se o PENTECOSTE. Em praça pública de Jerusalém. No dia em que judeus de todas as partes do mundo conhecido da época vinham celebrar o dia da Páscoa, deu-se mais uma vez o
Derrame de ESPÍRITO.
Quando centenas de pessoas passaram a receber espíritos e falar línguas diversas, os judeus visitantes, não entendendo o fenômeno, dando de ombros, disseram: “Devem estar embriagados de vinho doce”. Ao que Pedro respondeu: “Na verdade, está se realizando uma profecia, como ficou dito por Joel, 2, 28: “E derramarei do meu espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos e vossos jovens, visões”. Era mais uma tentativa de DEUS, no sentido de deixar a Revelação reposta no mundo.
Com as perseguições do Sinédrio, os apóstolos saíram para o mundo, levando a Doutrina do Caminho do Senhor e realizando os mesmos fenômenos que Jesus realizara anteriormente. Conforme as palavras do Divino Mestre aos seus seguidores: “O que eu posso fazer, vocês também podem e mais ainda”.
O Livro dos Atos dos Apóstolos registra fenômenos mediúnicos realizados junto às diversas comunidades do Oriente Médio, não só de Paulo, mas de Pedro e demais Apóstolos.
A Epístola de Paulo aos Coríntios elenca os vários “carismas” no cap. 12, e nos capítulos 13 e 14 ensina como orar em conjunto, realizando uma reunião mediúnica ou revelacionista.
Com a disseminação da Doutrina do Caminho do Senhor, a Revelação estava no Mundo Conhecido. O cultivo da Revelação era uma realidade, e as comunidades conscientizadas deixaram de lado o culto exterior, a “ENCENAÇÃO”.
VI - AS TREVAS RESSURGEM
No início do século IV de nossa Era, o Império Romano, sob o aspecto bélico, encontrava-se enfraquecido. Conscientizadas, as pessoas não tinham mais motivação para pertencer as suas legiões guerreiras. Dessa forma, urgia forjar algo que proporcionasse condições para ressuscitar o antigo esplendor do Império.
Em 313 d.C., o Imperador Constantino Cloro falseou uma visão, afirmando que vira uma cruz na qual estava escrito: “In hoc signo vinces”, ou seja, “Com este sinal vencerás”. Fundou a Instituição Religiosa Romana, copiando sua organização do antigo Sinédrio Judeu, tendo como chefe o Sumo Pontífice, cargo ocupado na época de Jesus por Anás. Através do seu conhecido Edito, instituiu o culto às imagens e proibiu o cultivo da Revelação, chamando-a de “coisa de Belzebu”.
A partir dessa época, todos os cultivadores da Revelação seriam chamados de “bruxos”. A Encenação volta uma vez mais à cena e a preponderar sobre a Revelação. As trevas vencem novamente a Luz. Estabeleceu-se o seguinte adágio: “Nada acima da Igreja, nada contra ela, nada fora dela; tudo nela e tudo por ela”. Fora da Igreja não há salvação. Os que estivessem fora, ou contra ela, cometeriam crime de “heresia”. Os hereges seriam condenados, após sofrimentos em masmorras, às fogueiras da Inquisição.
VII - A IDADE MÉDIA
Com a queda do Império Romano e o surgimento do Feudalismo, a nova instituição religiosa dominou totalmente o mundo conhecido. Essa era ficou conhecida historicamente como a “idade das trevas”. Não só cultural, mas espiritualmente.
Surge o Obscurantismo. O mundo escureceu. A Revelação estava banida. Aqueles que eram dotados de dons espirituais e pertencessem a seus quadros eram “santificados”; tornavam-se “santos”. Os demais foram “torrados” nas fogueiras da Santa Inquisição.
Instituiu-se o “Index Librorum Inquisitorum”, isto é, o “Índice dos Livros da Inquisição”. Com essa instituição, ocorreu mais uma profecia. Seu surgimento foi “previsto” pelo Apóstolo João Evangelista, conforme se lê no capítulo 13 e seguintes do Apocalipse.
A violência dessa instituição era tanta que lhe foi mostrada pelo Anjo que relatou os acontecimentos porvindouros como uma “Besta”, uma verdadeira “fera”.
VIII - OS TEMPOS MODERNOS - O ILUMINISMO
No século XV, com o advento das Grandes Invenções e Grandes Descobrimentos, iniciou-se um “ressuscitamento” em todos os campos da cultura.
Com o desfazimento dos “feudos”, surgem novamente as “CIDADES”. As chamadas “Cidades-Estado”. Roma torna-se Estado-Pontifício. O Sumo Pontífice era o seu Príncipe.
Concomitantemente, começam a encarnar espíritos pregando o Renascimento em todos os campos da atividade humana. Não mais dogmas obscuros e absurdos. Surge o “Humanismo”.
O que caracteriza precipuamente o “ser humano”e o distingue dos animais inferiores é a “razão”. O mundo deveria ser “iluminado”pela “razão”.
Aparecem filósofos como Descartes, Spinoza; os franceses iluministas Voltaire, Diderot, D’Alambert, Rosseau.
Com a unificação das cidades, surgem os Estados-Nações. Esses passam a ser governados por monarcas que eram “coroados” pelos Sumos Pontífices, dando-lhes a condição de Reis Absolutos, por Direito Divino. É o “L’Etat c’est moi” (“O Estado Sou Eu” – do Rei Luiz XIV, da França).
Com a assimilação da “filosofia iluminista”, pelos revolucionários franceses, dá-se a Queda da Bastilha em 1789. Com ela, cai na França a Monarquia Absoluta.
O Estado-Nação que tinha a Instituição Romana como religião oficial torna-se laico. Na prática, dá-se na França a separação entre o Estado e a Igreja (oficialmente em 1905).
Assim estava aberto o caminho, após quinze séculos de trevas espirituais, para o restabelecimento da Revelação.
Em 1804, DEUS manda à carne, em missão Restauradora, Elias. Cumprindo o profetizado por Jesus: “Ainda tenho muitas coisas para vos ensinar, mas vós não podereis suportá-las agora”. “Mais tarde, quando Elias vier de novo, vos ensinará todas as coisas”. Elias seria Aquele que ensinaria a VERDADE pelos séculos afora.
Após educação esmerada e senhor de grande cultura humanística, trabalha com perto de 1.100 grupos de médiuns.
Ocorre novo “Pentecoste” – novo “Derrame de Espírito”. Reinicia-se a “iluminação espiritual” do Planeta. Trava-se nova disputa entre as antagônicas doutrinas – Encenação versus Revelação.
Com o nome de Denizart Hippolyte Leon Rivail, conhecido como ALLAN KARDEC, – Elias coloca em ordem todas as comunicações espirituais recebidas, deixando ao mundo a sua conhecida “Codificação”.
Significava tão somente o “início” da Restauração da Doutrina do Caminho do Senhor. Apenas “início”. Seria uma espécie de “abecedário”. Após muito trabalho, desencarnou em 1869.
Em Obras Póstumas, ficou dito que deveria retornar à carne: “Voltarás em um novo corpo, na terra do Cruzeiro do Sul, no fim deste século, ou no começo do próximo, e (lá) ‘terminarás’ a Obra”.
O trabalho apenas iniciado na França deveria ser concluído no Brasil.
IX - OS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS
A Proclamação da República no Brasil ocorreu um século após a correspondente na França – 1889. Tornando-se Estado laico, analogamente ao ocorrido na França, adotou a separação da Igreja, com total liberdade religiosa.
DEUS enviou maravilhosos espíritos precursores, a fim de preparar o caminho para ELIAS vir à carne, terminar a “Obra Restauradora”. Manda João Evangelista que, como Barão do Rio Branco, torna de forma pacífica, diplomaticamente e sem guerras, o Brasil com a forma geográfica de um imenso coração.
Após, Lucas, exercendo a medicina, com o nome de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante, ficou conhecido como o Kardec brasileiro. Dessa forma, no início do século XX, em 1910, encarna Elias (com o nome de Osvaldo Polidoro) e aquele que fora o autor da Divina Comédia - Dante Alighieri - e também conhecido co-partícipe da revolução francesa, com o nome de Francisco Cândido Xavier.
Chico Xavier, trabalhando incansavelmente como médium e doutrinador, deixou vasta literatura mediúnica, já traduzida inclusive para vários idiomas. Psicografou, recebendo mensagens de espíritos que transmitem tão somente informações “pessoais”, colhidas nos planos espirituais em que se encontram. São mensagens “limitadas” aos planos espirituais a que pertencem.
Osvaldo Polidoro, vindo com a missão de “terminar” a Obra Restauradora somente iniciada no século passado, deixou igualmente grandes obras escritas, compostas de livros, livretes, artigos em jornais espiritualistas e milhares de folhetos disseminados à várias partes do mundo. “Filtra” tudo diretamente do PRINCÍPIO.
A Absoluta Obra, sem sombra de dúvida, é EVANGELHO ETERNO E ORAÇÕES PRODIGIOSAS, profetizada no capítulo 14, 1 a 6 do Apocalipse. Essa “profecia” já é uma realidade. Seu trabalho encontra-se concluído. Todas as informações que deveria transmitir ao mundo já aconteceram.
Como KARDEC não pôde escrever sobre o Livro dos Atos, as Epístolas e o Apocalipse, nesta vida escreveu exaustivamente sobre tudo.
X - A REVELAÇÃO NOS DIAS DE HOJE
Como é sabido, nas comunicações espirituais funciona a “Lei das Equidades Vibracionais”.
Como há espíritos encarnados de diferentes níveis, há igualmente diversos níveis de cultivo da Revelação. Vigora o princípio “semelhante atrai semelhante”.
No Brasil, particularmente encontramos:
a) Candomblé Africano
b) Umbanda (forma negativa: Quimbanda)
c) Sessões Kardecistas – também conhecidas como “Mesa Branca”.
d) Reuniões Divinistas
a) CANDOMBLÉ AFRICANO
Como há espíritos mais novos, recém ingressados na bípede-verticalidade, como é o caso das comunidades africanas e outras regiões similares no Planeta, o intercâmbio entre os dois planos se dá naquele nível.
b) UMBANDA
Com a colonização portuguesa, deu-se a imigração de colônias africanas para a escravatura. Os seus membros cultivavam o Candomblé. Por imposição da religião oficial dos tempos do Império, foram obrigados a introduzir em seus rituais “santos” da Igreja Romana.
A Umbanda tornou-se, então, um “sincretismo religioso”. Uma miscigenação de ambas as religiões.
c) SESSÕES KARDECISTAS
São realizadas não em terreiros como as anteriores, mas em lugares normalmente fechados e cobertos, e as correntes são realizadas em torno de uma mesa. Procuram realizar sessões “semelhantes” às da época de Kardec.
Com isso, acabam por tornarem-se “limitadas” a espíritos de pouco nível espiritual, particularmente nas chamadas sessões de desobsessão. Cultivam mais as faculdades passivas de incorporação de espíritos.
d) REUNIÕES DIVINISTAS
As correntes são realizadas como as Kardecistas, só que “não há limites” às comunicações espirituais. Cultivam-se mais os dons mediúnicos ativos (vidências, dupla vista, desdobramentos, etc...) e menos os passivos.
Quanto mais elevado o nível espiritual alcançado pelos participantes, tanto mais a ocorrência de relacionamentos de planos espirituais correlatos.
Prega que todos os “ismos” ligados às pessoas e instituições deverão ir acabando no Planeta para se cultivar unicamente o DIVINISMO; isto é, DEUS.
CONCLUSÃO
Como pode-se observar, ao longo da História da Humanidade Planetária tem-se travado uma luta ferrenha entre Revelação e Encenação – Luz e Trevas. Como a Revelação é uma das Leis Divinas Fundamentais, ela obviamente irá preponderar. Entretanto, para que isso possa ocorrer, há necessidade de uma limpeza no Planeta. As religiões sectárias e encenadoras que combatem a Revelação, deverão desaparecer. Serão varridas. A profilaxia dar-se-á através das hecatombes previstas no Apocalipse – o último livro da Bíblia.
Restabelecida a Revelação, a Humanidade Planetária, após o Dilúvio de Fogo, reencontrará o Caminho da Verdade e rumará para a Sagrada Finalidade de sua existência; isto é, a volta ao PRINCÍPIO de onde um dia foi emanada.
Após o Apocalipse, no Novo Céu e Nova Terra, o dom espiritual a ser cultivado em mais larga escala será o da vidência. Entre todos eles, considerado o mais elevado e sublime, juntamente com o dom dos predestinados.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES - I
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que descerá sobre vós e me sereis testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, a até as extremidades da Terra”. Atos 1,8.
“E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em várias línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”. Atos 2,4.
“Estando Pedro ainda proferindo estas palavras, desceu o Espírito Santo sobre eles, como também tinha descido sobre nós no princípio...”. Atos 11,15.
“E, havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falaram em diversas línguas, e profetizaram”. Atos 19,6.
“Senão que o Espírito Santo me assegura por todas as cidades, dizendo que me esperam em Jerusalém prisões e tribulações”. Atos 20,23.
“Por eficácia de sinais e prodígios, em virtude do Espírito Santo, de maneira que desde Jerusalém e terras comarcas ao Ilírico, tendo enchido tudo do Evangelho de Cristo”. Romanos 15,19.
As nove manifestações fundamentais:
.
“E, a cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito. Porque a um é dada pelo Espírito a ciência, a outro a fé, a outro a graça de curar as doenças, a outro a operação de milagres (prodígios), a outro a variedade de línguas e a outro a interpretação das palavras”. Paulo – Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 12.
Assim procediam os primeiros cristãos nas suas reuniões:
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“E assim as línguas são para sinal, não aos fiéis, mas aos infiéis; porém as profecias, não aos infiéis, mas aos fiéis. Se, pois, toda a Igreja (comunidade) se congregar em um corpo, e todos falarem línguas diversas, e entrarem então, incrédulos, ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
Porém, se profetizarem todos, e entrar alí um infiel ou incrédulo, de todos é convencido, de todos é julgado. As coisas ocultas do seu coração se fazem manifestas, e assim, prostrados com a face em terra, adorará a Deus, declarando que DEUS verdadeiramente está entre vós”.
Como haveis de fazer, irmãos?
. Quando vos reunirdes, se cada um de vós tem o dom de compôr salmos, tem o de doutrina, tem o de revelação (vidência), tem o de língua, tem o de as interpretar, faça-se tudo isto para edificação.
Ou, se alguns tem o dom de línguas, não falem senão dois, ou quando muito três, e um depois do outro, e haja algum que interprete o que eles disserem.
E, se não houver intérprete, estejam calados na Igreja (reunião, comunidade) e não falem senão consigo e com DEUS.
Pelo que toca, porém aos profetas, falem também só dois ou três e os demais julguem o que ouvirem.
E, se neste tempo for feita qualquer revelação a algum, dos que se acham sentados, cale-se o que falava primeiro, porque vós podereis profetizar todos, um depois do outro, para assim aprenderem todos. Primeira Epístola aos Coríntios, capítulo 14.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES - II
Como bem salientou Jesus, em Lucas, capítulo 12,10: “A maior das Divinas Graças são os dons espirituais distribuídos por DEUS, porque são Divinas Portas e Janelas que se abrem para a Divino Esplendor do Mundo Espiritual”.
“Depois do Bíblico Dilúvio de Fogo e da Bíblica Expulsão dos cabritos, podeis reconhecer o quanto as Graças Mediúnicas poderão concorrer para a VERDADEIRA EDUCAÇÃO – aquela que leva a saber da Sagrada Finalidade da Existência do Espírito Filho.”
“Nunca deveriam ter virado as costas para os Divinos textos, que ensinam sobre os DIVINOS DONS distribuídos por DEUS, e, em razão desse fato, nunca tivestes a PAZ!” Dos Dons Espirituais, tão bem expostos pelos Divinos e inconfundíveis textos bíblicos, o de “vidência” irá brindar os sobrantes do Dilúvio de Fogo. E quem sobrar e merecer os ciclos evolutivos vindouros irá contar com a “vidência” em graus elevados, o que concorrerá para os dois planos da vida formarem o ambiente divinizado, apontado em Isaías, capítulo 11.
O testemunho da Verdade está nas Graças do Mediunismo! Em função das Graças Mediúnicas, principalmente da “vidência” em elevado potencial, Jesus disse aos Videntes Apóstolos a maravilhosa verdade:
“Daqui em diante, vereis o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. A palavra ANJO é de origem grega. Significa mensageiro.
O Divinismo aponta para a Graça da Vidência bem cuidada, para que possam ver as Legiões Angélicas – os Espíritos de DEUS – tendo em vista que a visão do mundo espiritual, é fonte divina e perene que estimula a maravilhosos comportamentos.
A doutrina de DEUS é viva na Perene Revelação – a qual é científica, experimental, constatável, instrutiva e consoladora. Após o Bíblico Dilúvio de fogo, haverá a GRANDE ECLOSÃO MEDIÚNICA e, desta forma, os intercâmbios entre os dois Planos da Vida produzirão grandes oportunidades de crescimento consciencional, sendo, então, possível ocorrer a Divina Civilização, prometida em Isaías, capítulo 11.
O modo mais direto e frontal de bestializar a humanidade é truncar o cultivo dos Dons Mediúnicos, a Graça Divina, que proporciona a REVELAÇÃO PERENE. Se não fossem os Dons de DEUS, e as Legiões de Anjos, Moisés, Elias, os Profetas e Jesus jamais teriam produzido aqueles sinais e prodígios gloriosos.
No Dilúvio de Fogo, DEUS e suas Legiões Espirituais cuidarão dos merecedores de cuidados... Depois do Dilúvio de Fogo, os que merecerem ficar terão a presença mais contínua dos mensageiros de Deus.
Os Grandes Vultos Bíblicos foram extraordinários “videntes”. Depois das punições, grandes videntes é que prestarão grandes serviços.
NOTA: textos extraídos de folhetos de Osvaldo Polidoro.
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES III
1- Água Viva é símbolo da Revelação.
2- A principal função da Revelação é “ensinar em tudo no curso dos tempos”. (Ilustrar)
3- Chegou a hora dos grandes movimentos renovadores.
4- Luminosos espíritos fazem parte do corpo de “inspiradores” das ciências, artes, campos do pensamento e amor.
5- Importante: há necessidade de mais “Amor” do que “Ciência” (nos dias atuais) através de nobres ações e bons tratos sociais.
6- “Os esforços fraternos são os que iluminam as almas.” -Verdades Imortais - Osvaldo Polidoro
7- “Quem pecar contra o Filho do Homem será perdoado, mas aquele que pecar contra os dons do Espírito Santo será réu da Justiça Divina.” - Mateus cap. 12, 31 e 32
Aí está a fundamentação bíblica para a responsabilidade dos religiosos profissionais que “ecumenicamente” combatem a “Revelação”, chamando-a, indiscriminadamente, de coisa dos demônios ou de belzebu (bruxaria). Neste sentido, da mesma forma como o clero judeu procedeu com Jesus:
“E na véspera da Páscoa, Jesus de Nazaré foi condenado à morte por ter se entregue a magias (bruxarias) e sacrilégios”. - Talmud
Contemporaneamente, com suas atitudes perante a Revelação, todas as religiões, contraditoriamente, não estarão seguindo a esteira do clero judeu, endossando, assim, os assassinos de Jesus?
8- Se todas as religiões seguirem, a forma de se reunir ordenadamente na Epístola de Paulo aos Coríntios (capítulos 12 e 14), por certo, cairão no culto Revelacionista e, com isso, desaparecerão sem perceber...
Isso porque, toda outra forma inventada é arbitrária, sem base bíblica; portanto, falsa.
9- Algumas seitas protestantes baseiam seus cânticos (Gospel) nos Salmos de Davi. Ocorre que Davi não é um personagem bíblico, situado nos livros proféticos. Faz parte, tão somente, da história de Israel (assassinos de profetas e de Jesus). Foi um Rei, não um Profeta. “É necessário saber separar o joio do trigo.” – Jesus.
10- A Mediunidade é a Lei de Relações. Transcende a tudo quanto possam, os homens do presente século, afirmar. Ela é muito mais do que pensam. Os predestinados (artistas, cientistas, filósofos, doutrinadores, etc.) possuem as faculdades mediúnicas “mais evoluídas”. – Verdades Imortais página 112 – aspas nossas
111- Sugestão sobre o tema: ler a poesia: “O Celeste Batismo”, no livro – Orações e Poesias Divinas I – página 65.
12- Outras informações: . Laico: leigo, secular, por oposição a eclesiástico. . Laicismo: rejeição ao clericalismo; isto é, da influência dos cleros na vida pública fora do âmbito das igrejas, templos, mesquitas, sinagogas, etc.
É o Estado secularizado, sem caráter ou influência religiosa – Michaellis – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa
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