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INTRODUÇÃO AO DIVINISMO - CURSO E APOSTILAS



A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA E A SANTA CRUZ

I - ANTECEDENTES:

DEUS, após o desencarne de Jesus em Atos, capítulo 1, avisou: “Recebereis a virtude do Espírito Santo e me sereis testemunhas, não só na Judéia e Samaria, mas até aos confins da Terra”.
Em Atos, capítulo 2, tornou-se realidade essa profecia, quando, no Pentecoste, ocorreu a Generalização da Revelação.
Após a volta de Paulo, de Damasco, reunindo-se com Pedro e demais apóstolos, fizeram em conjunto um “Planejamento de Evangelização”. Ficou decidido que seria instituída uma pequena organização administrativa, através de diáconos para servir de apoio àqueles que sairiam para o trabalho evangelizador, que era realizado com dedicação plena. Decidiu-se, quanto ao patrimônio, pela Comunidade de Bens, fornecendo-se a cada membro e seus familiares, conforme suas necessidades. Quanto ao trabalho Evangelizador, ficou determinado que Pedro e sua equipe ficariam com a região da Palestina, e Paulo iria evangelizar o restante até aos confins da Terra.
Naquela quadra da História, o mundo conhecido era muito pequeno: Norte da África, a Palestina, Oriente Próximo, Macedônia (Grécia até Roma).
Após o Pentecoste, os fenômenos mediúnicos começaram a “pipocar” em todas as regiões, tal a sua generalização. Enquanto Pedro e sua equipe cuidaram da Palestina, Paulo, dotado de excelentes dons mediúnicos, realizou magnífico trabalho no restante do mundo, formando comunidades espirituais, com fundamento na Revelação. Como é sabido, no final de suas vidas, na época de Nero, foram em Roma condenados à morte. Paulo, por ser considerado cidadão romano, foi decapitado; Pedro, classificado como de baixa condição social, morreu crucificado e, a seu pedido, de cabeça para baixo. A crucificação era aplicada por ser considerada pena infamante, somente aos escravos e pessoas de baixo nível social. Ambos pregaram a “Doutrina do Caminho do Senhor”, cujo símbolo que servia de “senha” nos seus relacionamentos era o peixe (pescadores de almas).


II- A EXPANSÃO DA DOUTRINA DO CAMINHO DO SENHOR

Ambos viveram no século I de nossa Era. Já no século II, a semeadura frutificou, consolidando-se e expandindo-se por todas as áreas do mundo conhecido de então. No século III, a humanidade, cultivando a Revelação, encontrava-se em bom nível espiritual.
As religiões pagãs estavam praticamente desaparecidas ante a difusão da Doutrina, calcada na comunicabilidade dos espíritos.


III- A DETURPAÇÃO

No início do século IV d.C., o Império Romano era uma tetrarquia constituída por Constâncio Cloro, Maximínio, Maxêncio e Licínio. Falecendo na Sérvia, Constâncio Cloro, assumiu o poder seu filho Constantino Cloro. Iniciou-se entre eles uma luta pela unificação do poder. Constantino marcha para os Alpes e derrota Maxêncio; e Licínio, por sua vez, marcha para Roma, onde vence Maximínio. Rumando para Roma, Constantino derrota Licínio e torna-se o Imperador. Tentando organizar um exército poderoso, não conseguia soldados, uma vez que ninguém desejava pertencer às sanguinárias legiões romanas. Assim, urgia tomar providências para restabelecer o antigo poderio do Império. Encontrou-se uma fórmula salvadora:
a) Inicialmente forjou uma “visão”, afirmando que durante uma batalha apareceu-lhe uma “cruz flamejante”, com a inscrição “in hoc signo vinces” (“com este sinal vencerás”).
b) A seguir, através do Edito de Milão, proibiu a “Revelação”, chamando-a de coisa de belzebu, sinônimo de feitiçaria e, em seu lugar, instituiu o “culto às imagens”.
c) Substituiu o símbolo do “peixe” pelo da “cruz” e a “Doutrina do Caminho do Senhor” pelo “Cristianismo”.
d) Fundou a Igreja Católica Romana, e com o concurso do bispo-judeu de Cesaréa, formou em analogia ao Sinédrio, uma hierarquia sob a égide de um Sumo Pontífice (como fora Caifaz), na época de Jesus. Estava fundada a Instituição, prevista profeticamente no Apocalipse, capítulo 13. Com a “sufocação” da Revelação e o estabelecimento em seu lugar da encenação de culto exterior, jogou a humanidade nas “trevas” espirituais. Com isso, iniciou-se a decadência dos costumes, as corrupções de toda espécie e as orgias sexuais. Assim, Roma entrou em processo de “frouxidão moral”, chegando suas festas orgíacas às raias da devassidão.
Havia necessidade de “adaptar” a Bíblia escrita em hebraico-aramaico à nova Instituição, cuja língua oficial era o latim. Para esse mistér, foi designado o poliglota Jerônimo. No período de 380 – 410 d.C., ele realizou a tradução, surgindo a conhecida “Vulgata Latina”. “Tradutore, traditore”. Como quem traduz as vezes acaba “traindo”, além de muitas propositais incrustações, encarregou-se de:
a) reduzir de 257 os relatos sobre Jesus para apenas 4, correspondentes aos Evangelhos hoje conhecidos.
b) as Epístolas Paulinas, que eram originalmente 19, ficaram reduzidas para apenas 14.
c) no que tange ao Apocalipse, inverteu e “embaralhou” alguns capítulos, tornando-o de difícil compreensão aos não iniciados.
Hoje, ele é considerado pelos teólogos como o Livro “mais misterioso da Bíblia”.


IV- 476 d.C. – A QUEDA DE ROMA

Com a dissolução dos costumes, deu-se o enfraquecimento das Legiões Romanas. Assim, facilitou a invasão de povos que habitavam as cercanias de Roma, denominados bárbaros, entendendo-se como tais, todos aqueles que não fossem romanos. Dentre eles estavam os godos, os visigodos, os ostrogodos e hunos. Por essa razão, os patrícios que pertenciam à nobreza romana foram habitar lugares altos de difícil acesso, construindo os seus castelos, mistos de domicílios e fortalezas defensivas. Por sua vez, os plebeus, não possuindo terras, deles se aproximavam, pedindo-lhes proteção. Como a moeda não tinha o curso generalizado que hoje tem, trabalhavam as terras e pagavam os Senhores dos Castelos com parte da colheita. Estava resolvido o problema de produção.
Esse sistema Feudal generalizou-se por toda a Idade Média. A Igreja, analogamente, agiu de forma semelhante, construindo seus Mosteiros. Dessa forma, estavam criadas as nobrezas Feudal e Eclesiástica. Com a instituição da “confissão auricular”, era possível ficar sabendo de tudo o que se passava nos feudos. Vigorava o lema: “Nada fora da Igreja, nada acima dela, tudo nela e tudo por ela. Fora da Igreja, não há salvação”. Quem não pertencesse a ela seria considerado “herege”. O crime de “heresia” era considerado tão grave, que merecia condenações às prisões e à morte nas fogueiras da Santa Inquisição.


V- A CRUZ DE CONSTANTINO

Com o objetivo de libertar o “santo sepulcro” das mãos dos muçulmanos portando a “cruz de Constantino” nos escudos e no peito, organizaram-se várias cruzadas. Nas batalhas travadas, ocorreram muitas mortes e ferimentos. Exércitos comandados inclusive por papas, como foi o caso de Julio II, disseminaram violências e sofrimentos. O “Constantinismo” indevidamente transformara-se em “Cristianismo”. Muitos historiadores, por falta de conhecimentos iniciáticos, concluíram que a Idade Média caracterizou-se pelo “Teocentrismo”. Na verdade, o que ocorrera, isto sim, foi o “Catolicocentrismo”. A Igreja Romana tornou-se o “centro” de tudo, já que fora dela não havia salvação... Enquanto isso, o Tribunal do “Santo Ofício” condenava milhares de “hereges” aos ferros das prisões e à morte nas fogueiras.


VI- OS TEMPOS MODERNOS

Em razão das Cruzadas, muitos senhores feudais tornaram-se inválidos; outros acabaram morrendo, e terminaram “endividados” pelos altos custos das guerras que financiavam. A cavalaria, os escudos e armamentos eram muito caros. Em conseqüência, surge aos poucos o fenômeno da “desruralização” ou “desfeudalização”. Os feudos começam a se desmantelar com as fugas das famílias dos campos, formando-se as pequenas aldeias e depois cidades.
Volta-se aos Estados-Cidades, governados por príncipes. A seguir, caminhou-se da multiplicidade para a unidade. Agrupam-se as cidades e surgem os Estados-Nações: Portugal, Espanha, França, etc.
O poder passa para o Monarca, com sua corte composta pelas nobrezas civil e eclesiástica. Os Monarcas, coroados pelo Sumo Pontífice, passam a ser considerados “absolutos” pelo Direito Divino. “L’etat c’est moi” (“O Estado sou Eu”), como bradou Luiz XIV, o conhecido Rei Sol da França. A “Santa Inquisição” continuava em pleno vigor. Sua “ferocidade” pode ser exemplificada pelo que ocorreu na Espanha.
No final do século XV, os Reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela conseguiram do Papa Sisto IV a nomeação para Inquisidor Geral da Fé daquele país, o Frei Dominicano Tomaz de Torquemada. Em apenas 14 anos, através dos chamados autos de fé, condenou-se mais de 10.000 pessoas à morte nas fogueiras e 100.000 às infectas prisões, tudo realizado com requintes de extrema crueldade. O seu nome passou para a História como “símbolo” dessa monstruosa Instituição.
Todos esses fatos foram realizados “em defesa” da “Santa Madre Igreja”, a qual tinha como fundador Jesus e o primeiro Papa, Pedro...


VII- OS TEMPOS CONTEMPORÂNEOS

No século XIX, os Estados-Nações já estavam generalizados no Planeta. Faltava apenas a “unificação” das cidades italianas. Destarte, urgia instituir o Estado-Nação Italiano.
Nacionalistas revolucionários, aliados à maçonaria e carbonários, tendo à frente Giuseppe Garibaldi e outros líderes, conseguiram, após muitas batalhas, a unificação em 1861, sendo proclamado Vitor Manuel, Rei da Itália unificada.
No entanto, restava derrotar Roma, em poder da Igreja, e os demais Estados Pontifícios próximos a ela, na Itália Central, que ainda resistiam. Os revolucionários não poderiam admitir outra capital do Estado que não fosse Roma. Florença foi então eleita, “provisoriamente”, capital no período de 1864 a 1871. O Exército Papal de Pio IX foi o último a ser derrotado, tendo esse Sumo Pontífice se trancado no Vaticano, declarando-se “Infalível”.


VIII- O FASCISMO E A IGREJA

Após o famoso discurso no Scala de Milão, Mussolini, para obter o apoio de Pio XI, formaliza com ele, em 1929, o “Tratado de Latrão”. Por esse tratado, em troca de seu beneplácito, a Itália comprometeu-se a:
a) indenizar o Estado do Vaticano pela perda das terras pontifícias;
b) tornar a I.C.A.R. religião oficial do Estado Italiano;
c) permanecer o Estado do Vaticano independente dentro de Roma.


IX- COMO SE ENCONTRA HOJE O ESTADO DO VATICANO

Tem território próprio e é soberano, como qualquer outro Estado. É uma Cidade-Estado encravada dentro da Capital da Itália, onde o Papa exerce o domínio temporal. É considerado o “menor” Estado independente do mundo. Seus palácios ocupam uma área de 44.000 m2.
Há no Planeta hoje, Cidades-Estados como ele, apenas: a República de Andorra, de San Marino, Liechtenstein e o Principado de Mônaco, reminiscências das antigas Cidades-Estados. O Vaticano possui praticamente tudo que um país deve ter em sua infra-estrutura organizacional. Conta com cerca de 3.000 funcionários. Côrte Papal regida por um cerimonial que lembra muito a côrte romano-bizantina.
Há Quatro Guardas encarregadas da proteção do Papa, a saber:
a) Guarda Nobre, constituída por oficiais de famílias nobres;
b) Guarda Suíça, criada por Julio II e composta exclusivamente por cidadãos suíços;
c) Guarda de Honra, formada por cidadãos romanos;
d) Gendarmeria Pontifícia, responsável pela manutenção da ordem dentro do Estado.
Em sua área está localizada a maior Basílica do Mundo, a de São Pedro: capelas menores, pinacotecas, bibliotecas, jardins, correio, uma estação de Estrada de Ferro, duas poderosas estações de rádio que cobrem praticamente todo o Planeta, uma de televisão, observatório astronômico, cinemas, jornal e editora capaz de imprimir em quase todas as línguas. Possui, inclusive, um “banco”, encarregado do movimento econômico-financeiro do Estado.
O governo é exercido por um Cardeal-Secretário de Estado, que coordena os Ministérios denominados Congregações, sendo a mais famosa a Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Tribunal da Inquisição), que foi dirigida pelo Cardeal alemão Ratzinger hoje papa BentoXVI. É essa congregação que aplicou ao Frei brasileiro Leonardo Boff a pena de um ano de “Silêncio Obsequioso”, por ter escrito e editado a obra “Igreja, Carisma e Poder”. Possui Embaixadores nos demais países, os quais são denominados Núncios Apostólicos, considerados pela ONU decanos dentre todos os Embaixadores nos respectivos países.
Tem como fontes de renda:
a) aplicação financeira da indenização paga pelo governo italiano;
b) venda de selos que emite;
c) turismo;
d) óbulo de São Pedro.
Este último constitui a “contribuição” de 20% que todas as paróquias do mundo enviam, extraídos de suas arrecadações, através de malas diplomáticas por intermédio dos núncios apostólicos, diretamente ao Banco do Vaticano. Aplica financeiramente suas rendas nas principais Bolsas de Valores do mundo, como Nova York, Londres, Tóquio, Paris, etc... Sua organização em termos “empresariais” é tão perfeita e avançada, que só perde para a General Motors Corp., dos Estados Unidos. É acionista de vários bancos e de grandes empresas multinacionais. Aliás, seus tentáculos se estendem por todos os continentes, podendo ser considerada uma verdadeira Empresa Multinacional Religiosa.


X- A IGREJA NO BRASIL

Como é sabido, com a descoberta de nosso país, recebemos o símbolo da “Cruz de Constantino”. Durante a colonização, através das “missões”, ela espalhou-se por todo o nosso território. No império era considerada “Religião Oficial” do Estado, pertencendo a sua organização, sendo inclusive seus membros considerados funcionários públicos e pagos pelo Tesouro Nacional. Com a proclamação da República, deu-se a separação entre o Estado e a Igreja. Sua participação, no entanto, tornou-se oficiosa, face ao seu “entranhamento” em quase todas as repartições e instituições públicas e privadas. Apenas à guisa de ilustração, note que nas Forças Armadas até hoje existem capelães militares, pagos pelos cofres públicos. Por ocasião da chamada “Páscoa dos Militares”, muitos dos seus membros ajoelham-se diante dos altares de Roma. Assim também nos demais Poderes, como é o caso do Judiciário, em que sistematicamente se realiza a Páscoa da Família Forense, quase tudo às expensas do erário público.
Há no país todo um sistema educacional que vai desde o pré-primário, até as chamadas “Pontifícias Universidades Católicas”, estas subordinadas ao Sumo Pontífice. No que tange ao lado doutrinário, ela está dividida nas seguintes posições:
a) Ala conservadora: procura manter como Roma, os mesmos rituais e costumes antigos, rezando a missa em latim.
b) Ultra conservadora (extrema direita): constituída pela T.F.P. (Tradição, Família e Propriedade). É favorável, inclusive, à volta da Santa Inquisição em sua forma ortodoxa;
c) Ala da esquerda: ligada ao CELAM (Concílio Episcopal Latino-Americano), que adotou a tese da “Opção preferencial pelo Pobres” (já que a Igreja Tradicional sempre se colocou ao lado dos poderosos). Realiza suas cerimônias litúrgicas, em português e de frente para o público, abolindo algumas estátuas. Quanto à doutrina social, vem na linha das encíclicas: Rerum Novarum de Leão XIII (1891), Quadragésimo Ano (1931) e Mater et Magistra, adotando a generalização das Comunidades Eclesiais de Base, para inclusive “influir” na área política do país. Por causa da Encíclica “Populorum Progressio” seus membros são conhecidos como do “Clero Progressista”.
d) Movimento de Renovação Carismática: é o mais recente dentro dela. É calcado nos carismas e na forma de reunir-se, previstos na Epístola de Paulo aos Coríntios em seus capítulos 12 a 14. Fazem correntes, unindo-se as mãos; e muitos de seus participantes sentem certos fenômenos semelhantes aos espiríticos. Como se reúnem de pé, bastará sentarem-se em volta de uma mesa para se igualarem às sessões espíritas... falta pouco... Essa tendência para o Espiritismo poderá acarretar sua aproximação com ele e, o afastamento de Roma. É o agiornamento...
e) Forma Mista: mescla de cerimonial, coreografias (“Aeróbica do Senhor”) e cantos populares adotados em São Paulo, pelo Padre Marcelo Rossi; no Rio de Janeiro, pelo Padre Zeca e no Nordeste pelo Padre Zezinho.
Sendo considerado o maior país católico do mundo, obviamente através do óbulo de São Pedro, é o que proporcionalmente, mais contribui para a Santa Sé.
Como o Brasil está dividido em províncias eclesiásticas, até recentemente a de São Paulo era considerada, em termos de contribuição, como a mais rica do Vaticano. Em conseqüência, é a que tem sofrido a maior sangria econômica, pois o dinheiro sai, mas não volta...
Por fim, é de se salientar que, pelo fato do Brasil ser o local onde o Espiritismo mais cresceu no mundo, preocupada com isso, foi criado por ela, em São Paulo, o Instituto Latino-Americano de Parapsicologia. Seus líderes são os conhecidos Padre Quevedo, Frei Albino Aresi (recentemente desencarnado) e Frei Boaventura, entre outros. Finalidade: “combater” as comunicações espirituais através dessa nova ciência. Usam muito a hipnotização de pessoas, susceptíveis pela passividade de que são portadoras, para confundirem os católicos. Produzem fenômenos meramente parapsicológicos, afirmando que são iguais aos espirituais.


XI- CONCLUSÕES E CURIOSIDADES

A cruz, como instrumento de martírio, a toda evidência e em boa lógica, jamais poderia ter sido “santificada” como foi. Imagine-se que, se Jesus houvesse sido executado através de uma espingarda, canhão ou metralhadora, seriam esses instrumentos colocados no topo das igrejas ou usados em correntinhas no pescoço? E que dizer de suas utilizações nas procissões?
O nosso país, ao ser descoberto, passou a ser chamado de Vera Cruz, e depois de Santa Cruz. Imagine-se o ridículo de ser cognominado de Vero Estilingue, Canhão ou Vera Metralhadora... Há cidades no Brasil com os nomes de Santa Cruz das Palmeiras, Santa Cruz do Rio Pardo. Nestes casos, seriam denominados de Santo Estilingue, Canhão, Santa Espingarda ou Metralhadora?
E o sinal da cruz? Seria viável, ao passar pelo altar-mór de alguma igreja e em genuflexão, fazer o sinal da espingarda, canhão ou metralhadora? E, se ao passar pelo canhão ou metralhadora, existente no cimo das igrejas, pela impossibilidade de sê-los gestuais, os sinais fossem sonoros?
Por aí se vê que muitas pessoas bachareladas, mestradas e doutoradas, ao tomarem posições “acríticas” e por não investigarem melhor essa Instituição, na maioria mais por “comodismo”, negligência ou até imprudência, acabam por aceitar situações verdadeiramente absurdas, ridículas e até mesmo constrangedoras.
Acrescente-se que, como é sabido, “todos os exteriorismos” são considerados pela Justiça Divina como “idolatria”. Será interessante salientar também que quem endossa erros ajuda a perpetuá-los. Não fosse a omissão e excessiva tolerância de milhares de encarnados, e essa Instituição já teria desaparecido “naturalmente” do Planeta há muito tempo, pelo fato de cair no vazio.
É de se concluir também que quem, de qualquer modo, concorrer para o crime de lesa-verdade, pode ser considerado, pela Justiça Divina, criminoso perante ELA, por co-autoria. Finalmente, é bom lembrar que nem sempre simples boas intenções significarão felizes soluções.
Para bem se posicionar e tomar decisões certas, é necessário “conscientizar-se”, vez que a VERDADE, como diz o Mestre Osvaldo Polidoro, é cortante como o fio da navalha; e o verdadeiro é o que por ele transita, sem se cortar.


COMPLEMENTO

AS PREVISÕES APOCALÍPTICAS A RESPEITO DESSA INSTITUIÇÃO
(Extraídas do último livro da Bíblia – o Apocalipse)

“Aqueles que adorarem a fera e sua imagem e aceitarem o seu sinal na fronte não terão descanso algum, dia e noite.” – Cap. 14,8
I- Daniel – cap. 7 – “profetizou essa instituição como uma fera (pantera).” – séc. VI a.C.

CAVALO PRETO

Cap. 13:
1- “A fera era semelhante a uma pantera.”
2- “Fez guerra aos santos e venceu-os.”
3- “(O seu chefe supremo) tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como um dragão.”
4- “Exercia todos os poderes da primeira fera, sob a vigilância desta, e fez com que toda a Terra e os seus habitantes adorassem a primeira fera.”
5- “E ordenou fosse morto todo aquele que não se prostrasse diante dela.”
6- Eis aqui a Sabedoria: “Quem tiver inteligência, calcule o número da fera; porque é o número de um homem; e esse número é 666.”
Obs.: DVX CLERI
VICARIVS FILII DEI
VICARIVS GENERALIS DEI IN TERRIS
Cap. 14,8:
7- “E vi que: caiu, caiu a Grande Babilônia, por ter abusado de sua imundície.”
Cap. 16:
8- “Vi sair da boca do dragão, da fera e do falso profeta, três espíritos imundos, semelhantes a rãs.”
Cap. 17:
9- “Vi a Grande Meretriz, com a qual se contaminaram os reis da Terra.”
10- “Ela inebriou os habitantes da Terra.”
11- “(Seu nome é de) uma mulher. Apresenta-se vestida de púrpura e escarlate, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas.”
12- “... uma mulher, assentada em cima de uma fera escarlate.”
13- “Tinha nas mãos uma Taça de Ouro e na fronte (escrito): ‘Babilônia, a mãe da Prostituição e das Abominações da Terra’.”
14- “(Essa) mulher estava ébria do sangue dos mártires de Jesus.”
15- “E esta visão encheu-me de espanto.”
16- “Eis o simbolismo da mulher e da fera: aqui se requer uma inteligência penetrante – as sete cabeças são sete montes sobre os quais se assenta a mulher.”
“Dos sete chefes, cinco já caíram; um subsiste e o outro ainda não veio e, quando vier, deverá permanecer por pouco tempo.”
17- A mulher que viste é a grande cidade.
Cap. 18:
18- “Na mesma proporção em que fez ostentação de luxo, dá-lhe em tormentos e prantos, pois ela disse no seu coração: ‘...estou no trono como rainha e não como viúva e nunca conheci o luto’.”
“Por isso, num só dia, virão sobre ela as pragas, morte, pranto e fome.”
“Ela será consumida pelo fogo, porque forte é o senhor que a condenou.”
19- “Também os negociantes da Terra choram e lamentam a seu respeito, porque já não há quem lhes compre os carregamentos de ouro, prata, pedras preciosas, pérolas, linho, púrpura, seda e escarlate, aromas, mirra e incenso.”
20- “Então um anjo poderoso tomou uma (grande) pedra e lançou-a no mar dizendo: ‘Com tal ímpeto será precipitada a grande cidade e jamais será encontrada’.”
21- “(E vi que) caiu, caiu (a meretriz) ... os mercadores da Terra se enriqueceram com o excesso de seu luxo.”
22- “Hão de chorar e lamentar-se por sua causa, os governantes da Terra que com ela se contaminaram.”
23- “Ai, ai da Grande Babilônia, cidade poderosa. Bastou (apenas) um momento para sua execução.”
24- “(E vi que) toda a sua magnificência e todo brilho se apagou e jamais serão encontrados.
25- “Ai, ai da Grande Cidade que se revestia de linho, púrpura e escarlate, toda ornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Num só momento toda essa riqueza foi devastada.”
26- “Bastou um (só) momento para ser arrasada.”
27- “Será procurada e jamais será encontrada.”
28- “Todas as nações foram seduzidas por seus malefícios.”
29- “Foi em ti que se encontrou o sangue dos profetas e dos santos, como também de todos aqueles que foram imolados na Terra.”
Cap. 19:
30- “Eu vi as feras e os reis da Terra com os seus exércitos (prontos) para fazerem guerra ao cavaleiro e ao seu exército. Mas a fera foi presa e com ela o falso profeta que realizara prodígios, com os quais seduzira aqueles que tinham recebido o sinal da fera e se tinham prostrado diante de sua imagem.”
“Ambos foram lançados vivos no lago de fogo sulforoso. Os restantes foram mortos pelo cavaleiro, com a espada que lhe saía da boca.”
“No céu (coro) ‘Aleluia!!!’”
31- “Ele executou a Grande Prostituta que corrompia a Terra com sua prostituição e pediu-lhe contas do sangue dos seus servos.”


INTERPRETAÇÃO

I- Toda interpretação bíblica deve ser lógico-sistemática. Assim, o “exegeta” deve examiná-la como um “todo” sistematizado.
Claro está que não poderão ocorrer paradoxos; isto é, capítulos controversos, que se contrapõem. É necessário que haja uma visão harmônica sobre os textos nela inseridos. Assim, como harmonizar estes dois antagônicos textos?
1) “Pedro, tu és pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
“Dar-lhe-ei as chaves do céu, e o que desligares nela será desligado no Céu.” (Matheus, 16, 17 e 19 – ver “Revelação” – 1ª parte)
2) O que contém os capítulos 13, 14, 16, 17, 18 e 19 do Apocalipse, em que está bem caracterizada ser ela o Cavalo Preto – a Besta – A Grande Meretriz e Prostituta de Babilônia que inebriou os habitantes da Terra, ébria do sangue dos mártires de Jesus, etc.

II- Em consonância, ler as poesias:
“A Besta e a Restauração” – pág. 68
“Vais Corresponder?” – (pág. 103 livro “Orações e Poesias Divinas” – volume I - Osvaldo Polidoro)

III- As obras:
The Inquisition” – (Michael Baigent e Richard Leigh)
“A Inquisição na Espanha” – (Henry Kamen, abrangendo trezentos anos da História da Espanha)

IV- A Inquisição que existia “oficiosamente” desde os primórdios da Igreja Romana (século IV d.C.), foi “oficializada” no século XIII d.C. pelo Papa Gregório IX.


COMPLEMENTO

Síntese de artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo de 18.07.2000, sob a epígrafe: “CEBs exorcizam seus demônios”.
O documento final do 10° Encontro Interclesial que reuniu as CEBs de todo o país em Ilhéus (Bahia) estabelece:
1- A “principal” tarefa dos próximos anos será combater o atual modelo econômico do país;
2- O Neoliberalismo tira dos pobres e excluídos o direito de sonhar: é o grande demônio de hoje;
3- Há necessidade de construção de um Projeto Alternativo de Sociedade;
4- Compromisso de lutar contra o sistema de idolatria do mercado;
5- Recomenda eleger políticos comprometidos com administrações populares, com orçamento participativo;
6- Outro demônio que deve ser exconjurado por sua nova liturgia e fazer concessões à mídia - Padre Marcelo Rossi. O Neoliberalismo encontrou nele seu sacerdote;
7- Conclusão do articulista: existe, com relação a esse sacerdote, uma dose de inveja e ranço político. Ele incomoda a concorrência pentecostal; o espaço político, não. Há uma crescente politização das CEBs.
- Há uma grande radicalização desse movimento, e total desconexão com os ensinamentos do papa e da Igreja;
- Ausência de quaisquer referências religiosas;
- A máscara caiu. As CEBs são, de fato, uma agremiação política, e nada mais... Contestam radicalmente a Igreja Romana, inspiradas só no Evangelho. A incompatibilidade entre as CEBs e os ensinamentos de Roma é flagrante. Pode-se deduzir que seus líderes permanecem só formalmente na Igreja, por razões puramente estratégicas.
- Ainda que interiormente de fato, já se considerem desvinculados dela e já não dêem nenhuma importância às orientações do Papa, mesmo assim, pretendem aproveitar-se do espaço de credibilidade da I.C.A. Romana. (aspas e grifos nossos)

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