PREÂMBULO
I - NOTA EXPLICATIVA
O que se irá ler neste despretensioso trabalho é fruto de estudos e reflexões ao longo de quase quatro décadas. É oferecido como simples sugestão ao exame e reflexão dos leitores.
Não representa de modo algum a Doutrina Divinista, mesmo porque, sem falsa modéstia, temos consciência de que nos falta autoridade espiritual para tanto.
Em suma, é uma mera tentativa de sintetizar em uma monografia, os temas neles inseridos, uma vez que desconhecemos a existência de qualquer trabalho sistematizado nesse sentido, sobre eles.
O autor
II – A INTERPRETAÇÃO
A nosso modo de entender, para ser um bom “exegeta”, é necessário estar munido, além de sólida cultura geral, de bons conhecimentos iniciáticos.
Como já vimos anteriormente, não é a Bíblia Judeu-Cristã uma obra intacta, incólume; mas, ao revés, sofreu uma série enorme de manipulações religiosistas, através dos tempos. Em conseqüência, é preciso ser um bom garimpeiro para saber extrair Dela, os versículos originariamente divinos, e deixar de lado (rejeitando) os que sofreram a infeliz contaminação humana.
A Bíblia Judeu-Cristã deve ser considerada como um “sistema”; isto é, como um “todo” que se sustém. Assim, toda interpretação deve ser lógico-sistemática, aliada a uma tridimensionalidade.
Quer isso dizer que é necessário ter muito cuidado com a chamada interpretação meramente gramatical ou “ipsis-litteris”. Todo bom intérprete, a nosso ver, deve ter o cuidado de realizar o seu trabalho mental de forma tri-dimensionada.
Examinar o texto, os fatos a eles relativos e a valorá-los devidamente; em outras palavras, verificar todas as circunstâncias (históricas, sociológicas, científicas, etc.) que os envolvem. A não ser assim, correrá o risco de cair na muito comum superficialidade que grassa nos meios religiosos do Planeta e cometer graves erros de interpretação, como se assiste, o fazem presentemente muitos religiosos profissionais.
Ao exegeta é muito perigoso faltar a noção de conjunto. Muitos, para fundamentarem seus sectarismos, extraem certos trechos da Bíblia, isolando-os do contexto geral, viciando-se neles pelo fanatismo que, em alguns casos, chega às raias da morbidez.
Por fim, vale lembrar ainda que a análise meramente perfunctória da Bíblia tem lamentavelmente, acarretado tantas contradições e, em conseqüência, sua exposição ao ridículo, pelas pessoas mais perspicazes e cultas da sociedade, principalmente a científica.
III – GENERALIDADES:
AS DUPLAS: LEGISLAÇÕES, SANÇÕES E JUSTIÇAS LEGISLAÇÕES
Todo encarnado, ainda que não saiba ou não tenha se dado conta, está sujeito a duas legislações.
Uma delas é a Humana, correspondente ao local geográfico em que reside e vive. A outra é a Divina – Os 10 Mandamentos. Análoga e logicamente, há uma dupla sanção delas decorrente.
Conseqüentemente, da mesma forma, há uma duplicidade de Justiça.
1) A Legislação Humana
Como é cediço, a demografia planetária completou, recentemente, 7 bilhões de encarnados. Eles vivem nos 5 continentes que compõem a Terra. Por outro lado, esses se subdividem em aproximadamente 210 Estados-Nações e 5 Estados-Cidades. Preliminarmente, resulta claro, que daí decorre uma multiplicidade de vontades. Estas necessitam ser ordenadas, a fim de possibilitar uma pacífica convivência; caso contrário, surgiria o caos.
Para que a convivência social seja viável, é necessário que haja normas de conduta, instituídas pelo poder público, a fim de que todos tenham suas condutas dentro de parâmetros normativos, coercitivamente impostos por ele.
Por outra face, essas normas, para serem naturalmente obedecidas, precisam vir acompanhadas de uma sanção. Esta é que provoca uma Coação Psicológica em todos os cidadãos que convivem em um determinado território, no sentido de obedecê-las. Sem ela, as normas tornar-se-iam inócuas. Correriam o risco de não serem obedecidas.
Assim, o conjunto dessas normas providas de sanção, têm o nome de Ordenamento Jurídico, o qual poderá ser escrito ou simplesmente baseado nos costumes, também chamado de “consuetudinário.”
Daí resulta claramente que temos tantos ordenamentos jurídicos no Planeta, quantos são os Estados-Nações e cidades. Para ordenar o relacionamento entre estes últimos, existem normas internacionais através de tratados, etc.
2) A Legislação Divina
Há uma lei de Harmonia, válida para ambos os Universos: Cósmico e Anímico. É uma Lei Moral de Equilíbrio Universal, emanada do PRINCÍPIO SAGRADO. Quem a desequilibrar terá, como sanção, ter que reequilibrar-se.
No nosso Planeta, essa Lei foi, desde tempos imemoriais, sendo corporificada graficamente. Ex.: a Senda das Oito Trilhas entre os habitantes do Oriente. Como na época de Moisés (século XIII a.C.), a região entre o Egito e a Palestina era considerada intermediária entre o Ocidente e o Oriente conhecidos, foi lá onde ocorreu o seu recebimento – via mediúnica – através de Moisés, nas furnas do Sinai.
SANÇÕES
1 – Sanção Humana
Como já dito anteriormente, norma sem sanção é inoperante. Ninguém estará obrigado a obedecê-la. Assim, para que se torne factível, deve ser sempre acompanhada de uma pena, para coagir psicologicamente quem, porventura, quiser violá-la. A coação cria nas pessoas freios inibitórios que, acionados, evitam muitos atos ilícitos. Desta maneira, elas deverão ser tão variadas quanto são as naturezas das normas a que se refiram. Em conseqüência, à guisa de exemplificações, há sanções constituídas em penas privativas de liberdade (prisão, detenção), restritivas de direito, administrativas, etc.
2 – Sanção Divina
É taliônica. Tal qual a regra violada, assim será o castigo. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Pagarás ceitil por ceitil.” – Jesus.
Aqui se aplica a máxima: “Se quiserdes saber das dívidas pretéritas, veja o resgate presente”. Entretanto, para certos ressarcimentos, a Justiça Divina permite que ocorra a Comutação. Esta possibilita a oportunidade de purgar os erros porventura cometidos, através de obras, no sentido de seu desfazimento. Ex.: quem foi antigo inquisidor poderá ser beneficiado reencarnando com inclinações para ser bombeiro, médico(a) ou enfermeiro(a) de queimados, ao invés de sofrer a doença do fogo selvagem, etc...
Aplicação das duas sanções
No Direito Humano, dos povos mais civilizados, vigora a regra romana de “non bis in idem.” Não se deve pagar duplamente por um só fato ilícito. Nesse caso, tudo leva a crer que, tendo pago tudo na carne, esgotando-se a responsabilidade aqui, provavelmente ocorrerá, em conseqüência, o seu exaurimento perante a Justiça Divina. É a lógica que nos leva, salvo melhor juízo, a essa conclusão. Ainda dentro do mesmo raciocínio, ocorrendo culpa residual, tudo leva a crer que o ressarcimento “complementar” deverá dar-se no Plano Astral. Ex.: O livro O Nosso Lar – psicografado por Francisco C. Xavier, ou em outra encarnação expiatória.
Regra de Ouro: Fazer todo o bem que puder. Nunca o mal. É melhor ser vítima, do que algoz.
JUSTIÇAS
1 – Justiça Divina
“Deus vê em segredo e em segredo dá a paga.” – Jesus
Ela é vertical. É perfeita. Pode ser comparada a uma Rocha. “Quem se bater contra Ela arrebentar-se-á; e sobre quem Ela cair, será esmigalhado”. – (Jesus) Tudo é, por Ela, contado e medido. Nada lhe escapa. Bastará dar-se, em vôo de pássaro, uma olhada nos sofrimentos de milhares de encarnados e desencarnados, para simplesmente “constatar” tal assertiva.
De nada adiantará a centelha desejar enganá-La ou Dela se eximir, vez que funciona a Lei Cármica das auto-registrações. Tudo é registrado imperceptivelmente no seu perispírito, ou carro da alma. Este, acoplado à centelha, a acompanha ao longo de sua grande peregrinação rumo à libertação ou Cristificação, através das múltiplas e sucessivas reencarnações. Assim, cada qual será aquilo que se fizer. É juiz em causa própria.
Donde se conclui que a Justiça Divina é perfeita. Não há como Dela escapar. É automática...
Daí a necessidade premente de “conscientização” do espírito, sobre esse fundamental aspecto. O que se tem notado é que a maioria dos religiosos profissionais, maliciosamente, tirando proveito da ingenuidade de seus seguidores, ensinam propositalmente errado, falando em Misericórdia Divina... A toda evidência, tudo leva a crer que, usando indevidamente o nome de Jesus, e colocando em seus lábios palavras que Ele jamais disse, ora escondendo textos, ora dando-lhes falsas interpretações, acarretará graves responsabilidades a esses líderes religiosos. A maioria desencarna mal, como tem sido reiteradas vezes “constatado” através de vidência, em reuniões mediúnicas.
2 – Justiça Humana
“Por onde o homem passa, deixa vestígio da cauda.” (Osvaldo Polidoro)
“Maldito o homem que confia no homem.” – Velho Testamento)
Ela é horizontal. Dadas as sobejamente conhecidas limitações humanas, é muito falha. Os encarnados têm podido ludibriá-la, enganá-la e fugir de suas responsabilidades com mil e um artifícios. Apesar de todos os esforços humanamente realizados por essa Justiça, lamentavelmente ela tem podido, muito pouco, alcançar e cercear a maioria dos poderosos do mundo carnal. O “Cavalo Amarelo” tem demonstrado ser uma “força” muito grande. As artimanhas podem ser muitas. Entretanto, felizmente, existe a Justiça Divina que, por nada lhe escapar, faz seu papel de forma total. Se a maioria encarnada soubesse, tivesse consciência, dessas pequenas verdades, por certo evitaria cometer tantos crimes contra seus irmãos, parceiros de peregrinação na crosta terrestre, e o mundo provavelmente seria melhor.
A inconsciência, impedindo a coação psicológica das sanções divinas, tem sido a causa de todas as mazelas humanas. Pelo ensino errôneo, grande parte do contingente humano se baseia na esperança de que, em qualquer momento de sua vida, poderá livrar-se de suas responsabilidades, através de alguma confissão religiosa, ou até mesmo de uma extrema-unção, se tiver a sorte de, no momento da despedida da carne, houver algum prelado por perto... É aleatória e lotérica, mas sempre é uma esperança...
Outros, não admitindo, ou tendo sérias dúvidas da vida além-túmulo, passam uma “esponja” na consciência, e partem para a aventura de “levar vantagem em tudo”.
Alicerçados nessas falsas concepções filosóficas, acabam engrossando as fileiras dos responsáveis pelo alto percentual dos maus desencarnes diários no Planeta...
Não só a ignorância, como também o falso conhecimento religiosista, são ambos nefastos.
Para mudar tudo isso e colocar a humanidade – recuperável a curto prazo – no
Caminho Certo, é que, lamentavelmente, para todos nós, a Justiça Divina terá que agir muito proximamente, colocando fim a esse círculo vicioso, para colocar em seu lugar, o círculo virtuoso...
IV - A RESPONSABILIDADE
“Uma verdade a mais sabida é uma responsabilidade a mais adquirida.” – Osvaldo Polidoro
É uma das Leis Fundamentais que regem o Infinito.
Como já é conhecido, ao sair do PRINCÍPIO SAGRADO, dá-se a fase involutiva do espírito. Passando pela Lei dos 9 Estados, atinge-se os reinos mineral, vegetal, animal, os primatas, até atingir a bípede-verticalidade, ou hominização da vida. Com o
homo sapiens, estão prontas as circunvoluções cerebrais, os sete chacras e o perispírito. A partir daí, passa a centelha à fase intelectiva-volitiva; isto é, a entender a realidade que a cerca e a determinar-se de acordo com esse entendimento.
Começa então, a responsabilizar-se pelo que sabe, pensa, sente e age. Quanto mais souber, mais responsabilidade terá. Haverá uma correlação: conscientização – responsabilidade. Como bem registrado biblicamente em Ezequiel, caps. 14 e 18, a responsabilidade é
individual. Ninguém irá responsabilizar terceiros, como também responsabilizar-se por pensamentos, sentimentos e ações de outrem.
Ressalte-se que, por ação, entende-se ação ou omissão. Quem tem a obrigação de agir e não o faz, também erra. Daí os equívocos religiosistas que, com a Bíblia à mão, insistem em enganar os ingênuos e desinformados, ao afirmarem que Jesus é nosso Salvador e Redentor. Tal ensino está em total contradição com sua afirmação já sobejamente conhecida: “Cada qual pegue a sua cruz e siga-me”. Assim, pensar que Jesus, com o seu sacrifício, veio lavar com seu sangue nossos pecados, é grave erro de interpretação. Por essa razão, muita gente torna-se acomodada e, quando passa para o outro lado da vida, decepciona-se, cai na realidade ao constatar o engodo... Simplesmente deixou-se enganar por certas frases maliciosas religiosistas, tais como: “Jesus salva”; “A fé em Jesus é a salvação”.
Bastaria confessar seus pecados, rezar algumas orações indicadas e, em jejum, colocar uma guloseima na boca para ficar limpo dos pecados cometidos... Ou então, ter encontrado algum prelado que lhe houvesse dado a extrema-unção...
Ledo engano. A responsabilidade é inequivocamente individual. Cada centelha é juíza em causa própria. Dentro do relativo livre-arbítrio, cada qual será aquilo que se fizer, podendo tornar-se luz ou trevas... Todos os saberes, pensares, sentires e agires ficam automaticamente registrados no seu perispírito – o chamado “carro da alma”.
Mais uma razão para contrariar a surrada e equivocada frase: “Todas as religiões são boas”.
Boa é só a VERDADE.
As Leis Complementares
1 – Carma
2 – Equidade Vibracional
3 – Das Duplicatas Etéreas
Devem, a nosso ver, ser estudadas em conjunto com a Lei de Responsabilidade, por todas fazerem parte de um mesmo tema. Daí porque não podem, didaticamente, serem dissociadas. São complementares à Lei Fundamental.
1 – Carma
É a chamada Lei de Causa e Efeito, ou de auto-registração.
No Perispírito, também conhecido como duplo-etérico, tudo fica registrado automaticamente. Essa auto-registração se dá em todos os sentidos. Assim, há o carma positivo e o negativo.
O carma negativo é necessário ser queimado ou extinto, pagando-o ceitil por ceitil, ou através de “comutação”. Esta ocorrerá através de obras ou fatos que desfaçam o mal anteriormente cometido.
2 – Equidade Vibracional
É também conhecida como Lei do Peso Específico. Nos Universos, tudo é vibração.
Assim, todos os saberes, pensares, sentires e agires têm uma determinada vibração. Estes alcançam os planos equivalentes: de luz ou trevas, ou intermediários de sombras.
Ao desencarnar, cada qual o faz na razão direta das vibrações de que é portador. Assim, irá para o plano equivalente a elas – nem mais nem menos – isto porque cada qual será aquilo que se fizer, é juiz em causa própria.
Aí está a perfeição da Justiça Divina.
3 – Duplicatas Etéreas
Há no Planeta sete círculos concêntricos e superpostos. São os sete céus fundamentais. Estes se dividem em mais de 34.000 sub-céus.
Tudo funciona em duplicata da superfície da Terra. Quanto mais para baixo e centro dela, mais inferior será. Ao revés, quanto mais para fora da crosta, mais luz.
Os sub-céus mais próximos da Terra são muito parecidos com Ela. Os intermediários e superiores idem, só que as duplicatas são mais sublimadas, eterizadas, mais luminosas.
A LEGISLAÇÃO DIVINA
OS DEZ MANDAMENTOS
“O ser humano pensa como pode, não como quer; e, para pensar melhor, terá que progredir em seus conhecimentos.” – Osvaldo Polidoro
GENERALIDADES
Foram recebidos via mediúnica por Moisés, nas Furnas do Sinai, cinzelados em duas tábuas de pedra, de forma simples e concisa; mas têm significação ampla e genérica, dada a complexa e caleidoscópica convivência social.
Motivo: provavelmente para tornar fácil a sua memorização e também porque, para abarcar toda a multifacetada vida social, teria que cair num casuísmo infindável e, portanto, inviável. Onde os encontramos na Bíblia? Êxodos, cap. 20, 1 a 17, e Deuteronômio, cap. 5, 6 a 21.
Apenas três Mandamentos conservam-se intactos: os 6°, 7° e 8°. Os demais caracterizam-se pela prolixidade e casuísmos.
Por que perderam a simplicidade e concisão? Em razão da reconstituição histórica feita por Esdras e Nehemias (vide apostila “Revelação” – 2a parte).
Análise comparativa e pequenos comentários
1° Mandamento:
Na Bíblia: “Eu Sou o Senhor teu DEUS que te fez sair do Egito, casa da servidão.”
“Não terás outros deuses diante de minha face.”
No original: “Eu Sou o Senhor teu DEUS não há outro DEUS.”
Comentário: Antes, vigorava o politeísmo. Os povos pagãos adoravam deuses em forma de estátuas. Ex.: politeísmo egípcio e grego. Sócrates, grande iniciado, conhecedor das Leis Fundamentais, tentou, alguns séculos depois, em Atenas, conduzir, através de sua “maiêutica”, os jovens à compreensão de um DEUS único. Resultado: foi silenciado através da sua condenação à morte. É o monoteísmo. Um único Princípio Sagrado.
2° Mandamento:
Na Bíblia: “Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está acima dos céus, ou embaixo sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra.”
“Não te prostarás diante delas e não lhes prestarás culto.”
“Eu Sou o Senhor teu DEUS um DEUS zeloso que vingo a iniquidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos, daqueles que me odeiam; mas uso de misericórdia até a milésima geração com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”
No original: “Não farás imagens quaisquer para as adorar.”
Comentário: As imagens podem ser abstratas ou concretas. Daí porque não se deve imaginar DEUS como um ser antropomórfico; como uma pessoa, semelhante a um velhinho de barbas brancas, sentado em um trono e conduzindo o Planeta com uma varinha mágica... Nem como o mistério da Santíssima Trindade, concebendo-o como três pessoas em uma só... Assim, não se deve prostrar diante de simulacros mudos, como ensinou Paulo de Tarso. Lembrar que as estátuas de pedra, gesso ou madeira são cegas, mudas, surdas; não tem cérebro nem espírito... Desta forma, estabelecer cultos para elas é o mesmo que voltar aos paganismos poeirentos...
3° Mandamento:
Na Bíblia: “Não pronunciarás o nome de Jave, teu DEUS, em prova da falsidade; porque o Senhor não deixa impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro.”
No original: “Não pronunciarás em vão o nome de DEUS.”
Comentário: Como já foi dito em sede própria, Ele é o que é. Não tem nome; mas, quando nos “referimos” a Ele, temos que fazê-lo com o máximo respeito. Há muitas pessoas que, distraidamente, e, com alguma negligência e imprudência, para se fazerem acreditar, “juram” por Ele... Sem perceber, estão provavelmente ferindo a Lei. Ele não pode ser vulgarizado, mas deve ser prestigiado e respeitado.
4° Mandamento:
Na Bíblia: “Lembra-te de santificar o dia de sábado.”
“Trabalharás durante seis dias e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu DEUS, não farás trabalho algum; nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu animal, nem o estrangeiro que está dentro de teus muros.”
“Porque em seis dias o Senhor fez o Céu e a Terra, o mar e tudo que contém; e repousou no sétimo dia, e por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou.”
No original: “Terás um dia na semana para descanso e recolhimento.”
Comentário: Já está provado cientificamente que a condensação das energias ocorreram em eras geológicas. Moisés descreveu no Gênese Original que foram 7 as eras. Foram 7 etapas que duraram milhares de anos, não dias... O Princípio Sagrado, que é Infinito e Eterno, para “criar” um simples cisco cósmico, precisa descansar em seguida? A toda evidência, é mais uma concepção ingênua e infantil dos anciãos judaicos...
Crítica da proibição de trabalhar no sábado:
1 – Mateus, cap. 12: “Espigas arrancadas em dia de sábado.”
2 – “Curas operadas no sábado.”
Em ambas as situações, Jesus deixou claro que não estava violando a Lei, pois sempre curou nesse dia da semana.
Descanso e Recolhimento: são duas palavras chaves a serem analisadas. Relativamente à primeira, é facilmente entendida. O original fala em “um” dia da semana, mas não diz qual. Ora, a prevalecer a tese judaica e dos protestantes sabatistas, paralisando-se todas as atividades “essenciais” nesse dia, geraria o caos. Ex.: UTIs, Pronto-Socorros, Bombeiros, Polícia, etc... Será que em Israel é aplicado à risca?
No tocante ao “Recolhimento”, parece ter um sentido simbólico: no mínimo, um dia da semana. Significa meditar, refletir, interiorizar-se sobre o real significado da Existência, e como está sendo sua encarnação.
O “orai e vigiai” deve ser a todo instante. Como comumente ocorre nos grandes centros urbanos, mal sobra tempo para sobreviver... Os entretenimentos (cinema, novelas, televisão, etc.), quando em demasia, alienam as pessoas. Eles são necessários, mas com moderação e temperança. “Importa que façais algumas coisas, sem olvidar outras.” – Paulo de Tarso.
5° Mandamento:
Na Bíblia: “Honra teu pai e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a Terra, que te dá o Senhor, teu DEUS.”
No original: “Honrarás pai e mãe.”
Comentário: Como já dito, todo Mandamento, a nosso ver, deve ter uma interpretação lato sensu, mais abrangente do que as simples palavras que o compõe.
Esse ordenamento é muito simples e direto. Diz respeito ao relacionamento inter familiar, entre pais e filhos(as). Qual a significação do verbo “honrar”? Em nosso modo de interpretar, poderá ter vários. Ex.: respeitar, cuidar (quando estiverem doentes, velhos ou inválidos). O nosso mestre ensina: “Todo o filho de DEUS deve viver com a mente voltada para a Sagrada Finalidade da Existência.” O mundanismo envolve muito as pessoas. Distraem-nas muito. Quando se conscientizam, muitas vezes já passaram para o outro lado, ou às vésperas de ir para lá... Daí porque a Educação Espiritual correta deveria ser iniciada com o leite materno, como diz Salomão. Entretanto, nos dias de hoje, quantas mães estão preparadas para esse mister? Com a liberdade sexual existente, muitas o são precocemente, em tenra idade... A maioria preocupa-se muito com as cerimônias do casamento: festa, vestido de noiva, tudo muito superficial. Falta-lhes um preparo sólido, consistente para esse mister. A maioria vive descompromissada com seus deveres espirituais, na escuridão dos sentidos, às cegas, às apalpadelas... É um círculo vicioso...
Qual a significação da frase contida em Marcos, 3,31, quando, ao pregar, vieram-lhe informar que sua mãe e seus irmãos o aguardavam, respondendo: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E, olhando para todos os que estavam sentados ao redor, disse-lhes: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Minha mãe, meu irmão e minha irmã é aquele que faz a vontade de DEUS (ou ouvem a palavra de DEUS e a observam)”. – Lucas 8,19
Temos para nós que as obrigações dos pais, relativamente aos cuidados com os filhos (educação, alimentação, guarda, etc,), máxime nos dias de hoje em que, particularmente, nos países do 3° mundo, há muitas crianças abandonadas, desprezadas e carentes de cuidados e afeto, talvez se enquadrem nesse Mandamento. Vale lembrar que a família é considerada a célula-mater da sociedade. É uma Instituição Divina que necessita ser preservada e bem cuidada. As mazelas sociais são, na maioria, decorrentes de famílias desestruturadas. Vale lembrar o Sermão Profético de Jesus (Mateus 24 e 25), quando afirma que os maiores adversários dos seres humanos estão dentro da própria família. Espiritualmente, sabe-se que, em muitos casos, a família é o lugar de acertos de contas pretéritas. Há necessidade de “harmonizar”, apagar arestas do passado. Assim, em uma família, ou há muitas afinidades ou há muitas antipatias, decorrentes de relacionamentos pretéritos. Ex.: “E os inimigos do ser humano serão as pessoas de sua própria casa.” (Jesus – Mateus 10,36) Por último, nosso Mestre tem ensinado que os que mais cuidarem e assistirem os velhos e crianças terão mais mérito perante a Justiça Divina.
6° Mandamento:
Na Bíblia: “Não matarás.”
No original: “Não matarás.”
Comentário: Como já dito, a reencarnação é válvula redentora e evolutiva do espírito. A roupagem carnal é ferramenta do espírito. Por isso, existe a obrigação de cuidar bem dela, bem como respeitar a alheia.
1 – Suicídio:
Poderá ser ex-abrupto, realizado repentinamente, através de arma, ou se atirando de alguma ponte, viaduto, etc, ou “lento”, através de vícios como drogas, alcoolismo, etc. Existe no plano astral inferior, o “Vale dos Suicidas”. Salvo exceções, muitos vão parar lá.
Perante a Justiça Humana: não há qualquer responsa-bilidade. Antigamente, existia a execução por efígie, em que, na impossibilidade de punir o criminoso, malhava-se um “boneco” em seu lugar. Ex.: a malhação de Judas ainda existente em alguns lugares. Assim, também a pena acessória de privação de sepultura. Ex.: o Monte de Gólgota ou das Caveiras, em Israel; ou ainda de esquartejamento, (Tiradentes, no Brasil colônia).
Perante a Justiça Divina: terá que sofrer as conseqüências da interrupção – intencional ou não.
2 – Aborto:
É a interrupção da gravidez. É um dos temas mais polêmicos do Planeta.
Teses antagônicas:
a) Descriminalização: iniciou-se com o movimento feminista na década de 1960 (Betty Friedman, Simone de Beauvoir, e outras). A mulher é dona de seu corpo e ao Estado descabe legislar sobre ele. Já está legalizado em alguns países – Inglaterra, França, China, etc.
b) Tese contrária das religiões: fere o “não matarás”.
Na América Latina: com a influência da Igreja Romana, que é contra o controle ou planejamento familiar, através da encíclica “De Humanae Vitae”, o aborto não deve ser legalizado.
No Brasil: há fortes pressões pela descriminalização, em razão da existência de milhares de abortos clandestinos realizados em clínicas abortivas, com grande perigo para as gestantes.
Permitido: em casos de aborto necessário; quando ocorre grande perigo para a gestante; resultante de estupro; e aborto eugenésico (quando através da ultrasonografia, demonstra um nascimento com vida totalmente inviável – ex.: anencefalia).
Na lista de crimes contra a vida, perante a legislação humana, pode-se citar ainda: homicídio, periclitação da vida e saúde, omissão de socorro, abandono de incapaz, etc.
Causas excludentes de antijuridicidade:
a) Estado de necessidade;
b) Legítima defesa (própria ou de terceiros);
c) Extrito cumprimento do dever legal;
d) Exercício regular de Direito.
Inimputabilidade = Irresponsabilidade: no Brasil, o menor de 18 anos e o portador de doença mental, ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, são considerados inimputáveis ou penalmente irresponsáveis.
7° Mandamento:
Na Bíblia: “Não cometerás adultério.”- Mateus - cap. 5,27
No Original: “Não cometerás adultério.”
Comentário: É possível que admita uma abrangência maior, abarcando-se toda e qualquer adulteração, inclusive a da VERDADE.
Em sentido estrito, parece que visa preservar a família através da proteção à fidelidade conjugal. Pressupõe a monogamia.
Há povos que adotam a poligamia, como as nações islâmicas. Há certos costumes, como entre os esquimós, ou de algumas sociedades mormons, em que sua aplicação é praticamente inviável. Cite-se também, certos costumes contemporâneos, tais como “amizades coloridas”, concubinato, etc.
8° Mandamento:
Na Bíblia: “Não furtarás.”
No Original: “Não furtarás.”
Comentário: No Direito Humano: tem aplicação restrita, vez que vigora o Princípio da Tipicidade. Significa: furtar coisa alheia móvel (furto simples), admitindo-se um mais grave, quando ocorra uma circunstância qualificadora.
No Direito Divino: tudo leva a crer que deverá ser interpretado de forma ampla; caso contrário, muitos delitos graves contra o patrimônio ficariam fora de seu alcance. Talvez possa ser entendido como “Não te locupletarás à custa alheia”. Visa coibir o enriquecimento ilícito, preservando as virtudes da honestidade e probidade. A relação é grande. Ex.: roubo (assalto), apropriação indébita, contrabando, receptação, sonegação fiscal, lucros exagerados, extorsão, estelionato, corrupção ativa e passiva, etc...
9° Mandamento:
Na Bíblia: “Não jurarás falso.” Mateus - cap. 5,33
“Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não.” Mateus – cap. 5,37
“Não levantarás falso testemunho contra teu próximo.”
No Original: “Não darás falso testemunho.”
Comentário: Visa defender a Fidelidade à VERDADE. Jesus ensinou: “Deveis afirmar: Sim, sim e não, não. Por toda palavra que proferires, respondereis.”
Exceção: a chamada mentira piedosa? Ex.: a do médico, objetivando não prejudicar ainda mais o paciente, etc. Perguntas: Quanto aos religiosos profissionais, onde se enquadrariam suas falsidades? E quem endossa seus erros, ajudando a perpetuá-los? Onde se enquadrariam a calúnia e a difamação?
10° Mandamento:
Na Bíblia: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem nada do que lhe pertence”.
No Original: “Não desejarás o que é do teu próximo.”
Comentário: Parece-nos que objetiva coibir certos vícios anti divinos, tais como: cobiça, inveja, despeito, entre outros. Eles maculam o espírito, daí o cuidado que se deve ter com os pensamentos e sentimentos. Nunca desejar o mal, sempre o bem. Admiração ao contrário é virtude.
Para o Direito Divino: Deus vê em segredo, e em segredo dá a paga. Nada pode ser escondido da Justiça Divina.
Para o Direito Humano: Não se preocupa com os simples pensares e sentires, que não repercutam concretamente.
Como diz o jus-penalista belga Haus: “Só a Deus cabe sondar as consciências”.
Informações Complementares – I
ENSINAMENTOS
“A LEI” – “Meditem sobre Ela, meus filhos.” – Anjo Gabriel – Evangelho Eterno.
1 – A Lei Suprema resume o AMOR.
2 – Tem um tríplice sentido: Moral, que harmoniza e dignifica; Amor, que sublima e diviniza; Revelação, que ilustra, adverte e consola.
3 – O “maior Amor” é proclamar a VERDADE DOUTRINÁRIA, a qual conduz ao que DEUS aponta em Isaías 11. Auxilia a brilhar o teu próximo.
4 – Ponde muita atenção nisto: “Uma vez na carne, até os Cristos receiam de si mesmos, temem o perigo das tentações”.
5 – Nunca desprezes o pouco, porque é dele que se faz o muito.
6 – Quem poderá triunfar no exterior, sendo derrotado no interior?
7 – A Lei ordena o comportamento correto, para não ocorrer crimes entre irmãos.
8 – A Lei de DEUS e o nobre cultivo dos dons querem dizer: “consciência limpa”.
9 – Ninguém se aproximará do Reino do Puro Espírito, sem se afastar do reino do mundo. Entretanto, sem usar o mundo, ninguém o fará.
10 – “a ação mais nobre que alguém pode praticar é encaminhar o seu irmão ao estado de Nirvana (Crístico).” – Buda
11 – Não te esqueças de olhar para dentro e para fora, para fora e para dentro, porque assim reconhecerás e viverás no seio da Unidade Divina.
12 – “Aquele que fizer um pecador retroceder em seus erros, salvará seu espírito da morte (2a) e fará desaparecer uma multidão de pecados.” – Epístola. de Tiago – cap. 5,19
13 – O excesso de piedade entroniza o crime.
textos extraídos de folhetos de Osvaldo Polidoro e da Bíblia.
Informações Complementares II
6° MANDAMENTO
Notícias recentes:
1. França:
O governo francês está preocupadíssimo com o grande número de suicídios entre a sua juventude. O percentual tem aumentado de ano para ano.
Fenômeno idêntico já está ocorrendo em outros países consumidores de drogas.
2. China:
Tem o maior percentual de suicídios do mundo. Afeta mais as mulheres e os camponeses. Por essa razão, abrirá o primeiro “Centro de Prevenção ao Suicídio”.
É o único país em que as mulheres representam o maior número de suicídio no mundo. Há mais casos na área rural do que nas cidades, através de auto-envenenamento com pesticidas letais e venenos para roedores.
São, na maioria, pessoas que passam por “estresse” agudo ou crônico.
Média anual de suicídios: 287.000 pessoas.
O suicídio é a quinta causa mortis no país. Os livros de auto-ajuda são os best-sellers.
Fonte: jornal O Estado de São Paulo
3. Japão (2ª Guerra Mundial e Islamismo):
Não existe suicídio feliz. Todos eles são tremendamente infelizes.
Há, no Plano Astral Inferior, inclusive, um local apropriado para acolhê-los, ao sairem da carne. Não só os Kamicazes japoneses da 2ª Guerra, como também os atuais fanáticos fundamentalistas islâmicos, cometeram-no julgando que iriam direto para o Paraíso... Ledo engano.
Culpa de quem? Dos religiosos profissionais que produziram a ignorância ou errada compreensão espiritual em seus seguidores, que neles confiaram cegamente, como também, dos próprios suicidas, que usaram mal o livre-arbítrio.
Quando se afirma que a Lei atua, não nos referimos aos 10 Mandamentos, mas, sim, ao
Poder Equilibrador a que Eles fazem referência. – extraído de folheto de Osvaldo Polidoro.
Os 10 Mandamentos
1. Eu sou o Senhor teu Deus; não há outro Deus.
2. Não farás imagens quaisquer para adorar.
3. Não pronunciarás em vão o nome de Deus.
4. Terás um dia, na semana, para descanso e recolhimento.
5. Honrarás pai e mãe.
6. Não matarás.
7. Não cometerás adultério.
8. Não furtarás.
9. Não darás falso testemunho.
10. Não desejarás o que é do teu próximo.
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