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A DOUTRINA



OS REVELADORES

Quem veio revelar a Verdade muito ou pouco, porque toda Ela ninguém revelou jamais e nem sozinho revelará, teve de enfrentar agruras e dificuldades múltiplas. A tradição, a poesia, a lenda, o misticismo, a basófia sectária, o fanatismo, o exclusivismo, e outros corruptores da realidade, levantaram concepções, interpretações e místicas tais, em torno de certos ou quase todos os grandes vultos reveladores, que não representam a verdade realmente vivida por eles. Alguns foram roubados, outros foram acrescidos. Deram a uns demais, tiraram o justo a outros. De qualquer forma, porém, uma linha mestra ficou. E em torno de todas as revelações básicas, explorações e comodismos se levantaram. Todo e qualquer trigal, por melhor cuidado que seja, oferece brecha para o radicamento do joio...

Muito longe estavam os dias, no orçamento dos tempos e das eras em que um Espírito Consolador pudesse tornar-se de culto ostensivo sobre a carne toda. Sabemos o quanto a ignorância humana retarda o avanço libertador das consciências. Mas, os Vedas, os Budas, Crisna, Rama, Hermes, Zoroastro, Apolônio; os Filósofos Espiritualistas; os Grandes Hierofantes; os Patriarcas Hebreus; os Grandes eram, quem mais e quem menos, esforços conscientes ou inconscientes, a fim de que um dia pudesse o Batismo do Espírito tornar-se de conhecimento e culto generalizado.

Todos os reveladores anteriores ao Cristo, menores ou maiores, tenderam com os seus ensinos para o secretismo, evitando a disseminação dos conhecimentos pelo povo, pelo maior número, fizeram o esoterismo, edificaram ou endossaram a iniciação oculta. Jesus desceu ao meio dos seus tutelados, precisamente para rasgar o véu do templo, para fazer o inverso, para batizar no Espírito, a fim de legar a todos o direito de, pelo Consolador, que é o mediunismo, atingir o conhecimento das questões espirituais e penetrar os arcanos da vida universal.

Tomemos a Jesus por síntese, que o é de fato, para de Suas palavras extrair a essência verdadeira:

“Mas eu vos digo a verdade: a vós convém que eu vá; porque se eu não for, não virá a vós o Consolador; mas, se eu for, enviar-vos-lo-ei. E ele, quando vier, argüirá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”. “Quando vier porém aquele Espírito da Verdade, ele vos ensinará todas as verdades...” (João, cap. 16)

Não foi Jesus, portanto, apenas mais um trabalhador a favor do advento da era do Consolador; foi, isso sim, por determinação Suprema, o seu agente máximo, o selado para o grande desempenho, em virtude de ser o Chefe Planetário. Não se passa, nas esferas superiores, o que julgam muitas correntes ocultistas, sobre ser cada espírito livre para o que quiser, podendo tomar a iniciativa que bem entende. O que existe, pelo contrário, é uma ordem reinante que vem das Supremas Chefias, dos Diretores de Galáxias, sendo os Chefes Planetários, executantes dessas ordens. Há ordem para tudo, no que é de Deus.

Cristo veio, com o Seu Amor e a Sua Sabedoria Universal, estabelecer no mundo das formas densas, por meio do mediunismo, o curso de conhecimento do ser. E não adianta digam os fanáticos de crenças estas ou aquelas, ou aqueles que pretendem tomar revelações intermediárias como sendo toda a Verdade Revelada, que o Cristo tenha sido apenas mais um revelador, sem mais autoridade que qualquer outro antes vindo. Isso prova, apenas, desconhecimento do que seja a Organização Diretora do Planeta. E prova, também, que essa gente só tem contato com seres astrais de ínfima categoria hierárquica, seres que da carne partiram fanatizados, e que nas esferas inferiores do astral, continuam no mesmo inferiorismo, a propalar os mesmos divisionismos, as mesmas mediocridades, os mesmos erros. Não basta, pois, que se tenha contato com agentes do mundo astral; preciso se faz buscar sempre o melhor. Os espaços sempre estiveram cheios de espíritos; como, porém, não há promiscuidade, mas sim planos inferiores, intermediários e superiores, que ligados são pelas leis de relação e progressividade, o notável é se procure, pela melhoria vibratória, manter contato com os melhores planos.

O Cristo, em sua função de obreiro do Batismo do Espírito, veio lançar o germe da unificação religiosa, em torno da Verdade, que em si mesma paira acima de cogitações divisionistas, e ao âmago dela.

Fonte:
POLIDORO, Osvaldo; A Caminho do Céu, págs 103, 104 e 116.
________________; Uma Visão do Cristo, págs 80, 81 e 161.

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