A centelha espiritual ou o espírito, ou aquela partícula de Deus que, tendo sido emanada com todos os Valores Divinos em potencial, terá de se movimentar através dos mundos e intermundos, até vir a ser Deus em Deus, ou Espírito e Verdade. O que isto é por ora, foge muito ao poder de concepção dos terrícolas.
Como primórdio do carro da alma ou perispírito, o que se forma ao longo dos milhões de anos é a Coroa de Luz Divina. Depois do Princípio, ou Deus, o que primeiro vem é a Luz Divina. Como a centelha é da mesma essência que Deus é, fácil é compreender que a primeira coroa a se formar é Luz Divina, é a primeira manifestação de Deus e dos espíritos, no sentido da Matéria. É a primeira ferramenta, diremos assim.
O chamado espírito-bloco é um conjunto de centelhas ainda em estado de embrião ou germe. É nesse bloco ou conjunto que se movimentam as partículas espirituais, até formarem, cada uma delas, pelo menos três coroas, que são três recursos, três ferramentas, ou já três meios de atuação no mundo exterior. Quando assim estiver a centelha, ou estiver o bloco de centelhas, está pronto a começar a libertação de cada uma. A irmandade então se vai espalhar, para cada uma ter vida mais livre, enfrentar o mundo exterior e organizar as coroas que lhe faltam. É o mergulho nos níveis mais elevados da escala biológica, embora apenas larval ou filamentosa, e que se dá nos lagos, fundos marítimos, florestas ou lugares ainda de elevado teor de umidade e bolor. É muito pouco, comparado com o homem primata, porém é muito caminho andado, depois de ter saído da Essência Divina. Já tem três coroas e, em cada uma, um centro de energia especificada, um chacra em formação ou desenvolvimento.
Dos automatismos inconscientes, passando pela fase dos instintos, para gradativamente penetrar a fase da inteligência ou da razão, vai o espírito modificando em si mesmo a capacidade de dilatação, ou expansão, criando coroas energéticas e chacras ou plexos, também chamados centros de energias.
O aparecimento das coroas é lentíssimo, acompanha o desabrochar da centelha em sua caminhada através das espécies, que somam centenas de milhares. Antes de atingir a espécie humana, como primata, de modo algum tem as sete coroas formadas, nem as que já tem são simetricamente perfeitas, ou portadoras de melhores colorações.
A chegada nas sete coroas energéticas e nos sete chacras teve por base o curso através de vastíssima gama biológica, isto é, necessidade de acionar órgãos e membros cada vez mais complicados, inclusive o andar em pé ou sobre os membros traseiros. Porque, só as coroas energéticas nada conseguiriam, e o carro da alma, o perispírito, nada seria sem as coroas e os centros de energia, os verdadeiros subcomandos da centelha. Falar em espírito, perispírito e corpo é apenas iniciatório ou preliminar, nada mais.
No primata as sete coroas e os sete chacras e, quando encarnado, os sete plexos, encontram-se prontos, porém como germes ou embriões. Tudo é potencial e a marcha no rumo da edificação intelecto-moral irá ter início, para se desenvolver no curso de muitos e muitos milhares de anos, com sujeições a altos e baixos, triunfos e quedas, encarnações e desencarnações, condições e situações a serem enfrentadas, necessidades a serem vencidas, ansiedades a serem resolvidas, etc. É a consciência que se forma, porque é a centelha que se amplia, dilata, agora com muito mais ligeireza, porque a razão cada vez mais se expressa, tangida pelos acontecimentos, impelida pelas necessidades.
Todas as humanidades embrionárias recebem, quando chega a hora, injeções civilizadoras, através de emigrantes advindos de outros mundos, bastante sábios de certos conhecimentos, porém moralmente comprometidos perante a Suprema Justiça... São legiões alijadas de outros mundos, são punidos da Justiça Divina que, uma vez purgados bastante nas trevas, em seu seio encarnam e forçam ao progresso. Eva recebe Adão, e seus filhos se revelam mestres, artistas, cientistas, santos e profetas. (Eva quer dizer Raça Primitiva. Adão quer dizer Advindo, isto é, dos que vieram migrados de um mundo da Constelação da Capela, por não mais merecerem aquele mundo.) De permeio, de longe em longe, um Imediato do Cristo Planetário encarna, aqui e acolá, para uma Revelação Maior.
Quando o grau de elevação intelecto-moral está apto, um Código de Conduta é transmitido e, logo mais, um Divino Molde é fornecido pelo Princípio Emanador. Antes de ser Moisés, o mesmo espírito transmitira a Lei no seio de outras raças e povos, até a mesma ficar radicada, e sempre através da Revelação, da comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas. A seguir, o Diretor Planetário encarnou e a Divina Modelagem foi deixada. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade.
Depois de ser o espírito, como centelha, emanado do Princípio ou Deus, tudo se resume em desabrochar as Latentes Virtudes Divinas, até retornar ao Princípio, ou Deus, em Unidade Total. Essa realidade jamais mudará, no Infinito e na Eternidade.
É normal, nas Humanidades primitivas ou de média evolução, como a da Terra, os seus indivíduos não darem a essa realidade fundamental a importância devida, prejudicando-se profundamente, retardando a Celestial Chegada Final, isto é, à União Divina.
É normal, também, toda sorte de embusteiros, trapalhões, mistificadores ou fabricantes de religiões, clerezias e mórbidos fanatismos sectários, panelinhas e outras malícias comerciantes de idolatrias, ou vendedoras de engodos, usarem a ignorância dos ignorantes, e a tolice dos tolos, para forrarem seus rasteiros e criminosos egoísmos temporais.
Invenções de homens, ou agrupamentos menos honestos, que em nome dos Grandes Reveladores organizaram programas formalistas, explorações idólatras, políticas e outras mais, chegando a blasfemar do Ministério da Revelação, com o que deram incentivo à ignorância, ao materialismo, à brutalidade e à imoralidade que assaltou a Humanidade, tornando-a vítima de catastróficas conseqüências.
Perdendo em espiritualidade e moralidade, e crescendo em ciências e técnicas, ao findar o segundo milênio, como adverte o Livro da Revelação ou Apocalipse, o homem está pronto para desgraçar o Planeta e incendiar a Humanidade, isto é, eliminar dois terços dos viventes com o dilúvio de fogo.
Por causa dos abomináveis desvios, com muitas dores terão de entender a fundamental importância da Lei de Deus, do Verbo Exemplar e do cultivo decente dos Dons Carismáticos.
Perante a História do Planeta e da Humanidade, o homem do presente deve pensar com rigor sobre AQUILO QUE VIRÁ A SER. Para trás está o tempo todo que trouxe até o fim da juventude evolutiva, e para diante está todo o tempo que levará à maturidade evolutiva. Estão no intervalo entre as duas metades do programa evolutivo, e ninguém lhes poupará das comoções tremendas, dos abalos profundos, das gloriosas conquistas científicas e dos terríveis desvirtuamentos de ordem MORAL. Estão vivendo o mais significativo momento de toda a História da Humanidade, para efeito de testes a serem enfrentados. Muitos não vencerão, como assinala o Sermão Profético de Jesus, e como alerta o Apocalipse.
Através de suas obras, querendo ou não, terão de tomar um, entre dois caminhos – herdar a Terra dos futuros ciclos ou migrar para mundos inferiores. Não pretendam convencer a JUSTIÇA DIVINA com as suas costumeiras alegações religiosistas... Tratem de apresentar obras de VERDADE, AMOR e VIRTUDE, na conduta entre irmãos, porque essa é a MEDIDA AUTOCRISTIFICADORA.
Depois das necessárias higienizações previstas por Jesus e o Apocalipse, ninguém duvidará do que Elias devia restaurar, para em seguida entregar o EVANGELHO DE DEUS, O DIVINISMO, PROMETIDO POR DEUS em Apocalipse, 14, 6.
Tudo virá a ser muito melhor, para aqueles que vierem a merecer a Terra dos futuros ciclos. E tudo piorará, e muito, para aqueles que quiserem permanecer cegos e surdos aos clamores do Céu.
A Terra passará para a fase de maturidade... Deixará de ser de expiações, mas tornar-se-á de provações bastante rigorosas, para a grande maioria... A juventude terrestre passa, a fase de maturidade chega, e outras obrigações devem ser observadas.
Quem quiser saber saiba que os tempos chegam e a Lei terá que ser observada, terá que ser executada. Para cada Era o seu devido comportamento, para cada idade evolutiva a sua conseqüente obrigação.
Esta Nova Era é a do entrelaçamento entre os dois planos da vida, coisa que acontece em todos os mundos, quando entram em fase evolutiva superior. Ao cabo de tudo, ou no curso dos tempos, haverá perfeita união entre um e outro lado. Importa, entretanto, que cada um faça questão de ir merecendo a Terra do porvir. Porque irão se sucedendo os eventos seletivos, as separações entre cabritos e ovelhas...
Porque haverá um grande primeiro expurgo, ou separação entre cabritos e ovelhas, porém através dos ciclos e das eras haverá outros FORA DAQUI.
E quem for merecendo a Terra dos tempos finais, ou da integração do Planeta e da Humanidade na DIVINA ESSÊNCIA ONIPRESENTE, ONISCIENTE E ONIPOTENTE, entenderá que a Jerusalém Celestial é a REINTEGRAÇÃO NA DIVINDADE pelo desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas, porque o Reino de Deus não virá de fora, como o Verbo Exemplar falou e exemplificou, como lhe cumpria fazer, por ser Verbo Exemplar, Alfa e Ômega ou Modelo de tudo que tem origem em Deus e a Deus deve retornar.
O espírito, que é envolvido pelas sete coroas energéticas e pela densidade do perispírito e do corpo físico quando encarnado, deve vir a ser, quando cristificado, apenas uma centelha livre, refletindo a sua Glória e o seu Poder, através da primeira coroa, que é a Luz Divina Universal, porém, individuada.
Como começou de dentro para fora a formação das coroas, chacras e plexos, de fora para dentro começarão as sublimações a se tornarem realidades. As coroas energéticas, que obedecem aos comandos imediatos do espírito, imporão luminosidade e brilho aos chacras, e estes ao perispírito, que se irá eterizando cada vez mais. Milhares de anos passarão, mas um dia a caminhada terá encontro com a solução: uma centelha estará cristificada, plenamente exposta através da primeira e única coroa, que é a Luz Divina Individuada – mas agora imensamente dilatada, fazendo a centelha brilhar como um Sol Divino, participando da Divina Ubiqüidade! Os discípulos igualaram o Divino Molde, tornaram-se Unos com o Pai no Templo Interior! Do Verbo Divino tomaram lições e a Verbos Divinos chegaram!
Fonte:
POLIDORO, Osvaldo; Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, págs 9, 18, 22, 40, 89, 103, 104, 108, 109, 110, 111, 113, 116, 119, 125, 126, 144, 145, 146, 151, 155 e 158.
________________; Bezerra de Menezes e Narrativa Iniciática, págs 46, 47 e 56.
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