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A DOUTRINA



VERDADES INAMOVÍVEIS

A VERDADE – Ela é tudo, é o Emanador e a Emanação, com todas as leis e todas as virtudes; é o Princípio e o Fim, é a realidade total. Imaginem aqui a Divina Profundidade de Deus e a infinita complexidade do Cosmo, se puderem fazê-lo, terão a Verdade ao seu alcance conceptivo.

A VERDADE DOUTRINÁRIA – Assim se chamava a Ciência Secreta, a Doutrina Esotérica ou Ocultismo; a Verdade como Doutrina, que implicava no conhecimento das leis do Universo, assim como era possível no tempo e a cada um poder assimilar. Conhecer a VERDADE significava entrar para a iniciação esotérica, manter colóquio com os Grandes Mensageiros e tornar-se consciente das leis fundamentais e relativas. Quem quiser estudar as antigas Doutrinas Secretas, os Grandes Iniciados, saberá o que se dizia ser a Verdade Doutrinária, o conhecimento de Deus, da chamada “Criação” e das leis regentes do Universo em geral e dos indivíduos em particular.

VERDADES INAMOVÍVEIS – Existem algumas verdades que são inamovíveis, que são o ponto de partida de todas as concepções, de todos os conhecimentos; ou, para dizer mais simples, verdades sobre as quais as demais verdades têm estabelecimento. Estas dez verdades representam as matrizes de tudo quanto podemos considerar essencial – Essência Divina, Existência, Movimento, Imortalidade, Evolução, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação, Habitação Cósmica e Sagrada Finalidade. Aquele dos filhos de Deus que souber penetrar o sentido que comportam, saberá pensar como se deve sobre a Origem Divina, o Processo Evolutivo e a Sagrada Finalidade. Saberá, por conseguinte, alcançar a alma do Evangelho, porque outra coisa ele não faz, sem ser evidenciar a paternidade de Deus, a movimentação que força à evolução e o fim da evolução, que é atingir a meta final.

ORIGEM DIVINA: “Chegamos, Senhor Deus, Princípio Onipresente, ao conhecimento de que És Espírito, Essência Divina, Causa Originária de todos os Efeitos”

1. ESSÊNCIA DIVINA OU DEUS – A Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo Emana, Sustenta e Destina através de leis Eternas, Perfeitas e Imutáveis. Sendo Espírito e Verdade, assim quer que Seus filhos venham a ser, e lhes concita seguirem o caminho da VERDADE, do AMOR e da VIRTUDE. Tudo começa em UM, tanto os seres como as leis. Começa em UM e desdobra-se ao infinito, para a nossa razão de seres relativos. Entretanto, Deus é em Si completo, é total, sendo para Si mesmo finito. A lei de Unidade explica a de diversidade, porque a diversidade é questão apenas de formas de manifestação da Unidade. Deus não cria coisa alguma, porém EMANA DE SI MESMO; tudo que É compreende DEUS ESSENCIAL e DEUS MANIFESTADO POR EMANAÇÃO. Tudo deriva do UM ESSENCIAL e, por fim, tudo retorna ao UM ESSENCIAL. Portanto, o Divino Monismo é o conceito ideal. Dos grandes iniciados ou místicos, Quem mais se achegou ao SER ESSENCIAL, somente pôde dizer que é LUZ, GLÓRIA, PODER, SABEDORIA, LEI, JUSTIÇA, AMOR, tudo porém de todo infinito, facultando, outrossim, a quem a Ele se chegar, os poderes maravilhosíssimos da Divina Ubiqüidade, que é a virtude de estender ao infinito os poderes dos sentidos, coisa que, por ora, bem difícil será poderem conceber. Para Deus não há acepção de locais e tempos, não sofre restrições quaisquer. Está na intimidade profunda de tudo e de todos. Todavia, cada qual saiba sentir Deus em si mesmo, porque aquele que pensa estar Deus longe, por certo se coloca longe de Deus. Sintonizar, pelo desenvolvimento interno, eis o problema total de cada centelha espiritual. Os Cristos Planetários dão exemplo do que seja o grau sintônico, e, conseqüentemente, da função de filtros ou reflexos do Pai.

2. EXISTÊNCIA – Existir decorre de ser emanado da Essência Divina. Entretanto, se é impossível conhecer objetivamente a extensão do que existe, muito mais importa, entretanto, ter a mais plena consciência da EXISTÊNCIA. O mais civilizado homem do Planeta, por certo que ignora seus dotes de espírito, por certo que desconhece as virtudes de que é senhor, pelo fato de não tê-las despertado ainda. O Cristo Anímico, para ser conhecido, deve primeiro ser exposto. Antes de lá chegar, tudo são apenas conjeturas.

3. IMORTALIDADE – É normal no que deriva de Deus. A imortalidade comporta todas as regalias e todos os deveres, porque encerra a ORIGEM, o PLANO EVOLUTIVO e a SAGRADA FINALIDADE. Somente nos mundos inferiores é que se fala sobre a IMORTALIDADE. A morte não existe essencialmente, é apenas mutação de forma. De tudo, espírito ou matéria, sobrará sempre a essência, por mais que a forma possa mudar ao infinito. Deus não sofre solução de continuidade em Seus Santos Desígnios.

“Chegamos a conhecer, Senhor, que entregaste Dons Espirituais Intermediários, ou Mediunidades, na Bíblia chamados Dons do Espírito Santo, para não faltarem a encarnados e desencarnados as consoladoras oportunidades de contatos”

4. REVELAÇÃO – Antes do Cristo vir, com Seu batismo de Espírito ou Revelação, as Escolas Esotéricas mantinham o lume das informações. Desde os Vedas, os Upanichads, Enoque, os Patriarcas, Moisés, os Profetas e outros Grandes Dotados de Dons do Espírito Santo, Carismas ou Mediunidades, os contatos entre os Dois Planos da Vida foram normais, instrutivos e consoladores. Depois do Cristo, não há motivo para segredos, desde que se conheça, de fato, o Cristianismo. É blasfêmia falar em Jesus e condenar a Comunicabilidade dos Espíritos, pois Ele assim o praticou enquanto encarnado, tendo voltado em Espírito para Generalizar a Revelação ou Batizar em Espírito. Jesus, tendo vindo para batizar em Revelação, forneceu a toda a carne o instrumento de advertência, ilustração e consolo. Quem cultiva a Revelação de tudo ficará ciente. A Revelação é o Consolador Eterno, funciona simplesmente na Ordem Divina, que é a chamada “Criação”. Anjo, espírito e alma, tudo quer dizer a mesma coisa, sendo certo que todos os chamados Livros Sagrados estão fartos de lembrar os fenômenos proféticos ou mediúnicos. Enquanto estiverem de pé os religiosismos, as clerezias comercialistas, todos os erros serão cometidos contra as leis de Deus, sendo exato que a Revelação será chamada “coisa de Belzebu”. Entretanto, a evolução é a lei da vida e tudo ficará esclarecido. Tendo por certo que, de todos os modos, para quem se diz contra ou para quem lhe é favorável, todos procurariam ser-lhe grandemente fiéis, se chegassem a saber o quanto é ela respeitável, o quanto é ela reverenciada pelos melhores filhos do Pai Divino. Tanto quanto um filho se eleva em hierarquia, em valores de fato, tanto mais a considera, por sabê-la o instrumento informativo por excelência, o veículo dos informes celestiais. Falar contra Jesus, até mesmo contra Ele, isso é “perdoável”; mas aquele que blasfemar contra a Revelação, contra o instrumento informativo estabelecido pelo Pai, isso terá que ser pago integralmente!

PROCESSO EVOLUTIVO: “Chegamos ao conhecimento, Senhor, que Teus Filhos são normais herdeiros de Tuas Divinas Virtudes, e que, através do Espaço e do Tempo, dos Mundos e das Humanidades, das encarnações e desencarnações, enfrentando todas as modalidades de vicissitudes, devem atingir a Sagrada Finalidade, pelo desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas, que habitualmente chamamos de Deus Interno”

5. MOVIMENTO – Tudo no universo dito “criado” é movimentação. A linguagem de Deus é a lei dos fatos, prova a Origem, a Evolução e a Finalidade. Os mundos e os intermundos movimentam-se; o Macro e o Microcosmo são forçados a movimentar-se para que os Santos Desígnios de Deus sejam atingidos. O MOVIMENTO força no sentido da finalidade, porque Deus nada faria sem objetivo absoluto.

6. RESPONSABILIDADE – A centelha começa completamente isenta de consciência própria. É vida e não sabe. Com a evolução, vai transitando pelas fases. Dos automatismos inconscientes passa para os automatismos instintivos, envereda para a razão e nela, agora muito mais ligeira, vai invadindo a esfera intuitiva, até chegar à intuição plena, no Grau Crístico. A responsabilidade vai aumentando, portanto, na razão direta do conhecimento de causa. Deus conferiu-lhe todos os valores, em potencial, e deu-lhe o universo exterior e a relativa liberdade, para se movimentar e crescer. A LEI a tudo preside, registrando todos os efeitos, integralmente, sejam positivos ou negativos. A JUSTIÇA, por sua vez, é o instrumento distribuidor de recompensas. Sem responsabilidade não haveria como ter merecimentos. As leis regentes explicam as responsabilidades. Os conceitos humanos poderão variar, mas as leis jamais serão derrogadas, e, conseqüentemente, as centelhas nunca deixarão de ser responsáveis perante as leis do Pai. Sem deveres não haverá jamais direitos.

7. HABITAÇÃO CÓSMICA – Os mundos são as muitas casas do Pai, segundo a expressão de Jesus. O problema cinge-se ao da Matéria, que é para servir ao Espírito. Portanto, não encerra o problema nada de especial ou de admirar. Os espíritos infantis fazem de tudo mundos e fundos, mas a realidade é simples. Da Terra são vistos ao longe outros mundos e dos outros mundos a Terra é vista; e o Infinito contém aquilo que é chamada “Criação” ou Manifestação de Deus, o nosso Pai Comum. Os homens inventarão teorias, sistemas, etc. No entanto, a grande questão é ser bom, é descobrir o Amor e a Sabedoria no íntimo, para revelar o Poder Divino, a Glória do Pai. Muito mais do que lembrar o Cosmo, importa lembrar que o espírito é destinado a ser acima de mundos, formas e transições.

8. REENCARNAÇÃO – Esta é a verdadeira válvula evolutiva e redentora do espírito. Porque o espírito reencarna por estes motivos básicos, a saber: (a) evoluir normalmente, (b) para efeito de provas, (c) para efeito de expiações e (d) no caso dos Cristos e dos abnegados, que de si mesmos queiram tomar certos encargos, com o fito de auxiliar a Humanidade ou certos irmãos. Por isso mesmo, todos os Grandes Reveladores foram categóricos em afirmar a lei de reencarnação. O Cristo bastaria para tudo, se não fossem os fanatismos religiosistas a fomentarem os erros e suas conseqüências. Porque o Cristo era de antes do corpo com o qual Se apresentou diante do mundo; porque o Cristo Se sujeitou à encarnação; porque Se sujeitou à desencarnação; porque Se sujeitou à comunicação, em seguida ao desaparecimento do Seu corpo. A lei que existe é a de encarnar, de tomar novo corpo, sendo que a repetição significa reencarnar. Se o processo de encarnação não houvesse, ninguém reencarnaria; mas como o processo é normal na ordem biológica, a reencarnação é simples conseqüência. Ninguém nasce nem morre... Encarnar e desencarnar são fenômenos da vida normal, nada mais... As iniciações antigas sempre souberam disso, porque sempre foram experimentais e não formais; e se ninguém tivesse adulterado a Doutrina do Senhor, edificada no Pentecostes sobre a Revelação, todos saberiam disso.

9. EVOLUÇÃO – O processo Evolutivo, a que tudo e todos estão sujeitos, porque nada há na chamada “Criação” sem objetivo, saibam ou não os homens. Espiritual e materialmente, tudo se move e evolui. Quem saiu da Essência Divina, deve procurar a Ela retornar. Quem se apega ao reino dos mundos e das formas, por certo marcha em sentido contrário, retardando a chegada libertadora. Importa conhecer e discernir, pois os rudimentos do plano material costumam enganar e não pouco. É do Cristo Inconfundível a lição, aquela que diz realmente onde está o Reino do Céu, e Reino do Céu que não virá com mostras exteriores. Aprender a discernir é o primeiro passo, enquanto que realizar é a marcha total e final. Resumindo, o processo evolutivo tem por função integrar a centelha espiritual no Grau Crístico, situá-la acima de mundos e de formas. Pode-se dizer o processo de movimentação íntima que tem por finalidade desenvolver e patentear as Virtudes Divinas do filho de Deus. Por Evolução virá a ser uno, isto é, será brilhante, glorioso e poderoso; será filtro ou reflexo da Divina Autoridade. A evolução, numa palavra, é a EXPOSIÇÃO dos valores potenciais.

SAGRADA FINALIDADE: “Chegamos ao conhecimento, Senhor, de que Te Revelas como Espírito e Matéria, Mundos e Humanidades, e que, ao término do ciclo relativo, a tudo reintegras, porque do Espírito e da Verdade tudo deriva, e a Espírito e Verdade tudo retornará”

10. SAGRADA FINALIDADE – O Sagrado Objetivo da Existência é retornar ao Seio do Um Essencial, como parte integrante do Um Essencial, deixando de vez a relatividade, para ser Divindade. Como a centelha é partícula do Princípio ou Deus, emanada e não criada, em seus fundamentos permanece ligada a Ele, de quem reflete a essência, a vida e diversos ou múltiplos recursos e poderes, e ao fim da escalada toda, será Deus em Deus, ou Espírito e Verdade, porque de Deus tudo parte, em Deus tudo é, movimenta e atinge a finalidade. Bem-aventurado é aquele que atingiu a verdadeira personalização, que tanto evoluiu, a ponto de ser mais um UNO com o SER TOTAL, ou AGENTE INDIVIDUADO DO PRINCÍPIO; que se tornou parte da Sua gloriosa e infinita ubiqüidade! Aquele que é, que vive para ser reflexo do SER TOTAL, sem deixar de ser Seu filho!

DEUS COMO CONCEITO HUMANO – Podem imaginar o que sejam os conceitos humanos, desde que o espírito comece a sua marcha na espécie hominal. Adotará tudo: o Sol, a Lua, as estrelas, as árvores, os bichos, as estátuas, os formalismos, as cleresias, os dogmas, os rituais, os sacramentos, etc. De tudo fará objeto de culto, menos, porém, saberá amar a Deus, em Espírito e Verdade. A ignorância gera o orgulho; o orgulho gera a vaidade; a vaidade gera a presunção; a presunção faz a chamada “criatura” acreditar na própria ignorância, que deu motivo a tantos defeitos, construindo o pior dos círculos viciosos. Devem compreender, antes de mais nada, se estão acreditando na VERDADE e procurando a VERDADE, ou se estão apenas adorando as suas próprias e erradas convicções. E, por isso mesmo, cumpre que cada um desconfie de sua maneira de adorar a Deus, pois bem pode ser que esteja apenas fazendo ritualismos muito bem intencionados, ritualismos que, embora bem intencionados, jamais elevarão as centelhas no templo interior, onde somente o AMOR e a SABEDORIA hão de pontificar um dia, no dia em que o CRISTO INTERNO tenha sido exposto. Aquele deus antropomórfico, exterior, que tira tudo de uma cartola de mágico, ou por meio de enigmas, mistérios, milagres, etc., esse ninguém precisa matar, aposentar, ou coisa que o pareça, porque nunca existiu e nem jamais existirá. Com a evolução dos espíritos, ou da Humanidade, o Divino Princípio Emanador triunfa sobre tudo, porque vem a ser evidente que é o Princípio e que age através das Leis, dos Elementos e dos Fatos.

A EMANAÇÃO – Sendo a Divina Essência a Fonte Geradora, o mais tudo, Espírito e Matéria, é Emanação, chamada “Criação”.

A LUZ DIVINA – Deus é, em SUA ESSÊNCIA, indefinível; mas o Seu Segundo Estado, que é a Luz Divina, bem que O exterioriza, transformando o Infinito em um verdadeiro e perfeito Infinito Oceano de Luz e de Glória, tal como a mente humana é incapaz de poder definir. Dela surgem os mundos e as formas; nela começam as mônadas ou centelhas espirituais a se movimentar. Assim como o adensamento da Luz Divina resulta em matéria sólida, assim mesmo o espírito atravessa toda a gama dos reinos e das espécies, para chegar a ser um dia Puro e Sábio. A involução da Divina Essência resulta em Luz Divina e em toda a chamada “Criação”. Era e é para os conceitos antigos, o sacrifício de Deus, a descida vibratória, o Emanador a se apresentar como Emanação, como Universo Exterior, em forma de seres e de coisas, de leis e de virtudes. A Luz Divina é o começo da Emanação, o Berço da Relatividade, o começo da Manifestação. A Luz Divina em tudo está e tudo penetra; ela é a base de toda a movimentação espiritual e material, no plano da chamada “Criação”, porque a Matéria dela deriva, por adensamento, e o Espírito dela se vale, para que o perispírito se forme e venha a servir de agente de ligação para com o mundo físico.

O ESPÍRITO – Centelhas ou partículas emanadas, não criadas, da Essência Divina, que uma vez exteriorizadas pela mesma Divina Essência, passam a ser o que se chama “Criação Espiritual”. Contém as Virtudes Divinas em potencial, contendo também as leis de Causa e Efeito ou de Equilíbrio Universal. Contém em si a capacidade evolutiva, ou de autocrescimento. Desenvolvendo, ou evoluindo, nada mais farão do que expor as Virtudes Divinas de que são naturalmente herdeiras. E por serem portadoras das leis de Causa e Efeito, em si mesmas as centelhas trazem o Grande Juiz, a Balança da Justiça, que lhes dará a recompensa de acordo com as obras.

O PERISPÍRITO OU CARRO DA ALMA – Tudo começa com a emanação da centelha, como óvulo espiritual, que vai através dos milhões de anos formando o seu carro da alma, amalgamando gamas de Luz Divina, Energia, Éter, Substância, elementos que constituem os agentes de ligação entre a centelha espiritual e o corpo, que é matéria cósmica elaborada, quando o espírito entra na fase das encarnações, em algum planeta. No corpo formam as gamas de Substâncias, Gases, Vapores, Líquidos e Sólidos. Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmo, ou Matéria. Primeiro forma-se, nos primórdios evolutivos da centelha, a coroa de Luz Divina; depois seis coroas energéticas, onde se formam também os chacras ou plexos. O homem-padrão, do presente estágio, atingiu sete coroas energéticas, contendo cada coroa um chacra, plexo ou centro de energia. Sem os chacras ou plexos não haveria como funcionarem os sentidos físicos e as faculdades mediúnicas, os Dons do Espírito Santo. É nele e através dele que o espírito vai registrando todas as marcas ou conquistas evolutivas. Nada reflete mais o grau de elevação, ou o matiz evolutivo, do que o corpo astral, do que o perispírito. É que tudo movimenta, no interior do espírito tendo reflexo no exterior ou no corpo astral, para que o estado de Luz Divina, o Segundo Estado de Deus, venha a ser a sua cor absoluta! O perispírito tem começo e fim, pois se vai divinizando ou sublimando, com a divinização do seu dono, e quando este se tenha tornado UNO, ESPÍRITO E VERDADE, o carro da alma não terá mais o que fazer. Portanto, quanto mais a centelha cresce em VERDADE, AMOR e VIRTUDE, ou desabrocha interiormente, tanto mais eteriza o carro da alma, o perispírito. E, quanto mais eteriza o perispírito, tanto mais diminuem as coroas, por sublimação; até um dia chegar a ser uma só coroa, mas agora imensamente dilatada, fazendo a centelha brilhar como um Sol Divino, participando da DIVINA UBIQÜIDADE. A capacidade de metamorfose, ou transformação do carro da alma, ou perispírito, é total. Importa que cada filho de Deus, cada indivíduo lotado neste Planeta, tenha disso a perfeita consciência, para não trabalhar contra si mesmo, através de atos criminosos, contrários aos Mandamentos da Lei de Deus. A MATÉRIA OU COSMO – Na chamada “Criação”, tudo quanto não é Espírito, é Matéria, variando das energias ou substâncias ao sólido. E, das substâncias aos sólidos, a Matéria é serva do Espírito e não senhora. O Espírito é mais do que a Matéria, no Plano chamado Relativo. Não há nos blocos de matéria, seja em que grau for, substancial ou concreto, o valor psíquico, a flâmula idealista, o poder espiritual. Nos espíritos há, e deve ser reconhecido como superior, o elemento divino individuado, a centelha, o ser íntimo que aguarda a estruturação da personalidade. Deve ser bem usada, porém jamais adorada como se fosse mais do que o Espírito. Prestemos atenção, porque a idolatria é sempre lesiva, é sempre crime contra a supremacia do Espírito. Quem recorre a ídolos, sejam quais forem, tira de si o direito de sintonia e o transfere ao que jamais poderá tê-lo! É ato abominável, porque paus e pedras, amuletos e coisas que tais, nunca poderiam ter qualquer valor inteligente ou moral, para intervir como poder espiritual. Por isso é que os dois primeiros Mandamentos são absolutamente concisos, mandando conhecer Deus e jamais apresentar a Matéria como objeto de culto ou de adoração. Sem tornar a questão complexa, diremos que a Matéria, seja na Terra ou onde for, jamais deixa de ser subalterna. A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido.

MUNDO ESPIRITUAL – Os muito conhecidos Sete Céus subdividem-se em mais de trinta mil subcéus ou faixas de habitação dos desencarnados. E há mundos muito mais, e há mundos muito menos, em todos os sentidos, de tamanho, de hierarquia, etc. As faixas da subcrosta e os umbrais são de trevas, pranto e ranger de dentes, enquanto que as exteriores vão aumentando em Luz e Glória. E ninguém subirá para céus mais divinizados, sem ser pelo desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Em tudo prevalece a Lei das Hierarquias, por imposição da Justiça Divina, e jamais a intervenção de falsas misericórdias. Há que conceber, portanto, a necessidade e justeza do fracionamento existente, por haver que respeitar, na Justiça Suprema, o saber e poder dar, a cada um como merecer. Para infinitos graus de merecimento, portanto, tem que haver infindos postos de estágio. E com a divinização total do filho de Deus, findará a sujeição à jurisdição Planetária. Ultrapassando a Hierarquia do Planeta, ou dos seus céus, é que há entrada no chamado Plano Crístico. É o dito Céu Intermundos, Reino do Puro Espírito, ou dos Espíritos Unos, os Verbos Divinos, que constituem a Divina Ordem Providencial. Por evolução, deve ir ter ou terminar no oitavo céu, na última das faixas, que é a opalina cristal, cujo brilho, cuja glória, excedem a todo e qualquer raciocínio humano! O fermento físico, exterior e circunstancial, também fermenta no sentido da sublimação; e por isso, o miolo do Planeta, as faixas interiores, devem um dia ser como o modelo exterior, como o oitavo céu! Ninguém poderá deter essa marcha, porque assim o é por Deus. Todos os cataclismos, todas as convulsões, conduzirão ao céu crístico exterior. A Terra terá que ser, um dia, um mundo fluídico, cristal e opalino, todo luz e glória!

MIGRAÇÕES – É completamente falso o conceito de que os espíritos migram para outros Planetas, quando vão crescendo espiritualmente. No Planeta existem céus gloriosos, onde podem e devem funcionar, a bem dos céus abaixo situados e do Planeta, onde estão os encarnados. De tempos a tempos encarnam, cumprindo tarefas ao nível de seus graus hierárquicos.

O CRISTO – Cristo é grau, não é nome, portanto, é Impessoal. Os Cristos que mandam nas meta-galáxias e nos sistemas planetários, ou nos planetas, são espíritos ou almas que se elevaram acima das injunções materiais e animais. Os Cristos dão exemplo de unificação, de sintonia com a Divina Essência ou Deus, vindo a ser reflexos ou filtros de Sua Vontade. Não significa ainda a UNIÃO TOTAL com o Princípio ou Deus, mas os Cristos comandantes de Planetas, Sistemas e Grupo de Sistemas, normalmente representam a UNIÃO DIVINA. Todos os espíritos devem crescer em si mesmos, desenvolver, superar a Matéria, ultrapassar os limites de tudo quanto seja restrição. Pouco importa que falem da Terra ou dos infindos mundos, pois uma é a Lei e um o grande problema – superar, por evolução, a tudo quanto restrinja o Espírito.

O VERBO EXEMPLAR – Síntese da Origem Divina, do Processo Evolutivo, da Sagrada Finalidade, da Generalização da Revelação e da Ressurreição Final dos espíritos. Jesus representou o Grau Crístico diante do mundo, para revelar o MODELO, o Grau que todos devem atingir. É o Modelo Divino ofertado pelo Princípio Emanador e deve ser imitado por Evolução, pairando acima de manobrismos religiosistas quaisquer. Fora da VERDADE, do AMOR e da VIRTUDE ninguém O igualará, ainda que compre todas as adulações e malícias idólatras que os fanatismos religiosistas vendem aos simplórios.

MARCAS DO VERBO EXEMPLAR – É de antes de haver Mundo, anunciado antes de encarnar através de Anjo ou Mensageiro, nasce em virtude de fenômeno mediúnico e não de homem, vem com os Dons do Espírito Santo ou Mediunidades SEM MEDIDA, produz grandes feitos mediúnicos, não fica no túmulo porque representa a RESSURREIÇÃO TOTAL, entrega o Derrame de Dons para toda a carne e manda entregar o Livro dos Fatos Porvindouros, o Apocalipse. E por parte dos ignorantismos humanos, fica sendo o alvo das pedradas contraditórias, como afirmou o Profeta Simeão.

O REINO DE DEUS – Cada qual o tem em si, porque é um Cristo em elaboração, é uma CONSCIÊNCIA que deve expandir-se à custa de crescer em VERDADE, AMOR e VIRTUDE.

UNIFICAÇÃO – Só existe uma Unificação necessária, que é entre o Pai Divino e Seus filhos. Será realizada pelo CONHECIMENTO DA VERDADE, no íntimo de cada filho de Deus e não no seio dos conchavismos religiosos. Basta dar crédito ao Cristo, que recomendou o culto da Verdade, isto é, das leis da vida e do amor entre irmãos. A cada um cumpre dar dignos frutos pelo exemplo, para a realização do Reino de Deus em si próprio, que é como ser um bom guia para os seus irmãos menores em Evolução.

O GRANDE PROBLEMA – Considerando que o problema do espírito não é de SALVAÇÃO, mas sim de DESABROCHAMENTO DAS VIRTUDES DIVINAS, e que isto jamais será resolvido com fingimentos, simulações ou aparências de culto verdadeiro, o grande problema reside no seguinte – saber que cada qual tem em si mesmo o Reino do Céu, porque é filho de Deus; saber que o Reino não virá com mostras exteriores, porque no imo de cada filho estão as Virtudes Divinas a serem desabrochadas e as leis de Causa e Efeito, que obrigarão a cada um receber segundo as suas realizações íntimas. Sem vencer a Matéria, sem ultrapassá-la, nenhum espírito chegará a ser UNO COM O PAI.

LEI E JUSTIÇA – Entre o Pai e os filhos está a Lei de Equilíbrio, a Força que impõe a Vontade de Deus. Os nomes podem variar, mas a essência é aquela. A Justiça é a reação da Lei de Equilíbrio, é a imposição da sanção cominativa, e, por menos que pareça, vem de dentro, vem do imo. A chamada “criatura” é o pêndulo acionante, o juiz em causa própria. Se usar bem do Livre-Arbítrio, aumenta os seus direitos e prerrogativas, forçando o Determinismo em seu favor. Se usar mal, perde em Livre-Arbítrio e se entrega ao guante do Determinismo. Realmente, Determinismo é a sujeição às leis básicas, ao plano geral; depois dessa sujeição basilar ergue-se o Livre-Arbítrio, a vontade pessoal, comportante de responsabilidade. Quer Deus, sejamos espontâneos no bem e na sabedoria. Sempre que a vontade pessoal corroborar com o Determinismo, a conseqüência será feliz, sempre que a vontade pessoal ferir o Determinismo ou plano geral, a conseqüência será nefasta. O espírito é livre para agir, no seio da Ordem Universal, assim como o pássaro é livre para fazer o que queira, no espaço da gaiola. E temos, então, o espírito entregue no remoinho das vidas e dos mundos, do jogo das obras e de suas responsabilidades, bitolado entre o Supremo Determinismo e o Relativo Livre-Arbítrio. As organizações diretoras do mundo espiritual, mais não fazem do que obedecer ao imperativo do que brada e proclama no íntimo de cada espírito. Quem comete faltas se enche de marcas, de registrações, e, portanto, fica na obrigação de repará-las, através de ações, no Espaço, no Tempo e nas vidas. Não existe redentor de fora para os registros criminosos de dentro. A regra da Lei, de modo geral, é esta – quem comete falta deve resgatá-la, ou compensando com o bem-fazer ou penando na razão direta em que fez penar! E quem for devedor de faltas, por erros cometidos, lembre-se de que a Justiça Divina é Absoluta, porém flexível nas aplicações, muito oferecendo aos que se fizerem penitentes... Mas, lembre-se bem, aquela penitência que se caracterize pelo fazer bem ao próximo, porque aquela penitência piegas, idólatra, ritual, exterior ou formalista, de nada adiantará. A Lei não dispensa a Misericórdia e nem a Misericórdia dispensa a Lei; o que não existe, de modo real, é o perdão. Quem ferir, assim mesmo será ferido, caso as circunstâncias de agravo não lhe permitam resgatar as faltas com as obras de benemerência. Em geral, saiba-se, quem erra com conhecimento de causa paga em forma de expiações e dores. Aqueles, porém, que erram espontaneamente, sem conhecimento de causa, terão outras prerrogativas ao dispor. O que não ocorre, de modo algum, é o perdão, a eliminação de registro culposo, sem a contribuição do trabalho reparador.

A LEI DE DEUS – Toda Humanidade em processo evolutivo recebe, em tempo certo, um Código Básico de Moral, ou de COMPORTAMENTO, para não haver crimes entre irmãos ou companheiros de jornada desabrochadora das Latentes Virtudes Divinas. A Força Equilibradora do Universo tem a sua expressão intelectual na Lei de Deus. Os Dez Mandamentos são o reflexo intelectual da Lei de Equilíbrio Universal. Por isso mesmo, quem transgride Mandamentos se indispõe com a Força Equilibradora e terá que re-equilibrar, sem apelação. A Lei de Deus tem três sentidos – Moral, Amor e Revelação. A Moral harmoniza e dignifica, o Amor sublima e diviniza e a Revelação adverte, ilustra e consola. A Lei jamais será derrogável, porque a Moral, o Amor e a Revelação jamais passarão, ainda que passem os mundos físicos. A Lei data, na Terra, dos primeiros Budas, tendo sido retransmitida várias vezes, no seio das raças, dos povos e no curso das eras. A Lei é o Evangelho Integral. A Lei de Deus, o Código de Moral Divina, tem no Primeiro Mandamento a SENTENÇA que exprime a ORIGEM DIVINA, A CHAMADA “CRIAÇÃO”, AS LEIS REGENTES E A FINALIDADE DE TUDO E DE TODOS. Para o espírito encarnado, o Primeiro Mandamento é a súmula da Lei, porque amar a Deus em Espírito e Verdade significa estar integrado na condição de plena espiritualidade, significa ter atingido o Grau Crístico. De um modo geral ninguém chegará a resolver o problema do Primeiro Mandamento, sem se tornar capaz de executar os outros Nove Mandamentos; porque o caminho que conduz à realização do Primeiro são os restantes. Aquele que transgride a Lei perante seus irmãos, jamais será capaz de executá-la perante Deus. Os três primeiros Mandamentos dizem respeito a Deus, a quem devemos amar em Espírito e Verdade, ou através de obras decentes, e não por meio de idolatrias, ritualismos, discursos histéricos, etc; e os sete outros Mandamentos que ensinam a Pura Sociologia, o trato decente entre irmãos.

1 - Eu sou o Senhor teu DEUS, não há outro DEUS.
2 - Não farás imagens quaisquer, para as adorar.
3 - Não pronunciarás em vão o nome de DEUS.
4 - Terás um dia, na semana, para descanso e recolhimento.
5 - Honrarás pai e mãe.
6 - Não matarás.
7 - Não cometerás adultério.
8 - Não furtarás.
9 - Não darás falso testemunho.
10 - Não desejarás o que é do teu próximo.


LEI DO PESO ESPECÍFICO – A lei do peso específico é o que de mais sério devia haver, para cada filho de Deus ponderar, a fim de usá-la com o máximo de precisão. Porque através dela, queira ou não, cada um é chamado a ser Juiz Em Causa Própria. Todos os pensamentos, por mínimos que sejam, por menos intensos que sejam, acionam ou forçam o corpo astral em algum lugar, em alguma região, e para algum efeito. É a lei do peso específico que ali está agindo, saiba ou não o seu portador, queira ou não o seu dono! E como sejam bons ou ruins os pensamentos, assim virão a ser as obras, vindo a lei do peso específico a registrar tudo no mesmo corpo astral, no carro da alma, para constituir o grau vibratório do seu dono. Como há incidência total e perfeita, entre ações e condições do espírito, fácil é compreender o que se chama a lei do peso específico, das relações entre as qualidades eletromagnéticas dos elementos constituintes do corpo astral e o local onde o espírito tenha que estar. E é por isso que, ao desencarnar, irá ter a uma das subfaixas da subcrosta, dos umbrais ou dos céus luminosos. Pensou, sentiu e agiu, criando em si a condição, por imposição da lei do peso específico; isto é, sabendo ou não sabendo, movimentou a Lei de Harmonia ou Equilíbrio, forçando a Justiça Divina a determinar em tal ou qual sentido.

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Como a parte de Deus é Eterna, Perfeita e Imutável, que os homens realizem o que lhes compete. Como o Amor VERTICAL representa todos os valores positivos, Jesus resumiu nele os deveres gerais. O Amor é singeleza, bondade, humildade, perdão, renúncia, trabalho amoroso e vida plena. O Amor, que sublima e diviniza, é o fator máximo como força de expansão vibratória. Deus é o Amor Total que reside em nossos fundamentos; pela Bondade exercida entre irmãos, pelo AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, é que atingiremos o ESTADO DE UNIDADE, a sintonia com o Pai Divino. Por isso mesmo, embora todos os religiosos falem muito em Amor, somente os espíritos conscientes é que o vivem! E vivem o Amor, e provam que o exercitam, porque são capazes de atingir os píncaros da Abnegação, os extremos gloriosos da Renúncia! Pode imaginar o Amor fora da Bondade e a Bondade fora do Amor? Entretanto, saiba, religiões e sectarismos a ninguém recomendam perante Deus; quem recomenda é o Amor aplicado, é a Bondade vivida nos atos sociais. Quem garante regalias celestiais é o AMAI-VOS UNS AOS OUTROS. A Justiça Divina, por ser Divina, apenas considera as BOAS OBRAS praticadas, o AMOR dinamizado em termos de BONDADE. Quando chamaram Jesus de BOM, Ele respondeu que BOM só Deus o é! A Bondade é espontânea, é pura, nunca é astuciosa! Ela é o bem pelo bem, jamais visa recompensas. E, para todos os efeitos, lembre-se de que o AMOR é o instrumento máximo de elevação consciencional. Nos mundos inferiores é assim, pois as sabedorias do homem, muitíssimas vezes, têm-no lançado nos abismos de pranto e ranger dos dentes. Quando a CIÊNCIA cresce, desconhecendo ou negando a importância da MORAL, é como quando se rompem as rédeas e o cavaleiro fica sendo menos do que o cavalo. Crescer em AMOR é avançar para a CIÊNCIA ABSOLUTA.

O AMOR E A SABEDORIA – Tais são os caminhos da unificação, da sintonia com o Pai ou Essência Divina. Os Cristos são espíritos que lavraram em si, por envolvimento íntimo, a união com a Sagrada Origem. Tornam-se, aqueles que a tais postos hierárquicos se elevaram, os reflexos ou filtros da Divindade. A Sabedoria e o Amor, mas a SABEDORIA DAS LEIS MORAIS e o AMOR VIVIDO, é que guindam o filho de Deus a reinos de tais níveis. Sem Amor não há Paz e sem Sabedoria não há Autoridade. Os problemas do Conhecimento e do Amor devem ser resolvidos no imo, à custa de viver a vida com o máximo de utilidade ao próximo, pois no modo de tratar ao próximo, conhece-se o respeito da centelha pelo Princípio Emanador. Cleresias, formalismos e idolatrias, revelam os homens que são como túmulos, pintados de branco por fora e podres e fedorentos por dentro. Deus não quer aparências, quer filhos decentes.

NECESSIDADE E DOR – A necessidade, para o espírito, começa a ser sentida e “inteligentizada” ao entrar no reino animal. Mas a vida do espírito, antes de entrar no Grau Crístico, antes dele situar-se acima de mundos e de formas, é um verdadeiro programa de necessidades. A necessidade é a Lei que força a evoluir, que o tange no sentido de estar melhor, que o obriga a mudar de situação e de condição. A dor é apenas a necessidade elevada a um grau mais intenso, é uma falha de caráter mais agudo, é uma lacuna mais sentida; em condições normais a necessidade não chega a ser dor. A dor entra, é natural, quando o AMOR e a CIÊNCIA se ausentam... A libertação vem pelas práticas amoráveis e sábias, nunca por outros meios, sendo a dor apenas um argumento de força, atraído pelas várias formas de negligência. Quando o Cristo recomendou amar a DEUS com toda a força do coração e de toda a inteligência, nada mais fez do que ensinar a dispensar a dor. Ao que é Inteligência se honra com inteligência; ao que é Amor se honra com amor; ao que é Justiça se honra com justiça. A dor é conseqüência de uma anormalidade e deve ser evitada. Genericamente, a dor pode ser acidental, de prova, de expiação e de missão. Dor passiva é aquela que tem como causa determinante o erro; dor ativa é aquela que verte de trabalhos dignificantes, de missão a desempenhar ou de provas necessárias. Portanto, não basta que se fale em dor ou dores, e sim que se saiba conhecer o sentido moral e judicial de suas possíveis manifestações na chamada “criatura”. Na dor ativa se alcança todo o aproveitamento de que é capaz, ao passo que na dor passiva se perde tudo ou quase tudo, sem contar que se aumentam os débitos, quando a chamada “criatura” descamba para os rincões tenebrosos da rebeldia e da blasfêmia. Só a dor missionária é que é bem aventurada. Jesus deu a vida e não fez objeção ao Céu. Pediu a passagem do cálice, por ser dever do espírito combater a dor através de seus motivos. Mas, uma vez sabendo como tinha de ser, isto é, que sem um testamento de sangue não poderia legar o Seu testamento, imediatamente atendeu ao Céu. A dor acidental, a dor expiatória, essas não podem ser bem aventuradas. Até mesmo a dor prova é menos recomendável, pois havendo meios para realizar o Céu através da ciência e do amor, por que fazê-lo segundo os liames torturantes? Com o trabalho normal e sadio resolve-se, sem dilacerações e sem exageros, sem nenhuma explosão de violências. Quando os homens forem simples e prudentes, por certo serão menos egoístas, menos orgulhosos, menos sensuais, menos materialistas e menos brutos; e a lei de necessidade conduzirá os homens ao píncaro crístico, sem haver a ingerência da dor.

O GLORIOSO PENTECOSTES – O Livro dos Atos dos Apóstolos é o LIVRO DAS GRAÇAS, porque é o Livro da Ressurreição e do Pentecostes, ou do cumprimento das Promessas do Velho Testamento, e, das Promessas do Verbo Encarnado. Pretender conhecer a Doutrina do Caminho, ou Cristianismo, fora do Livro dos Atos, é o mesmo que construir o maior e mais belo edifício, para depois deixá-lo sem telhado.

MEDIUNIDADE – É, nos fundamentos, divina lei de relações. Ela age como agente de ligação, ela opera aquilo que o homem terrícola não pode ainda compreender. Nos altos planos ela sintoniza o filho com o Pai, ela é intuição plena, ela transforma o filho em Verbo ou Vontade de Deus. Na chamada “Criação” toda ela desempenha função indispensável. Na humanidade terrícola, muito raramente apresenta intensidade sequer medíocre, por causa da muita inferioridade humana. Onde a Moral e o Amor vivem em regime de miséria, por certo a Revelação se apresenta raquítica... Muitos daqueles que dizemos grandes médiuns, não vão além de grandes criminosos em severos trabalhos de ressarcimento. De todo e qualquer modo, cumpre jamais blasfemar contra essa virtude! Lembre-se cada qual, que ela é muito mais respeitável do que parece à primeira vista. Quer seja, pois, falando aos bem intencionados, como aos mal intencionados, a realidade é que, através da mediunidade, o mundo espiritual continuará forçando o homem ao conhecimento das leis universais ou gerais. Ninguém irá deter a marcha dos contatos mediúnicos, da Revelação, dela que sempre foi, assim como é e nunca deixará de ser, o Alicerce da Verdade Revelada. E não se esqueça de que Jesus veio com ela sem medida, tendo aí a explicação os fenômenos que produziu, tão intensos que o mundo humano, vulgar ou inferior, procura negar ou explicar a seu modo e gosto. Todos os espíritos, por evolução, virão a ser médiuns completos.

Em essência, o espírito é da Divina Essência que Deus é, e deve desabrochar as Virtudes Divinas que contém em estado potencial. Sem VERDADE e sem AMOR, ninguém o fará.

Através da Lei Moral e do Cristo Modelo, Deus entregou a Seus filhos as Supremas Mensagens. Representam a VERDADE e o AMOR, que jamais terão fim.

Fonte:
POLIDORO, Osvaldo; Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas, págs 12, 16, 22, 44, 50 a 56, 60, 68, 71 a 75, 77, 95, 97, 98, 103, 106, 107, 108, 113, 118, 119, 126, 139, 142, 152, 157, 190, 222, 258 e 259.
________________; Verdades Imortais, págs 28, 29 e 99 a 109.
________________; O Novo Testamento dos Espíritas, págs 17 a 21, 202, 203, 205 e 206.
________________; Bezerra de Menezes e Narrativa Iniciática, págs 59 a 83.
________________; Lei, Graça e Verdade, págs 20, 21, 37, 38, 47, 48, 61, 62 e 68.
________________; Nos Domínios Maravilhosos da Psicometria, págs 38, 39, 111, 115 e 116.
________________; O Pentecoste, págs 14, 15, 53, 79, 192 e 201.
________________; A Volta de Jesus Cristo, págs 127, 188, 190 e 259.
________________; Uma Visão do Cristo, págs 10, 32, 34, 44, 49 e 111.
________________; Mensagem do Anjo do Apocalipse, pág 13.
________________; A Caminho do Céu, pág 27.
________________; Sangue na Cruz, pág 25.
________________; A Bíblia dos Espíritas, pág 21.
________________; Livretes.


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